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O Romantismo no Brasil: fases, características e gerações

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 12, 2020
in Trabalhos
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Foi no período do Romantismo que o Brasil floresceu enquanto nação independente e buscou alçar voo em áreas distintas, entre estas, está literária, pois até então, tudo que era produzido no Brasil era “exportado” da Europa de forma que a produção acontecia em terras brasileiras, porém os temas e formas de composição das obras literárias eram inspirados em padrões europeus. O verbete romantismo, junto com o próprio movimento artístico e filosófico que posteriormente levaria o seu nome, seria de origem Inglesa ou francesa.

É no Arcadismo que a figura do índio começa a aparecer pela primeira vez, ainda não como herói tão nobre como veremos nas representações românticas, entretanto como simples nativo, elemento da terra.

Apesar de o Brasil ter tido uma boa produção durante o arcadismo, tudo o que se produziu aqui era considerado artificial e superficial, visto que apesar de alguns escritores serem brasileiros, os temas eram puramente estrangeiros, o que rendeu também ao Neoclassicismo-forma como o Arcadismo também era conhecido- títulos de não muitos honrosos, muito do que era produzido era considerado artificial, resultado do puro convencionalismo árcade.

O Romantismo se manifesta como um movimento artístico e filosófico que aparece no fim do século XIII e no começo do século XIX. Essa nova estética e ideais que é trazida é uma reacção á estética e a filosofia iluminista, a qual embasou o Neoclassicismo, movimento anterior á era romântica. O Neoclassicismo, ou Arcadismo como também era conhecido, teve início no Brasil com a publicação de Obras Poéticas de Cláudio Manuel da Costa, em 1768. Foi no período de produção neoclássica que começou a surgir os primeiros sentimentos anseio por liberdade, o que deslanchou no movimento da Inconfidência Mineira, visto que Minas Gerais foi o principal cenário no qual os poetas árcades viveram e descreveram em suas obras.

No Brasil, o Romantismo não chegou e se consolidou de forma directa. Antes da era romântica o nosso país passou por um período de transição: O Pré-romantismo. Essa época de transição que ocorreu em 1808-1836, entre o fim do apogeu da estética clássica e dos padrões árcades foi importante para que os ideais e os valores românticos depois se consolidassem e corroborassem de forma mais incisiva á formação dessa nova era, a era nacional na nossa literatura.

No Brasil, o Romantismo teve início em 1836 com a publicação de Suspiros Poéticos, de Gonçalves de Magalhães, que poderia ser considerado o patrono do romantismo brasileiro devido a sua contribuição e actuação na produção desse período. O senso de relativismo colocado por Magalhães foi primordial ao desenvolvimento e concretização do movimento no Brasil.

O período romântico brasileiro rendeu frutos na poesia, na prosa e no teatro. A poesia desse período, atendia, é claro aos ideais colocados em pauta pela acção revolucionária do Romantismo em oposição as formas e temas clássicos. Saindo da perspectiva clássica e aristocrática, esses novos moldes deixavam o poeta livre para criar e as formas outras canonizadas e retomadas pelo Arcadismo, -soneto, ode etc- deixam de vigorar.

A poética romântica pode ser considerada simples e singela, mas não é por acaso, pois já que a palavra de ordem era liberdade, o poeta romântico não estava preso ás formas fixas e clássicas outrora vigentes. É na simplicidade e melancolia- sentimento muito comum em obras românticas – que a Canção do Exílio (1843), de Gonçalves Dias, que a escreveu quando estava exilado na África, torna-se um símbolo do romantismo no Brasil, pois tal poema e estrutura simples e fácil compreensão.

Dentre todos os escritores da era romântica no Brasil, um dos mais notáveis, quiçá o mais importante de todos seria José Martiniano de Alencar Júnior, ou simplesmente José de Alencar. Esta cearense que nasceu em 1829, em Mecejana, um lugarejo na periferia de Fortaleza, foi o primeiro a criar um programa de identidade nacional a partir da literatura, apesar de também ter sido jurista, filósofo do direito e político.

As gerações românticas no Brasil

Originalmente, são três os momentos do nosso Romantismo, porém, a título de compreensão, apresentaremos quatro, pois contemplaremos aqueles que originalmente sentiram a necessidade desta nova estética, entendidos como idealizadores. A primeira geração romântica data de (1836-1840).

