Estima-se que pelo menos 90% de todas as mulheres economicamente activas estejam envolvidas na agricultura, comparado com 66% dos homens economicamente activos, e que a maioria das mulheres esteja empenhada na agricultura de subsistência.
As mulheres tem papel muito preponderante no desenvolvimento económico, pois contribui bastante na redução pobreza, aumento da SAN na família, e zela pela saúde do agregado familiar.
Estima-se que as mulheres rurais gastem em média 14 horas de trabalho por dia em actividades agrícolas, ir buscar água, na gestão de pequena pecuária e deveres domésticos, comparado com os homens que gastam uma média de 6-8 horas no trabalho agrícola.
Moçambique fez esforços notáveis em defesa da igualdade de direitos entre mulheres e homens, com a revisão de vários instrumentos legais de forma a eliminar-se qualquer tipo de discriminação baseada no sexo.
Porém, não se evidenciam os resultados das mencionadas estratégias por falta de mecanismos de implementação, monitoria e avaliação das mesmas para além de algumas estarem desactualizadas.
As Estratégias Sectoriais de Género constituem uma oportunidade para a integração de género nas esferas política, social e económica.
O Governo de Moçambique tem Estratégias de Género em áreas-chave para o desenvolvimento socioeconómico do país como Educação, Saúde, Agricultura, Recursos Minerais e Função Pública.
De acordo com informantes-chave e grupos de discussão realizados nas províncias, as Estratégias de Género Sectoriais não são do domínio da maioria dos funcionários das instituições responsáveis pela sua implementação.
O seu domínio circunscreve-se quase sempre aos pontos focais de género ou pessoas ligadas às questões de género nas instituições.
As Estratégias Sectoriais de Género constituem uma oportunidade para a integração de género nas esferas política, social e económica.
O Governo de Moçambique tem Estratégias de Género em áreas-chave para o desenvolvimento socioeconómico do país como Educação, Saúde, Agricultura, Recursos Minerais e Função Pública.
O direito à educação em Moçambique é assegurado pela Constituição Moçambicana no seu artigo 88º.
O Sector da Educação possui uma nova Estratégia de Género (2016-2020) que visa promover a transversalização do género no Sector. A estratégia possui um plano de acção com indicadores claros e proposta de orçamento.
Apesar destas iniciativas, persistem desigualdades de género no sistema educacional como um todo.
Propostas de solução
Aumento da qualidade do ensino, o que contribuirá no maior acesso aos recursos educacionais e produtivos e possivelmente a estabelecer relações de género mais igualitárias.
Aumento da taxa de retenção da rapariga especialmente no ESG e na AEA, de modo a elevar as opções das mulheres ao ensino técnico profissional para poderem aceder ao emprego no sector formal e em postos tradicionalmente reservados aos homens.
Elaboração de mecanismos institucionais eficazes para criminalizar o assédio e abuso sexual de raparigas praticado por professores e alunos.