Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

Estado/Império Mwenemutapa

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 12, 2020
in História
0 0
0

Conteúdos

  • 1 Origem
    • 1.1 Limites do Estado Mwenemutapa
  • 2 A actividade económica
    • 2.1 Aristocracia dominante
  • 3 Estrutura política administrativa
  • 4 Obrigações das Mushas
    • 4.1 Obrigações da Classe dominante
    • 4.2 Imposto em géneros:
    • 4.3 Papel das crenças magico-relegiosa ou aparato ideológico dos Mwenemutapa
  • 5 Causas da decadência do império de Mwenemutapa

Origem

Os primeiros Estado de Moçambique (Zimbabwe e Mwenemutapa). Mwene significa chefe e Mutapa significa terra conquistada. O Mwenemutapa era o chefe das terras conquistadas ou objecto conquistado. Queremos dessa forma introduzir o tema que diz respeito aos Estados dos Mwenemutapa, onde falaremos da sua origem, das suas actividades económicas, da sua organização política administrativa, da sua estrutura sócio económico, da sua ideologia, e de vários aspectos, incluindo a sua decadência.

Na desintegração do Grande Zimbabwe nascem dois Estados:

O de Torwa, com capital em Khami, na região do Grande Zimbabwe; o de Mwenemutapa, com capital em Dande, localizada Entre-Os-Rios Mazoe e Luia.

Por volta de 1450, Mutota, chefe do clã Rozwi, abandona a região do planalto do Zimbabwe com os seus seguidores em direcção ao vale do Zambeze, fixando-se na região de Dande, criando o Estado de Mwenemutapa. A partir de Dande e através de guerras de conquista, Mutota e, mais tarde, o seu filho Matope, dominam os reinos vizinhos, formando um império cujos limites se estendiam do Zambeze ao Limpopo  e do oceano indico  ao deserto do Kalahari.

Limites do Estado Mwenemutapa

Norte – rio Zambeze; Sul – Rio Limpopo; Este – Oceano Índico; Oeste – deserto de Kalahari.

A actividade económica

A actividade produtiva essencial das comunidades aldeãs Shona baseava-se na agricultura. Os principais cereais cultivados eram a Mapira, a mexoeira, o naxemim e o milho. Ao longo dos rios e sobretudo na zona costeira e solos aluvionares, cultivava-se o arroz, usualmente para venda. O nível das forças produtivas ainda era baixo. Nos trabalhos agrícolas utilizavam a enxada de cabo curto e a agricultura praticava-se sobre queimadas.

A pecuária, a pesca, a caça, bem como o artesanato surgiram como apêndices complementares da agricultura, submetendo-se aos imperativos do ciclo agrícola. O trabalho nas minas aparecia como imposição do exterior (da aristocracia dominante ou de comerciantes estrangeiros), não fazendo parte integrante da actividade produtiva normal. Com o decorrer do tempo, a penetração árabi-persa e portuguesa trouxe novas necessidades (bens de prestígio), as quais voluntária ou coercivamente levavam a população das comunidades a praticar a mineração do ouro em escala considerável. O ouro localizava-se nas regiões como:  Chidima, Dande, Butua e Manica.

As Mushas que integravam no geral uma família no sentido lato ou um grupo de famílias com o mesmo antepassado, o muri, viviam num regime de auto-subsistência e estavam fundamentalmente orientadas para a produção de valores de uso. Todas as relações entre os membros da sociedade Shona, ao nível das Mushas, eram fundadas no parentesco. Acima das Mushas, como entidade superior erguia-se a aristocracia dominante.

Aristocracia dominante

Na sociedade Shona, o Estado era personificado na pessoa do soberano, o Mambo, que devia desligar-se da sua origem terrena para conferir à realeza, um carácter sagrado. Tornava-se assim o representante supremo de todas as comunidades, o símbolo da unidade de interesses dessas comunidades. Para quebrar todas as ligações com a sua linhagem, e se tornar representante de toda a sociedade, indiferente às rivalidades familiares, o Mambo cometia no momento da sua entronização, o incesto com uma parente próxima, infringindo desse modo o mais absoluto interdito. Daí que a principal mulher do Mwenemutapa era a sua própria irmã.

A autoridade efectiva do Mambo processava-se através dos seus subordinados territoriais que integravam um complexo aparelho de Estado. Esquematicamente a estrutura político administrativa pode ser representada da seguinte maneira:

Estrutura política administrativa

Mambo:  chefe supremo;

Mazarira, Inhahanca e Nambuiza:  três principais esposas do soberano com importantes funções na administração;

Nove altos funcionários: responsáveis pela defesa, comércio, cerimónias magico-relegiosa, relações exteriores, festas;

Fumos ou Encosses:  chefes das provinciais;

Mukuru ou Mwenemusha:  chefes das comunidades aldeãs ou das Mushas;

As Mushas

O mambo possuía alguns Funcionários subalternos:  Mutumes  (mensageiros) e os Infices  (guarda pessoal do soberano – Mambo).

