A pobreza seria uma característica dos países mais pobres, sendo um assunto proibido nos países desenvolvidos. Apesar da pobreza consistir na falta de alguma coisa essencial para a mera sobrevivência, é preciso ter em conta a situação de pobreza em que as pessoas se encontram, isto porque, dependendo do local, podemos estar perante uma situação de pobreza extrema (ou absoluta) ou de pobreza relativa.
A pobreza pode ser definida como a condição caracterizada por uma privação severa de necessidades humanas básicas, incluindo saúde, comida, habitação, educação e informação.
Causas em Moçambique
Um aumento das condições de pobreza (e consequentemente da exclusão social) a nível mundial. Essa situação, em pleno século XXI, deve-se a diversos factores, que Amaro (2003) resumiu no seguinte:
Factores macro (globais) relacionados com as configurações económicas em todo o mundo, os modelos económicos, os planos de desenvolvimento, a globalização da economia.
Factores meso (locais ou sectoriais), tais como políticas regionais ou locais, discriminação contra imigrantes, toxicodependentes, portadores de doenças, etc., existência de culturas locais fechadas, entre outras. Trata-se de factores que enquadram os grupos sociais e os indivíduos nas suas vivências quotidianas, podendo, em relação aos factores macro, filtrá-los, atenuando-os ou amortecendo-os, ou, pelo contrário, amplificando-os ou reforçando-os.
Factores micro (pessoais e familiares), dos quais se destacam a dimensão e estatuto da família, o acesso aos serviços básicos de saúde e educação, a situação dos idosos, entre outros.
Estes factores, ligados tanto à escala familiar ou individual como à sociedade ou às relações entre os indivíduos e a sociedade, formam um ambiente propício à propagação e instalação da pobreza e exclusão social, apresentando consequências difíceis de serem eliminadas.
Consequências da pobreza
Os pobres apresentam limitações, tais como: ambiguidades na especificação dos direitos, violação dos direitos (tais como pilhagens e roubos), ignorância, hábitos alimentarem ou apatia e epidemias. A carência alimentar que manifesta-se na debilidade das pessoas que é traduzida por uma esperança de vida mais curta. Estão mais vulneráveis às doenças e têm menor acesso aos serviços médicos e à obtenção de medicamentos, cujo valor é muito difícil de suportar. Pessoas doentes não conseguem trabalhar ou estudar, uma vez que o seu organismo está debilitado. As crianças apresentam dificuldades para acompanharem o ritmo escolar, o que se traduz no aumento do número de reprovações e consequente abandono escolar.
Dada a baixa qualificação escolar e profissional, os pobres são empurrados para empregos precários que na sua maioria são temporários, apresentando-se o rendi- mento insuficiente para a satisfação das suas necessidades. Mui- tos acabam por emigrar para outras regiões ou países que lhes permitam realmente usufruir de um rendimento mais elevado, mas ainda assim continuam a ter acesso somente a empregos precários, tais como o trabalho na construção civil, empregadas de limpeza ou de balcão, empregadas domésticas, etc. Em mui- tos casos, o recurso à economia informal7 apresenta-se como a única fonte de rendimentos. As condições de privação conduzem muitas vezes à criminalidade (cuja taxa é mais elevada entre os mais pobres), à prostituição, ao aumento do consumo de drogas e álcool, que muitas vezes se traduz no aumento da violência. A falta de rendimento também se traduz numa inadequação geral das condições de alojamento.
Leia Também Sobre:
- Cultura: conceito, características e sua origem
- Os Rituais e ordem
- Importância da feitiçaria na África e em Moçambique
- Religião em Moçambique
- Diversidade cultural em Moçambique
- Makwayela: O que é? Origem, em Moçambique e sua Importância
- Xitique: O que é? Requisitos, vantagens, desvantagens e importância
- O que é identidade Cultural? Qual é a sua Importância?
- O papel da mulher Africana
What’s up, I read your blog regularly. Your
story-telling style is awesome, keep up the good work!