Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

A economia colonial Portuguesa: características gerais

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 26, 2020
in História
0 0
0

Portugal nunca foi um país verdadeiramente imperialista devido à insuficiência de capitais. Na época de acumulação primitiva do capital, Portugal não investiu na esfera produtiva para a reprodução de capital, ele sobreviveu graças ao apoio recebido dos países mais fortes como a Inglaterra, Franca, Alemanha. A sua riqueza foi usada na edificação de infra-estruturas e de bens de ostentação, como estátuas, palácios, mosteiros, entre outros, as poucas indústrias existentes na metrópole não satisfaziam as necessidade da sua população, quer no continente, quer nos territórios ultramarinos.

A pobreza de Portugal não permitia a exploração rentável das suas colónias e reconhecendo ser incapaz de competir em pé de igualdade com potências como a Inglaterra, Franca, Bélgica, o governo colonial optou por alinear parte das suas terras as calamidades Majestáticas e arrendatárias, como forma de acelerar a ocupação efectiva.

Assim, Portugal ofereceu encargos relativos a administração civil e judiciais as seguintes companhias: companhia do Niassa, companhia de Moçambique, companhia de Zambézia (Boror, Luabo, Societe du Madal, entre outros). Através desta política, mesmo sem capitais, Portugal assegurou a ocupação efectiva e conservou os seus territórios, no meio dos apetites e da concorrência capitalista mundial.

A economia apoiou-se na cobrança dos impostos (mussoco e imposto palhota), uso do trabalho forcado, exportação de mão-de-obra, economia de plantações, cobrança de taxas e direitos aduaneiros, entre outras formas. Por outro lado, a colónia era uma espécie de reservatório de mão-de-obra barata, fonte de abastecimento em matérias-primas para a industria  da metrópole e mercado preferencial para a venda dos produtos Portugueses, como vinho, bacalhau sardinha enlatada, tecidos, etc.

A economia priorizou a drenagem da riqueza das colónias cm favor da metrópole e, a construção dos caminhos-de-ferro visou servir essencialmente a economia dos países do Hinterland. Os principais corredores ou ramais partiam de Nacala para Malawi, no Norte; da Beira para a Rodésia, no centro; de Lourenço Marques para Suazilândia, África do sul e Rodeia do sul, na zona sul. As ligações faziam-se através de entre lagos (corredor de Nacala), Ressano Garcia (África do sul), Goba (Suazilândia), Limpopo (Rodésia do sul ou Zimbabwe).

A economia de plantações caracterizou a outra face de actuação do capital colonial em Moçambique: plantações de cana-de-açúcar, de arroz, de tabaco, de sisal, de algodão e de outras culturas oleaginosas (coqueiro, girassol, gergelim, amendoim). O trabalho nas plantações exigia muito esforço. Os camponeses eram obrigados ao trabalho forcado (o xibalo) e, algumas vezes sem direito a qualquer remuneração. Esta forca de trabalho também foi usada na construção de estradas, linhas férreas e outras infra-estruturas.

A exploração colonial contribuiu para o empobrecimento do camponês e dos trabalhadores. O exemplo mais doloroso do recurso ao uso da mão-de-obra forcada aconteceu na Zambézia, em Nampula, em Manica e Sofala, nas plantações de cana-de-açúcar, de algodão e sisal.

Em 1891 o governo Português deu a capitais Ingleses e franceses o direito de explorar as regiões compreendidas entre o rio Zambeze e o Save, constituindo a companhia de Moçambique;

Em 1892 o governo português deu concessões idênticas a outros capitalistas Alemas e Franceses, nas regiões de Niassa e Cabo delgado, formando a companhia de Niassa;

No mesmo ano (1892), funda-se a companhia da Zambézia que compreendia os prazos do Zambeze e Tete.

Assim, temos:

1- Majestáticas: companhia de Niassa e de Moçambique

Arrendatárias ou concessionárias: Companhias de Zambézia com as subconcessionárias de  Boror, Societ de Madal, Luabo, Sena sugar States, etc.

Outras companhias tinham poderes absolutos nas regiões em que estavam implantadas: cobravam impostos, cunhavam moedas, coagiam ao trabalho forcado, etc. As companhias eram autênticos Estados dentro do Estado/colónia.

As companhias Majesticas recebiam permissão da sua majestade: eram autorizados directamente pelo rei de Portugal a explorar as terras do seu domínio e conceder às pequenas Companhias concessionarias. Nas companhias a presença da burguesia Portuguesa não se fazia sentir, porem, para assegurar que os interesses políticos e financeiros de Portugal não fossem minados, foram colocados comissários Portugueses junto das administrações das companhias, cobrança de determinadas percentagens em cada imposto cobrado, etc.

Ficava sob o controle directo de Portugal, somente Nampula e o Sul do Save, regiões que constituíam quase uma espécie de reserva de mão-de-obra para as minas da África do Sul.

Razões que levaram Portugal a criar companhias

1 Atraso económico de Portugal;

2 Não ter necessidades de matéria-prima por não possuir indústrias que requerem a sua transformação;

3 Como semicolónia Inglesa, Portugal não tinha autonomia financeira de outra espécie para promover a ocupação dos seus territórios.

A criação do sistema de companhias originou:

1 A destruição de infra-estruturas económica Africana;

2 O investimento directo do capital estrangeira multinacional;

3 O surgimento de macro e microestrutura típica de países colonizadores.

Companhias majestáticas (Companhia de Moçambique e de Niassa)

Que são as grandes companhias que receberam permissão da sua Majestade, ou seja, eram autorizadas directamente pelo rei de Portugal a explorar as terras do seu domínio e a conceder terras e terceiros (pequenas companhias arrendatárias). Estas companhias detinham poder e autonomia absoluta sobre os territórios concebidos, não de fazendo sentir, por isso, a presença da autoridade Portuguesa nos territórios por eles explorados.

2- Companhias arrendatárias (Zambézia, Boror, sociedade de Madal e outros)

Constituem um conjunto de empreendimentos económicos que arredavam terras do Estado colonial Português ou das companhias majestáticas. Ocupavam-se apenas da exploração económica reconhecendo a soberania territorial de Portugal. Dai que tais companhias não tinham os mesmos privilégios que as companhias majestáticas.

Leia Também Sobre:

  • Absolutismo Na Europa: Conceito, Origem, causas, características fases e consequências
  • Os Habsburgos: Monarquia, Ramos de Administração dos territórios, blocos do território
  • Guerra dos trinta anos: causas, fases, características e consequências
  • Revolução burguesa na Inglaterra: causas, fases, características e consequências
  • Revolução puritana: causas, fases características e consequências
  • Estado Zimbabwe
  • O Centro e a Companhia de Moçambique
  • O impacto do mussoco e companhia da Zambézia
  • Os prazos e a Companhia do Niassa

Referências bibliográficas

https://www.webartigos.com/artigos/a-economia-colonial-em-mocambique/146468;

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-10112016-142148/publico/2016_TomeMirandaMaloa_VOrig.pdf.

Tags: História de Moçambique
ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

História

Resistência colonial na África Austral – Moçambique, África do Sul e Namíbia

Março 11, 2023
História

Nacionalismo Africano e em Moçambique

Março 11, 2023
História

Os prazos da coroa em Moçambique: Resumo

Março 11, 2023
História

História de Moçambique antes e depois da independência

Março 11, 2023
Next Post

Civilização Huari: origem, localização, organização económica, social, política, religião, arte e decadência

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR