A Antropologia propriamente dita surge na Europa Ocidental caracterizada pelos avanços da evolução industrial, o que permite a expansão europeia e o surgimento de diferentes correntes preocupadas pelo estudo da cultura de povos do mundo.
As teorias Antropológicas da cultura nos auxiliam no entendimento das mais diferentes formas de manifestação cultural do ser humano no meio em que vive. Dentre as teorias culturais vistas á luz dos antropólogos temos: o Evolucionismo, o Difusionismo, o funcionalismo, o estruturalismo e o culturalismo.
Difusionismo
Difusionismo foi uma reacção contra o evolucionismo, mas coexistia com ele. Foi uma escola antropológica que tentou entender a natureza da cultuar em termos da origem da cultura e da sua extensão de uma sociedade a outra.
Difusionismo é também conhecido por historicismo, esta corrente centra-se dentro do período da antropologia deste o seu nascimento. Esta busca uma explicação das semelhanças existentes entre as culturas particulares. Dá relevo ao fenómeno da difusão entre os povos, preocupou-se em tornar os métodos da antropologia cultural mais rigorosas pelo que desenvolvem a pesquisa de campo com intensidade considerável, é o período por excelência da etnografia, engloba várias tendências da antropologia cultural: Difusionismo Inglês, Difusionismo Alemão e Difusionismo Americano.
O difusionismo teve o seu auge entre 1900 a 1930, pode ser visto como um movimento de reacção a orientastes evolucionista dominante na antropologia desde o seu nascimento. O difusionismo busca uma explicação histórica para explicar as semelhanças existentes entre as culturas particulares. Do relevo ao fenómeno da difusão e dos contactos com os povos. Preocupou-se por tornar os métodos da antropologia cultural mais rigoroso, e desenvolveu pesquisa do campo com intensidade considerável.
Tipos de Difusionismos
Difusionismo Inglês
O difusionismo Inglês surgi na segunda década do século XX. O seu representante mais importante foi Grafton Elliot Smith (1871-1937), anatomista, antropólogo e Egiptólogo, de origem Inglês nascido na Austrália. Desenvolveu a teoria da difusão do Egipto Faraónico, apresenta nas suas obras nomeadamente: a migração das culturas; o Antigo Egipto e as origens da civilização. Para esta escola, a cultura de todo mundo moderno era basicamente a mesma por conta da difusão da teoria Pan-Egipcia, e ficou conhecida por seu método pouco científico e por sua especulação fantasiosa.
O método histórico definido por esta escola é aceitável, pois, admite-se mas não como única explicação das semelhanças entre as cultuaras.
Difusionismo Alemão
Os principais expoentes do difusisionismo Alemão também conhecido por escola histórico-cultural de Viena são:
Ratzel (1844-1904), Antropólogo e Geógrafo Alemão iniciador do estudo da distribuição mundial dos elementos culturais e individuais, resultou a importância da difusão dos empréstimos culturais, no desenvolvimento e mudanças das culturas. Ele foi inovador dos estudos Antropológicos, antecipando o uso do conceito área cultural;
Fritz Graebner (1877-1934), Antropólogo alemão, definiu o conceito de círculo cultural;
Wilhem Schmidt (1868-1954), foi um missionário e antropólogo alemão, iniciou a teoria círculo cultural, explicando que a cultura de um povo é um conjunto estratificado e correlativo de elementos que evolucionam ao contacto com outros povos.
O difusionismo alemão distingue-se do difusionismo inglês, pela utilização metodológico de informações seguras. Na análise dos traços culturais semelhantes dá-se maior importância às formas menos importantes. Em alguns pontos esta escola aproxima-se do evolucionismo:
- O objecto de estudo da antropologia é a cultura universal;
- As pesquisas fundamentalmente fazem-se nos escritórios, pelo que o trabalho do campo é mínimo;
- Ainda pode-se falar de antropologia colonial, pois continua em dependência do expansionismo colonial (o pensamento antropológico em dependência do expansionismo imperialismo).
Difusionismo norte-americano
O difusionismo norte – americano criticou as teorias apriorísticas do evolucionismo e do difusionismo, sublinhando que toda hipótese deve-se verificar com dados etnográficos certo, no seu método histórico o objecto em estudo é a cultura na sua singularidade,
Representantes do difusionismo norte-americano
Franz Boas (1858-1942) é o mais representativo do difusionismo norte-americano, antropólogo e linguista norte-americano da origem alemã. Ele preocupou se nos estudos sobre usos e, costumes dos povos indígenas da América do Norte. No seu método histórico o objecto em estudo é a cultura na sua singularidade, destacam-se as seguintes obras: os limites do método comparativo a mente do homem primitivo e raça, língua e cultura.
Tendo como objecto a cultura universal, a principal particularidade foi de ter optado pelo estudo de áreas culturais muito pequenas, por considerar a cultura complexa e ser consoante eles difícil de conhecê-la totalmente. O trabalho do campo foi pouco privilegiado, alias tal como ocorria com outras escolas. Esta corrente de pensamento restringe-se no estudo de áreas delimitadas e pequenas tornando a indagação mais fácil e viável.
Alifred Louis Kroeber (1876-1960), antropólogo norte-americano, discípulo de Boas; Clark Wissler (1870-1947); Paul Radin 91883-1978); E. Sapir, Ruth Benedit (1887-1948) e Margaret Mead (1901-1978).
Leia Também Sobre:
- Descendência e filhação em Moçambique
- Ritos de iniciação: definição, características e sua Importância
- Cultura e suas características
- Antropologia cultural: o que é? Objeto, métodos e teorias Antropológicas
- Culturalismo: Antropologia
- Evolucionismo Cultural
- Grupos sociais: Tipos, Características, Vantagens e Desvantagens
- Controvérsias dos principais paradigmas da Sociobiologia: Moral, Ética e Religião
Bibliografia
BAERNARDI, Bernardo; Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos, Franco Angeli, Editores, Milão 1974.IVALA, Adelino, Zacarias; Antropologia Cultural: Plano de Estudos e Apontamentos. Nampula, 2007.
MARTINEZ, Francisco Lerma; Antropologia Cultural; Guia para Estudo. Instituto Maria, Maputo, 2002.
PEDRO, Siquesse, Alipo; Antropologia Cultural. Maputo, INED, s/d.