Inicia-se pelo grupo fluminense, com o manifesto romântico de 1836: Niterói, Revista Brasiliense. Aqui encontramos tendências contraditórias, de conservadorismo, com resíduos classicistas, ao lado de busca deliberada de uma nova estética, o que faz com que esta geração não mais pertença à fase pré-românica, desempenhando um papel de iniciação e introdução.

Ao lado de uma poesia religiosa e mística, encontramos o nacionalismo, a lusofobia, as influências inglesa e francesa. As idéias românticas procuram impor-se através de outros temas, revelando uma nova sensibilidade; aparecem os primeiros romances (ainda muito precários); desenvolve-se o gosto pela natureza; intensifica-se o interesse pelo Brasil (científico, filosófico, histórico, sociológico). O género preferido é a poesia lírica, mas a ficção (romance e conto) e o teatro dão os primeiros passos, pois até então esses géneros literários inexistiam no Brasil; o cultivo do jornalismo continua intenso, fazendo da imprensa um importante veículo para a divulgação das coisas brasileiras. Representantes de maior destaque: Gonçalves de Magalhães (considerado o iniciador do Romantismo), Teixeira e Souza (iniciador do romance), Varnhagen (historiador) .

Segunda geração (1840-1850). Apesar de incluir figuras pertencentes à geração anterior e, consequentemente, aparecerem ainda traços do passado classicista e luso, temos aqui um grupo bem caracterizado e diverso do anterior. Predominam a descrição da natureza aliada à idealização do selvagem, que passou a ser o símbolo do espírito nacional (SARAIVA, 1979).

 O indianismo, que já havia se revelado no Arcadismo (Neoclassicismo) se torna um veio riquíssimo da literatura brasileira. No Arcadismo, o índio é personagem de dois poemas épicos – Uraguai (Basílio da Gama) e Caramuru (Santa Rita Durão), mas trata- se aqui de um indianismo sem a grandeza da estética romântica, em que o índio é idealizado. São evidentes as influências de Chateaubriand, Walter Scott e outros. Os géneros mais cultivados são a poesia lírica, a ficção (romance e conto), o teatro, a crítica (muito presente nos jornais da época) e a história, cujos fatos servem de matéria ao romance histórico, muito comum nesta geração (SARAIVA, 1979).

Terceira geração (1850-1860). Encontramos aqui traços do “mal do século”, isto é, o subjectivismo exacerbado, a dúvida, a desilusão, cinismo e negativismo boêmio, responsáveis por temas como amor/morte, que revelam a influência do poeta inglês Byron. A ficção consolida-se com a produção de inúmeros romances de Alencar, Macedo, Bernardo Guimarães,

Franklin Távora, romances que falam sobre o Brasil e o homem brasileiro, com intenções nacionalistas. Surge também a ficção histórica, por influência de Walter Scott, e Alencar produz o romance urbano, de crítica social. É o grande momento da ficção romântica, que se firma como género literário de valor, com a publicação de O Guarani (1857), de Alencar. São representantes de destaque nesta geração: Manuel António de Almeida, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e outros com destaque especial para José de Alencar.

António José ou o poeta e a inquisição ( 1838) a peça teve como principal protagonista João Caetano, o primeiro grande actor brasileiro que organizou e encenou a peça na praça da constituição no Rio de Janeiro em 13 de Março de 1838, e foi bem recebido pelo público e crítica teatral, pela coragem de abordar este tema na época em questão, pois era baseada nos últimos dia de vida de um autor português, João António da Silva, também conhecido como “o judeu”, que era um autor lusitano. Pode parecer incoerente, por conta do sentimento antilusitano aflorado no romantismo brasileiro, Magalhães ter escrito uma peça sobre um escritor português, mas o sentimento nacionalista da crítica daquela época levou em consideração o fato de a peça ter sido escrita por um brasileiro e em terra brasileira.

Leia Também Sobre:

  • O Romantismo em Portugal
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Referências bibliográficas

ALENCAR, José. O guarani. São Paulo, 2005.

MORA, Ana Riera; COLL, Isabel – Do iluminismo ao romantismo. Volume VIII, 1992

SARAIVA, António José. História da Literatura Portuguesa. Lisboa: Livraria Bertrand, 1979.

WOLF, Norbert – Romantismo. Singapore: Tachen, Brasília,  2008.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdos dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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