Conteúdos
Introdução
Na contemporaneidade habitámos circundados por uma porção de informações tão relevantes que não podemos separar o quão a Estatística nos é proveitosa e o quanto esta ciência vem caracterizar como uma das competências mais importantes para quem precisa tomar decisões. Apesar de a Estatística estar associada ao crescimento e ao avanço tecnológico, sua utilização é reconhecida a tempos mais remotas, o desenvolvimento, a forma de usar a estatística deve-se também ao facto da evolução tecnológica, o surgimento de computadores por exemplo foi um dos passos mais adiantado na forma de se fazer a própria estatística. Desta feita Este trabalho surge com grande objectivo de descrever a importância da estatística nas organizações. Falar da estatística dentro das organizações é algo indispensável, pois a estatística é o maior factor preponderante na tomada de decisões, no estudo de uma determinada causa , na pesquisa, ainda falar da estatística é trazer de forma clara a vantagem que por si leva na media que se necessita o apuramento de alguns resultados obtido dentro de um determinado estudo ou pesquisa, ainda no mesmo trabalho farci-á uma analise crítica de alguns relatórios organizacionais apresentados em Moçambique.
Fundamentação teórica
Estatística origem etimológica
A palavra estatística tem origem na palavra em latim status, traduzida como o estudo do Estado e significava, originalmente, uma colecção de informação de interesse para o estado sobre população e economia. Essas informações eram colectadas objectivando o resumo de informações indispensáveis para os governantes conhecerem suas nações e para a construção de programas de governo. No fim do século XVIII estatística foi definida como sendo “o estudo quantitativo de certos fenómenos sociais, destinados à informação dos homens de Estado“, desde então esta definição tem agregado uma série de outras funções além, é claro, a de fornecer informações a nossos governantes. Seja qual for a área ou o objecto de estudo do pesquisador, este poderá vir a utilizar conceitos de Estatística.
Definição geral da estatística
Para RAO (1999), a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o levantamento de dados com a máxima quantidade de informação possível para um dado custo; o processamento de dados para a quantificação da quantidade de incerteza existente na resposta para um determinado problema; a tomada de decisões sob condições de incerteza, sob o menor risco possível.
A Estatística é uma ciência que se dedica ao desenvolvimento e ao uso de métodos para a colecta, resumo, organização, apresentação e análise de dados.
De acordo com Levin (1987) é quando o pesquisador usa números, quando ele quantifica seus dados que ele muito provavelmente emprega a estatística como instrumento de descrição e/ou decisão. A Estatística divide-se em duas partes: descritiva e inferencial: A área descritiva lida com números para descrever fatos, tornando questões complexas mais fáceis de Entender e a área inferencial utiliza métodos de estimativas de uma população com base nos estudos sobre amostras.
Conceitos básicos da estatística
Para compreender os métodos é preciso conhecer certos conceitos utilizados na área que são necessários para a interpretação dos resultados. Dentro das análises encontram-se os seguintes conceitos conforme:
- População: conjuntos de todos os itens ou elementos;
- Parâmetro: característica que descreve a população;
- Amostra: uma parte da população que será analisada;
- Variável: característica da população que será analisada;
- Dado: valor colectado no estudo;
- Estimador: característica numérica estabelecida na amostra e;
- Observação: descrição.
Ainda na óptica deste autor acrescenta, ou seja, fala de alguns casos onde estes conceitos se relacionam. Através dos conceitos pode-se notar que os mesmos se inter-relacionam, porém é preciso entender suas diferenças. Por exemplo, ao analisar quantas pessoas estudam em escola privada e quantas pessoas estudam em escola pública numa cidade, têm-se como população as pessoas, como parâmetro homens e mulheres, como variável os estudantes e dados seria quantas pessoas foram analisadas. A amostra nesta situação anterior seria uma parcela do total da população para analisar. É importante lembrar que geralmente nas grandes empresas ou na economia, enfim em áreas que englobam muitos dados, usa-se a amostra como forma de execução da pesquisa. Como se torna muito trabalhoso e com um custo muito alto pesquisar a população toda, faz-se um estudo preliminar da mesma a fim de encontrar os parâmetros e então buscar a amostra que tem confiabilidade no seu resultado, sendo menos trabalhoso e com menor custo.
Importância da estatística nas organizações e em várias áreas do conhecimento
A estatística é responsável pelo desenvolvimento científico em geral. Além de sua aplicabilidade nas ciências biológicas, exactas e económicas, tem sido utilizada como ferramenta indispensável nas ciências humanas e sociais. É assim que as ciências jurídicas, a história, a pedagogia, a psicologia e a sociologia têm-se beneficiado de consideráveis desenvolvimentos e do aumento de credibilidade junto à população com a sua utilização. Buscando caminho alternativos para explicar os fatos económicos, utilizando métodos estatísticos multivariados, através das técnicas de análise factorial, análise discriminante e correlação canónica, como uma alternativa eficiente para a escolha de variáveis necessárias ao bom desempenho da economia, dependendo do problema a ser estudado. Através dos métodos de análise estatística multivariada, torna-se possível seleccionar/excluir as variáveis que não servem e analisar aquelas que estão explicando as inter-relações entre as demais variáveis. Estes métodos vêm sendo utilizados amplamente na economia quando estão envolvidas muitas variáveis e é preciso seleccionar as mais relevantes para uma análise mais apurada da actividade económica. Em qualquer país, a estatística é ferramenta fundamental para que se possa traçar planos sociais e económicos e projectar metas para o futuro. Técnicas estatísticas avançadas permitem estimar com um bom grau de precisão variáveis como tamanho da população, taxa de emprego e desemprego, índices de inflação, evasão escolar.
