Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

A Presença Portuguesa e o estado Marave (1693-1750): Ciclo do marfim

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 9, 2020
in História
0 0
0

Com o declínio da fase do ouro em 1693, deu lugar ao comércio de marfim. A produção e a comercialização do ouro diminuiu e o marfim passou a ser o produto mais procurado pelos mercadores.

A insurreição de 1693 levou muitos portugueses a refugiarem-se em Tete, Sena e Quelimane e mais tarde a norte do Zambeze, região ocupada pelos Estados Marave (territórios de cheua e Undi). Aqui foram abertos campos de mineração chamados Bares, mas a quantidade do ouro explorado era ínfima.

Nos territórios situados entre os rios Luangua e Quelimane, fazia-se bastante o comércio do marfim e a sua produção bem como a sua comercialização estava organizado em regime de monopólio das classes dominantes Phiri, especialmente pelo Phiri Karonga e Lundu.

À semelhança do ouro nos Mwenemutapa, o marfim nos Marave constituía a fonte principal de reprodução e do poder político, por isso, eram frequentes os conflitos interdinásticos para a obtenção de bens de prestígio (tecidos e missangas) garantes da lealdade política. São exemplos dos conflitos que se registaram entre o Caronga e Lundu durante o terceiro quartel do século XVI.

O bloqueio comercial português contra os swahilis e árabes no Zambeze efectou o fluxo do Phiri, por sua vez a localização geográfica dos Lundu no Chire interceptava as mercadorias destinadas aos Carongas, o que provocou rivalidades. O acesso dos mercadores a zonas do comércio e de escoamento do marfim ao Estado dos Lundu era feito em pequenas embarcações chamadas Zambucos

Estes factores conduziram a um movimento armado para Leste, os Lundu iniciaram um processo de expansão e conquista, designado expansão Nyanja ou Zimba que culminou com o controle temporário das principais rotas do marfim na costa norte. Atingira Angoche passando por Makuana (utukulo) e Kambira no terceiro quartel do século XVI e foi aberta uma rota comercial a favor dos Lundu.

Em 1622 os Karongas aliaram-se aos portugueses e derrotaram os Lundu, passando a controlar a rota dos Lundu (Chire-Mussoril). Os portugueses passaram a ser mais aceites no norte.

O grande Estado do Macanga do Caetano Pereira, nascido no séc. XVIII resultado da política de casamentos feitos com as filhas do chefe do Estado Undi foi uma das consequências da penetração mercantil e militar portuguesa.

Conteúdos

O Papel do Capital Mercantil

Podemos afirmar que o papel do capital mercantil e militar português nos Estados Marave concorreu, numa primeira fase, para o reforço do poder económico dos chefes e, numa segunda fase foi parcialmente responsável pela instabilidade político-militar e económica do Estado. Por outro lado, a actuação do capital mercantil destinava-se a apoiar as duas fontes de rendimento: os direitos aduaneiros em grande escala vindo da Ilha de Moçambique e em pequena escala, de Quelimane e o comércio.

 O Lundu, ocupando uma posição entre o Caronga e a costa, promoveu acções visando o bloqueio dos contactos comerciais entre o Caronga e os Portuguses. As contradições entre os dois Estados atingiram níveis que impuseram uma solução militar. Sob a pressão militar do Caronga, o Lundu viu-se obrigado a encetar um processo de expansão e conquista que culminou com o controlo temporário das principais rotas de marfim na costa norte de Moçambique. Essa expansão entrou na história com a designação de Expansão Nianja.

Decadência do Estado

► Conflitos no sei das classes dominantes Marave (lutas inter-phiri) que visavam assegurar o controlo do comércio de marfim;

► O bloqueio das rotas comerciais no Estado feito pelos Ajauas assim como pelos prazeiros;

► A penetração mercantil portuguesa no do séc. XVIII na esfera política do Estado. Exemplo do Gonçalo Caetano Pereira do estado Macanga casada com filhas do Undi e assenhorou-se de muitas províncias do Estado Undi;

► A penetração mercantil portuguesa no vale do Zambeze a partir de 1530 e o consequente bloqueio da actividade swahili-árabe;

► A invasão Nguni na primeira metade do século XIX (1835) dirigido por Zwagendaba Jege.

Zonas do comércio do marfim

– Entre os rios Luangua e Quelimane;  Baia de Lagoa em Maputo;   – Quíloa e Zanzibar; Reinos afro-islâmicos;  – Chire e Mussoril.

Intervenientes

Internos: Ajauas, Manica, Macuas, Morimuno, Mouruça, Nguane e Nduandue (Maputo).

Externos: árabes-persa, indianos e portugueses.

Leia também sobre:

  • Os Portugueses e o Estado dos Mwenemutapas
  • Penetração Colonial Portuguesa em Moçambique
  • Fases da exploração colonial Portuguesa e seu impacto
  • A presença colonial em África e a construção das feitorias
  • Colónias Inglesas em África
  • Os estados Moçambicanos e a penetração mercantil Estrangeira

 

Bibliografia

DHUEM. História de Moçambique: Parte I- Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos mercadores, 200/300-1885; Parte II- Agressão Imperialista, 1886-1830. 1ª Edição, Vol. I, Maputo, 2000.

KI- ZERBO, Joseph. História de África Negra. Mira Sintra, Publicações Europa – América; Vol. I, 3ª ed. 1999.

NEWITTI, Malyn. História de Moçambique. Edição, Publicações Europa – América, 1997

SOUTO, Amélia de Neves. Guia Bibliográfico para Estudante de História de Moçambique. (200/300-1930), Maputo, 1996.

Tags: História
ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

História

Resistência colonial na África Austral – Moçambique, África do Sul e Namíbia

Março 11, 2023
História

Nacionalismo Africano e em Moçambique

Março 11, 2023
História

Os prazos da coroa em Moçambique: Resumo

Março 11, 2023
História

História de Moçambique antes e depois da independência

Março 11, 2023
Next Post

A Presença Portuguesa e o Estado dos Mwenemutapa (1505-1693) Fase do ouro

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR