Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Português leccionada no ensino secundário geral, aborda-se como tema: Cada Homem é uma raça, que o livro é dividido em 11 contos sobre os mais variados assuntos, trágicos quase sempre, porém com uma beleza e uma leveza de escrita incomparável. Não vou falar de cada um, vou citar os nomes com um pouquinho do que diz, falar sobre os que mais gostei e dizer o que achei no geral do livro. E por fim a conclusão e referência bibliográfica.
Mia Couto nasceu no dia 05 de Julho de 1955 na Beira, Moçambique, é de nacionalidade moçambicana.
Foi escolarizado na Beira, cidade capital da província de Sofala, em Moçambique. Adoptou o seu pseudónimo porque tinha uma paixão por gatos. Três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Moçambique, Lourenço Marques (actualmente Maputo). O seu nome completo é António Emílio Leite Couto. Pseudónimo: Mia Couto.
- Premio nacional de Jornalismo Areosa Pena (1989);
- Grande premeia da ficção narrativa (1990);
- Premio Vergílio Ferreira (1999);
- Premio nacional de ficção da associação dos escritores moçambicanos (1995);
- Ordem do mérito cultural (2009);
- Premio camões (2013).
Mia Couto tem varias obras a destacar as seguintes:
- Terra Sonâmbula;
- Mulheres de Cinzas;
- Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra;
- O fio das missangas;
- Antes de nascer o mundo;
- Estórias abensonhadas;
- Cada homem é uma raça.
A Rosa Caramela
Fala de uma menina bonita de rosto mas feia de corpo que estava noiva de Juca, porém uma coisa inesperada acontece e muda os planos. Nos jardins, ela se entretinha: falava com as estátuas… Fez-se irmã das pedras, de tanto nelas se encostar.
O apocalipse privado do tio Geguê
Tio Geguê é um homem simples que cuida de sua sobrinha, ao entrar para o grupo de vigilância ele começa a mudar, não tira a farda do grupo nem por um minuto, nem para dormir. Fixei o céu, procurando Deus. Mas eu não tinha vistas para tão longe.
Rosalinda, a nenhuma
Rosalinda, uma senhora que perdeu o marido e passava maior parte do tempo conversando e discutindo com o falecido. Desde que enviuvou, ela se desentreteu, esquecida de ser.
O embondeiro que sonhava pássaros
A história de um vendedor que é preso após descobrir e ser recusado como tio de um menino branco, por ser negro. Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro.
A princesa Russa
A confissão de um homem sobre seu caso com uma princesa Russa. Ela costumava demorar-se numa pequena salinha, olhando o relógio de vidro. Escutava os ponteiros a pingar o tempo.
O pescador cego
A história de um pescador que em meio a uma pescaria se perde por causa de uma tempestade, sem comida ou outro recurso, ele se apega a fé. A fome começou a fazer ninho em sua barriga. Decidiu lançar a linha, já sem esperança: o anzol carecia de isco. E ninguém conhece peixe que se suicide por gosto, mordendo anzol vazio.
O ex-futuro padre e sua pré-viúva
Desde pequeno que ele se dedicara a ausências, paralelo ao céu. Os outros brincavam, festejando os ínfimos nadas da infância. Só o Benjamim definhava na catequese, entre santos e incenso… Até que um dia apareceu Anabela, anabelíssima.
A vida é uma teia tecendo a aranha. Que o bicho que acredite caçador em casa legítima pouco importa. No inverso instante, ele se torna cativo em alheia armadilha. Confirma-se nesta estória sucedida em virtuais e miúdas paragens.
Mulher de Mim
“O homem é o machado, a mulher é a enxada”.
Doeu-me acordar, malvorei-me. Nesse custo, entendi: acordar não é a simples passagem do sono para a vigília. É mais, um lentíssimo envelhecimento, cada despertar somando o cansaço da inteira humanidade. E concluí: a vida, ela toda, é um extenso nascimento.
A lenda da noiva e do forasteiro
De tudo ficava a conformidade da ausência: a noiva evadira-se, inédita. O noivo se tornara espirante, sentinela da solidão.
“Eis o meu segredo: já eu morri. Nem essa é a minha tristeza. Me custa é haver só uns que me acreditam: os mortos”
Sidney Poitier na barbearia de Firipe Beruberu
” Império: em pé, rio a bandeiras despregadas”. Sabem o que faz uma pessoa ficar careca? É usar chapéu do outro.
Os mastros do Paralém
“Só um mundo novo nós queremos: o que tenha tudo de novo e nada de mundo”. o mundo é grande, mais completo que coisa cheia. O homem se acredita muito enorme, quase tocando os céus. Mas onde ele chega é só por empréstimo de tamanho, sua altura se fazendo por dívida com a altitude.
Conclusão
No findo do trabalho conclui-se que, o livro de título “Cada Homem é uma raça” é do Mia Couto, que é um escritor moçambicano, que revela neste livro, extrema sensibilidade e percepção do sofrimento humano, da discriminação e da cultura afro. Amiúde, vai revelando ao leitor um perfil do tio Geguê. O autor toca o leitor com insights como este: “História de um homem é sempre mal contada. Porque a pessoa é, em todo o tempo, ainda nascente. Ninguém segue uma única vida, todos se multiplicam em diversos e transmutáveis homens”. ” Inquirido sobre sua raça, respondeu: – A minha raça sou eu, João Passarinheiro. Convidado a explicar-se, acrescentou: – Minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual. Cada homem é uma raça, senhor polícia”.
Mia Couto, é um escritor moçambicano nasceu no dia 05 de Julho de 1955 na Beira, fez muitas obras e ganhou muitos prémios nacionais e internacionais.
Veja!
Referência bibliografia
COUTO, Mia. Cada homem é uma raça, 1a Edição, São Paulo: companhia das letras, 2013, pag. 9-195.