Teoria desenvolvida por Douglas McGregor nos EUA, depois da Segunda Guerra Mundial, sobre a essência dos trabalhadores.
O Livro “O Lado Humano das Empresas” se inicia com uma explanação sobre os pressupostos teóricos da administração sobre o ponto de vista de McGregor, ressalta que a teoria administrativa académica se afasta do quotidiano do gerente na prática, pois o mesmo, em geral, considera-se capacitados pela sua própria experiência, não precisando dos teóricos para seu desenvolvimento, McGregor compara as teorias administrativas motivacionais com a da física, ele diz que um engenheiro irá utilizar das leis naturais para projectar uma barragem considerando que rio corre para baixo, entretanto, os administradores desconsideram as leis naturais dos homens, e muitas vezes tentam motivar os funcionários da forma errada, como se tentasse fazer o “rio corre para cima”.
Conteúdos
Teoria X (Visão negativa):
No capítulo 3 Douglas McGregor expõe a Teoria X: A concepção tradicional de direcção e controle, onde é detalhado os pressupostos da teoria:
A teoria X, também são chamada de “Hipótese da mediocridade das massas”, diz que os funcionários possuem aversão ao trabalho e encaram como um mal necessário para ganhar dinheiro. Segundo esta teoria, os trabalhadores seriam preguiçosos e necessitariam ser dirigidos, assumindo-se a mediocridade das massas trabalhadoras, a partir das seguintes premissas:
- O ser humano, de modo geral, tem uma aversão essencial ao trabalho e o evita sempre que possível. Esta afirmação, feita por alguns gestores, apela para a origem da palavra trabalho, que vem do Latim Tripalium, que era um instrumento de tortura, ou ainda da Bíblia, onde como castigo para Adão e Eva teriam que trabalhar, ou seja, confirmando que para o ser humano a actividade de labutar sempre esteve ligado a sofrimento.
- O cidadão médio tem uma inerente ojeriza pelo trabalho e, se lhe for permitido, não trabalhará;
- Devido a essa característica humana de aversão ao trabalho, a maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada de punição para que se esforce no sentido da consecução dos objectivos organizacionais
- O cidadão comum prefere ser dirigido (a dirigir), prefere evitar responsabilidades, é pouco ambicioso e, acima de tudo, gosta de segurança.
McGregor se embaçou muito em Maslow e sua tese sobre a hierarquia das necessidades para desenvolvimento de suas teorias. Então, neste mesmo capitulo é feita uma explanação sobre as motivações através as hierarquias das necessidades, que a propósito, após a publicação de McGregor, foram contestadas quanto a sua real hierarquia das necessidades, visto que, segundo Maslow, uma pessoa com necessidades fisiológicas teria que primeiramente satisfazê-las para então buscar a próximas necessidades, e o que visto na prática é um alto nível de pessoas com problemas de saúde por não atender estas necessidades, em prioridade das necessidades de status financeiros e sociais.
Para McGregor, o ser passa por todas as necessidades humanas descritas na ordem hierárquica discriminada por Maslow, e detalha cada uma delas como formas de motivação da equipe.
Características da teoria X
A Teoria X, a mais tradicional, caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende que as pessoas façam exactamente aquilo que a organização pretende que elas façam. Diz a respeito do ser humano indolente e preguiçoso por natureza, que não gosta de assumir responsabilidade e prefere ser dirigido.
Teoria Y
Em contraposição, a teoria Y, sustenta exactamente o oposto, isto é, que as pessoas são criativas e deveriam receber responsabilidades. As premissas também são opostas:
- O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é tão natural como o jogo ou o descanso. O trabalho para a Teoria Y é algo natural do ser humano, e é necessário para uma vida em equilíbrio;
- Que a utilização de esforços físicos e mentais pelas pessoas são tão naturais quanto num jogo ou no lazer, isto é, o cidadão típico não desgosta do trabalho;
- O controlo externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de estimular o trabalho em vista dos objectivos organizacionais. O homem está sempre disposto a se autodirigir e se auto controlar a serviço de objectivos com os quais se compromete.
- O compromisso com os objectivos é dependente das recompensas associadas à sua consecução. E a recompensa é a satisfação do ego pelo trabalho executado.