Há que notar aqui que elegia se Fumo a quem tivesse maior riqueza material. Depois que ficara pobre, a comunidade destituía-o através de uma cerimónia pela qual lhe eram atribuídos certos símbolos de prestígio (um bordão e um chapéu de palha). O fumo deposto passava a pertencer ao grupo dos “grandes” por mérito. Salientar que semelhante controlo não operava ao nível dos Mambos, geralmente oriundos da aristocracia invasora descendente de Mutota, na qual a transmissão do poder se fazia por via hereditária.

Articulação entre a aristocracia dominante e as comunidades Mushas

A articulação entre a aristocracia dominante e as comunidades aldeãs encerrava relações de dominação/subordinação e exploração do homem pelo homem, materializadas pelas obrigações e direitos que cada uma das partes tinha para com a outra. As comunidades aldeãs (Mushas) sob direcção dos Mwenemushas, garantiam com o seu trabalho a manutenção e reprodução da aristocracia dominante e esta concorria para o equilíbrio e reprodução social de toda a sociedade Shona com o desenvolvimento de inúmeras actividades não directamente produtivas.

Obrigações das Mushas

Prestar 7 dias de trabalho mensais nas machambas do Mambo;

Construção de casas para os membros da classe dominante (ZUNDE);

Mineração do ouro para alimentar o comércio a longa distância que garantia a importação de produtos para a sociedade Shona, os quais ascendiam a categoria de bens de prestígio (missangas, tecidos, louça, porcelana, vidros.).

Pagamento de imposto em primícias das colheitas (tributo simbólico) e uma parte da produção agrícola (regular);

Entrega de marfim, peles de animais e penas de algumas aves;

Entrega de materiais de construção de residências da Classe dominante, como pedras, estaca, palha.

Obrigações da Classe dominante

Orientar as cerimónias da invocação da Chuva;

Pedir aos Muzimos reais (espíritos dos antepassados reais) a fertilidade do solo, o sucesso das colheitas;

Garantir a segurança das pessoas e dos seus bens;

Assegurar a estabilidade política e militar no território;

Servir de intermediário fiel entre os vivos e s mortos;

Orientar as cerimónias magico-relegiosa contra as cheias, epidemias e outras calamidades.

Imposto em géneros:

Primícias das colheitas (tributo simbólico) e uma parte da produção (tributo regular);

Marfim, pelas e penas de alguns animais e aves, respectivamente;

Materiais para a construção da classe dominante: pedras, palhas.

Papel das crenças magico-relegiosa ou aparato ideológico dos Mwenemutapa

A religião foi um factor integrador fundamental do sistema político Mwenemutapa. Proprietários de saber da fecundidade da terra e depositários da ordem do mundo, os Mwenemutapas constituíam os antídotos mais eficazes contra deserdem. A sua morte significa o caos (choriros).

Praticava-se o culto aos espíritos dos antepassados os Muzimus mais respeitados e temidos eram os de reis. Os especialistas que garantiam a ligação entre os vivos e os mortos eram chamados de Swikiros (também denominados Pondoros ou Mondoros). Associados ao poder político, os Swikiros eram o suporte das classes dominantes.

Causas da decadência do império de Mwenemutapa

Fixação dos mercadores portugueses na costa;

Lutas pela sucessão;

Falta de um exército permanente;

A interferência dos estrangeiros, sobretudo dos portugueses nos assuntos internos do estado;

Invasão dos Ngunis;

Alianças dos sucessores dos Mwenemutapa reinante aos portugueses.

 

Leia Tambem:

  • Estado Zimbabwe
  • Danças Tradicionais de Moçambique
  • Estado Marave

Bibliográfica

RECAMA, Dionísio Calisto. História de Moçambique, de África e Universal. 1ª ed. Maputo, plural editores, 2006. 160P.

SERRA, Carlos. História de Moçambique: Parte I- Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos Mercadores, 200/300-1885; Parte II- Agressão Imperialista, 1886-1930. Volume I e II, 2ª edição, Maputo, Livraria Universitária, UEM, 2000. 260P

SUTO, Amélia Neves de, Guia Bibliográfico para o Estudantes de História de Moçambique, UEM/CEA, Maputo, 1996. 234P

RITA-FERREIRA, Fixação Portuguesa e História Pré-Colonial.de Moçambique, instituto de investigação científica tropical/ junta de investigações científicas do ultramar, LISBOA— 1982.

Tags: História de Moçambique
ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Licenciando História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdos dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

Origem e evolução do homem
História

Origem e evolução do homem

Agosto 5, 2022
Imperialismo e Neocolonialismo
História

Imperialismo e Neocolonialismo

Agosto 5, 2022
História

Periodização da História de África na Perspectiva de Donald Fage

Julho 8, 2021
A Expansão portuguesa em Moçambique
História

Expansão europeia e o comércio colonial

Julho 17, 2021
Next Post

A Génese do Relevo (Trabalho Completo)

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR