Contrariamente à visão racional e mecanicista das imagens da escola como empresa e como burocracia, e também fugindo da vivência de consensos partilhados, a escola enquanto arena política assume uma imagem da organização escolar como um microcosmo político, onde se evidencia a luta entre grupos com diferenças de poder e não apenas de opinião. As relações de poder e os conflitos advindos dessas relações fazem com se destaquem as seguintes características organizacionais:
- A escola é um sistema político em miniatura cujo funcionamento é análogo ao das situações políticas existentes nos contextos macrossociais;
- Os estabelecimentos de ensino são compostos por uma pluralidade e heterogeneidade de indivíduos e de grupos que dispõem de objectivos próprios, poderes e influências diversas e posicionamentos hierárquicos diferenciados;
- A vida escolar desenrola-se com base na conflitualidade de interesses e na consequente luta pelo poder;
- Os interesses (de origem individual ou grupal) situam-se quer no interior da própria escola, quer no seu exterior e influenciam toda a actividade organizacional.
As decisões escolares, tendo na base a capacidade de poder e de influência dos diversos indivíduos e grupos, desenrolam-se e obtêm-se, basicamente, a partir de processos de negociação.
Leia Também Sobre:
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral de Admiração, Elsever. Rio de Janeiro, 2004;
COSTA, J. A. Imagens organizacionais da escola. Lisboa, Portugal: ASA Editores, 1996;
CUCHE, D. A Noção de Culturas nas Ciências Sociais. Bauru, SP: EDUSC, 1996.