- As recompensas pelo alcance de objectivos não representam apenas a ausência de punições, mas a satisfação do ego de cada um nós;
- O ser humano comum aprende, sob condições adequadas, não só a aceitar responsabilidades como a procura-las, isto é, o trabalhador médio não apenas aceita responsabilidades; e
- A capacidade de usar um grau relativamente alto de imaginação, de engenhosidade e de criatividade na solução de problemas organizacionais é mais amplamente distribuída na população do que geralmente se pensa. Isto significa que, aa capacidade de desenvolver a imaginação para resolver criativamente os problemas organizacionais encontra-se mais difundida do que se pensa entre a população.
- Nas condições da vida industrial moderna, as potencialidades intelectuais do ser humano comum estão sendo parcialmente usadas;
- Ou seja, o ser humano deve ser motivado e é digno de confiança, não sendo necessária uma fiscalização para que seu trabalho seja executado.
No capítulo que segue, o autor traz aplicações práticas da Teoria Y e exemplos reais de suas consultorias em empresas para embaçamento da sua Teoria.
Princípio da teoria Y
O princípio central da Teoria Y é o da integração: os indivíduos podem alcançar seus próprios objectivos, concentrando seus esforços nos objetivos da organização para a qual trabalham. Eles querem tirar o máximo proveito de seu trabalho através da satisfação, apreciação e motivação. A teoria Y convida a processos de renovação e a motivação pode ser rastreada até o estilo de liderança. Teoria Y, portanto, assume que o controle, recompensas e punições não são as únicas maneiras de estimular as pessoas. As pessoas podem se concentrar nos objectivos que buscam por autocitação e autocontrole.
Características da teoria Y
A Teoria Y é totalmente oposta à Teoria X. Ela tem a moderna concepção de Administração, a qual se baseia na eliminação de preconceitos sobre a natureza humana.
Desenvolve um estilo altamente democrático através do qual administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto a objectivos, baseando-se em uma serie de medidas inovadoras e humanistas.
Crítica sobre a teoria de McGregor
A Teoria McGregor X e a Teoria Y não se baseiam em uma única verdade. Os gerentes da Teoria X e os gerentes da Teoria Y geralmente vêem suas percepções de pessoas confirmadas. A abordagem democrática da Teoria Y faz com que as pessoas se sintam confortáveis e, como resultado, elas se comprometem de todo coração com a organização. Os gerentes que se baseiam nos princípios básicos da Teoria X são frequentemente confrontados com um círculo vicioso no qual suas suposições se tornam realidade e em que causa e efeito são revertidos. Seus funcionários estão acostumados à coerção e controle e, portanto, não farão nenhum esforço ou responsabilidade.
Influência
Um bom gerente perceberá que a liderança afecta o comportamento dos funcionários. Além de sua preferência por um certo estilo de liderança e pelo trabalho que precisa ser feito, um gerente optará pela Teoria X ou pela Teoria Y. A Teoria X será implementada em organizações industriais onde as actividades giram em torno de um alto grau de produtividade. Nos casos em que o processo de pensamento é importante e espera-se que o funcionário aja sob sua própria responsabilidade, os gerentes preferem optar pela Teoria Y. A motivação é criada devido ao envolvimento e participação de cada funcionário.
Principais pensadoresDouglas McGregor
Idealizada da teoria na década de 1960 em seu livro The Human Side of Enterprise, é uma das mais conhecidas teorias na área deg estão de recursos humanos.
Veja!
Referências
Administradores – A Teoria X e a Teoria Y, de Douglas McGregor (http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-teoria-x-e-a-teoria-y-de-douglas-mcgregor/51506/) acessada há 27 de Maio de 2019;
Tudo sobre as Teorias X e Y de Douglas McGregor (http://www.sobreadministracao.com/tudo-sobre-as-teorias-x-e-yde-douglas-mcgregor/) acessada há 27 de Maio de 2019;
FGV – Teoria X e Y (http://www5.fgv.br/ctae/publicacoes/Ning/Publicacoes/00 Artigos/JogoDeEmpresas/Karoshi/glossario/TEORIA_XY.html) acessada há 27 de Maio de 2019.