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Home História

O impacto do mussoco e companhia da Zambézia

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 26, 2020
in História
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O esforço feito para a manutenção dos prazos foi sustentando por pouco tempo, pois na aplicação da lei, Enes arrendou quase toda a área da Companhia (126 dos 134 prazos) da Zambézia que passou a ser dominado pelo maior accionista Albert Ochs, da companhia de Moçambique.

Conteúdos

  • 1 Fundação
    • 1.1 Limites
    • 1.2  Formas de exploração
    • 1.3 O impacto do mussoco e o trabalho forçado nas plantações para à população camponesa
    • 1.4 Declínio da Companhia

Fundação

A companhia da Zambézia foi fundada em Maio de 1892, relíquia (legado) de Paiva de Andrade. Ocupava as áreas do Chire, fronteira com a Niassalandia (Malawi) e a futura Rodesia do norte (Zâmbia), entre Zumbo e Luenha, numa extensão de 110 mil km2 e cobria as terras mais férteis de Moçambique.

Esta companhia nasceu da fusão da sociedade do Fundadores da Companhia Geral da Zambezia, criada em 1880, com a Central Africa and Zoutpamberg Exploration Company. A companhia não possuía direitos majestáticos, era arredentaria. A maior parte das acções foram compradas por Sul-Africanos, Ingleses, Alemaos, Franceses e pelos princípios de Monaco, encintrando-se as duas sedes principais em Lisboa e Paris.

Limites

A companhia ocupava os territórios que compreendiam a actual província de Tete, norte do rio Zambeze, Zambézia, excluindo o baixo Zambeze, zona explorada pelas companhias subarredentarias:

1- Do boror, de capitais Alema;

2- Do Luabo, de capitais diversos;

3- Societe Du Madal, de capitais Franceses-1904;

4- Sena Sugar Estates, de capitais Ingleses-1920;

5- Companhia de Buzi, entre outras.

Foi uma das companhias mais extensa, subjugou as companhias já existentes em Quelimane, conquistou as Terras independentes do distrito de Tete e depois de Quelimane, onde existiu o imposto de capitação- o mussoco. O mussoco foi um dos mecânicos usados para a produção da mão-de-obra; era uma obrigatoriedade de trabalho nas plantações; garantia a mão-de-obra que o capital precisava; garantia a produção de géneros de exportação e para a alimentação dos trabalhadores; garantia produção primitiva de capitais.

O decreto de 24 de Setembro de 1892, concedia aa companhia de Zambeze a administração por conta própria e pelo período de 10 anos de prazos da Coroa situados a norte do rio Zambeze e a oeste dos rios Luenha e Mozai.

 Formas de exploração

A companhia estava assente sob uma estrutura administração fragilizada pela guerra de resistência e de falta de capitais. Deste modo, era urgente a sua recuperação e rentabilização, com recurso as seguintes formas de exploração:

1- Exploração de mão-de-obra, onde as terras altas de quelimane e Agonia revelaram-se como reservatórios de mão-de-obra importada para África do Sul e depois para Tome;

2- Uso do trabalho forçado, onde os trabalhadores eram levados aos trabalhos forcados nas plantações;

3- Cobrança do Imposto de palhota, pago em género para a exportação, numa primeira fase e mais tarde pago em dinheiro.

4- Mussoco, foi um dos mecânicos de que o colonial-capitalismo se serviu para produzir periodicamente a mão-de-obra necessária. O mussoco era um mecanismo fiscal imposto aos trabalhadores e também a obrigatoriedade de trabalho nas plantações.

As plantações

Em 1913, calcula-se que Quelimane tinha aproximadamente 9 milhões de hectares, dos quais 5.400.000 hectares percentencia a área administrativa e 3.600.000 hectares ao Estado colonial. A área ocupada pelas culturas de plantações era extensa do ponto de vista de extensão, porem existia um consumo muito elevado de mão-de-obra, por três razões:

1- Cada cultura implicava a execução de várias tarefas (lavra, sacha, adubação, corte, extracção, transporte para as fabricas, etc);

2- Tratamento industrial dos produtos (copra, fibra, cana-de-obra) exigia a montagem de secções especializadas e de apoio (carpintaria, serrilharia, metalurgia, ect);

3- O absentismo e a fraca produtividade obrigava as companhias a organizar ou a prever “stock” de mão-de-obra em número superior ao que seria necessário para a excussão normal de tarefas. Nas plantações, os trabalhadores estavam organizados  em grupos chamados ensacas, aa testa das quais se encontrava um chefe, o Suenda. Ca empresa usava geralmente duas ensacas: “a de serviço” e a de “descanso”, como forma de minimizar o absentismo.

Complete seus estudos lendo:

  • Fases da companhia de Niassa
  • Companhia de Moçambique
  • Tipos de Companhias em Moçambique

O impacto do mussoco e o trabalho forçado nas plantações para à população camponesa

Emigração maciça de produtores para áreas de Companhias menos exigentes, para território sob controlo do Estado ou para o exterior;

As causas da emigração eram fundamentalmente as seguintes:

Diferenças entre os montantes dos impostos cobrados em Moçambique e fora de Moçambique;

Serviços forcados após a liquidação do Mussoco;

Serviços gratuitos a prestarem ao Estado;

Vexames sofridos no recrutamento de voluntários.

Destruição de infra-estrutura Africana local;

Semi-proletarizacao do campesinato.

Declínio da Companhia

1-A exploração desenfreada pela companhia não permitiu o desenvolvimento da agricultura, o que conduziu a uma situação endémica;

2- A falta de recursos impediu a criação de uma administração eficaz, tendo influenciado negativamente a realização do capital e a sua rentabilização;

3- O comércio era do tipo tradicional, pouco se cobrava os impostos, o contrato com a WENELA era um fracasso.

Em 1924, a companhia foi extinta e o território passou para a administração directa do Estado Colonial.

Leia Também Sobre:

  • O Centro e a Companhia de Moçambique
  • Cultura de chá em Moçambique
  • Reformas Agrárias em Moçambique
  • Agricultura de Plantações: Objetivos, Características e Finalidade

Referências bibliográficas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_da_Zamb%C3%A9zia;

https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Os-Prazos-e-a-Companhia-De/77802625.html;

https://colegiomoz.blogspot.com/2017/12/companhiada-zambezia-zambezia-e-uma.html.

Tags: História de Moçambique
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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Licenciando História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdos dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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