Analise Crítica Dos Relatórios
Relatório Sobre Transparência, Governação E Corrupção em Moçambique
Relatório publicado em Julho de 2019. Este relatório surge numa vertente que se enquadra mediante os actos de governação e corrupção em Moçambique, onde este autor afirma que a economia de Moçambique encontra-se num ponto de viragem, e os esforços para abordar as vulnerabilidades em matéria de governação e corrupção podem ter um impacto positivo duradouro. Os níveis actuais da dívida pública, fez-nos reexaminar a fundo o nosso quadro de governação e anti-corrupção, e motivou uma série de reformas para abordar as vulnerabilidades expostas desse mesmo quadro.
De um modo geral, os males que enfermam a nossa sociedade e, particularmente, da corrupção, têm sido recentemente objecto de análises pormenorizadas e, sem dúvida, revestem-se de importância macroeconómica crítica. Um estudo estima que os custos da corrupção para Moçambique no período de 2002 a 2014 ascendem a USD 4,9 mil milhões (aproximadamente 30% do PIB de 2014). O impacto desses custos é difuso, e afecta os contribuintes, fornecedores de serviços públicos, o sector financeiro e o sector privado, incluindo a reputação internacional de Moçambique
Esses custos são especialmente nocivos num momento em que o país é abalado por uma série de choques, designadamente a queda dos preços das matérias-primas, as secas, a suspensão do apoio orçamental dos doadores e, mais recentemente, os Ciclones Tropicais Idai e Kenneth. Ao mesmo tempo, Moçambique está prestes a beneficiar de um aumento significativo das receitas graças às reservas de recursos naturais, e como Governo temos o dever de garantir a gestão responsável desses recursos para as gerações presentes e futuras.
Ao tomar medidas decisivas hoje para implementar o quadro de governação e anti-corrupção de maneira imparcial, coerente e eficaz, e para apoiar os esforços no sentido da transparência e da responsabilização ao nível individual e institucional, pretendemos, como Governo, alcançar resultados permanentes. Contudo, reconhecemos que subsistem falhas em diversas áreas relevantes da economia. O quadro de governação e anti-corrupção não é aplicado de forma consistente e completa.
O Estado de Direito é enfraquecido pela fraca aplicação das leis e regulamentos existentes e, nalguns casos, pela ausência de regulamentação e de orientações explicativas necessárias. A regulamentação dos mercados é marcada pelo excesso de complexidade e opacidade. As ferramentas ABC/CFT ainda não foram mobilizadas de forma eficaz para apoiar cabalmente os esforços anti-corrupção, sobretudo no que respeita à garantia de que as transacções relativas a pessoas politicamente expostas sejam adequadamente monitoradas, como por exemplo as transacções imobiliárias. Na área de governação orçamental, a supervisão do SEE e das instituições públicas ainda é fragmentada e incompleta, a gestão do investimento público carece de disciplina processual, a gestão da dívida é fraca e pouco transparente e a gestão de tesouraria é marcada por ineficiências e controlos frágeis.
Detectamos falhas na governação do banco central, ligadas a insuficiência autonomia e à ausência de um órgão de supervisão que sirva como mecanismo de pesos e contrapesos às funções executivas do banco
Ainda este autor diz que Já foram tomadas medidas para abordar as vulnerabilidades em matéria de governação e corrupção. Nos últimos 15 anos, adoptamos um quadro legislativo e institucional completo para tratar das questões de governação e corrupção, que abrange áreas como a administração da justiça, a regulação dos negócios, as medidas anti-branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo (ABC/CFT), o sector empresarial do Estado (SEE) e o sector financeiro.
Considerações finais
Os relatórios de diagnóstico são elaborados pelos países membros com a assistência dos especialistas do FMI e com base em amplas consultas às partes interessadas. No presente, há casos em que a informação é compartimentada e de difícil acesso, e as lacunas de informação podem conduzir à aplicação desigual das regras. Não obstante a adopção de uma lei de acesso à informação é de recomendar a necessidade de assegurar que a mesma seja aplicada com imparcialidade. A divulgação mais transparente dos beneficiários efectivos, dos contratos extractivos e dos relatórios orçamentais pode também ajudar a acalmar os temores sobre a governação. Acrescentando, que haja uma maior transparência nas leis e sanções para possam contribuir para assegurar a previsibilidade e a eficiência, com benefícios em termos da melhoria do ambiente de negócios, em varias actividades.
Conclusão
Findo este trabalho conclui-se que a estatística é muito importante nas organizações, e em outros polos de estudos, pois auxilia nas tomadas de decisões para se efectuar uma determinada pesquisa ou estudo, no apuramento de forma imparcial os resultados obtidos. A estatística nas organizações tem maior importância porque ajuda também de forma clara ou pacifica a acreditarem nas investigações feitas, ou também na resolução de um determinado problema.
Leia Também Sobre:
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- Importância da Estatísticas nas Organizações em Moçambique
Referências bibliográficas
DOWNING, P. R Estudo da Estatística Aplicada, cc editores Lisboa, 2000;
LEVIN, J. Estatística Aplicada às ciências Humanas. Harbra editores, São Paulo, 1987;
RAO, C.R. Statistic: A technology for millennium internal. statistic vol. 8, No. 1, 1999
VERE, JONES D. the coming of Age statistical Education. International statical , Rio de Janeiro 1995.