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Home Antropologia

A História do Catolicismo ou da igreja Católica

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 29, 2020
in Antropologia
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Catolicismo é um termo amplo para o corpo da fé católica, a sua teologia, doutrinas, liturgia, princípios éticos, e características comportamentais, bem como um povo religioso como um todo. O termo catolicismo é usado geralmente para uma experiência específica do cristianismo compartilhada por cristãos que vivem em comunhão com a Igreja de Roma.” Muitos dos principais credos (definições de fé semelhantes a preces) cristãos, nomeadamente o Credo dos Apóstolos e o Credo niceno-constantinopolitano, utilizam este termo.

No seu sentido mais estreito, o termo é usado para referir-se à Igreja Católica de Roma, formada por 23 igrejas sui iuris que estão em comunhão total com o Papa, e possui mais de um bilhão de fiéis (ou seja, mais de um sexto da população mundial e mais da metade de todos os cristãos

Conteúdos

  • 1 Cristianismo na Palestina.
  • 2 Cristianismo no mundo helênico.
  • 3 Cristianismo no Império Romano.
  • 4 Cristianismo medieval
  • 5 Sociedade moderna e Reforma.
  • 6 Catolicismo na atualidade
  • 7 Doutrina católica
  • 8 Organização e estrutura

Cristianismo na Palestina.

Na época de Jesus Cristo, quando a Palestina era dominada pelos romanos, a religião oficial do povo judeu pautava-se pela parte da Bíblia conhecida como Antigo Testamento. Embora não pretendendo romper com a tradição religiosa judaica, a mensagem de Cristo dava realce principalmente aos princípios éticos do amor e da fraternidade, contrapondo-se ao formalismo religioso apregoado pelos fariseus e doutores da lei mosaica. Essa mensagem de cunho mais espiritual e menos legalista passou a ser divulgada sobretudo entre as camadas pobres da população, na língua popular, o aramaico, mediante parábolas.

Após a morte de Cristo, seus discípulos passaram a ser chamados cristãos e, reunidos em pequenas comunidades, procuraram manter viva a lembrança de seus ensinamentos, embora participando ainda da tradição religiosa judaica. O evento mais importante desse período foi a primeira assembleia cristã, conhecida como Concílio de Jerusalém, da qual emergiram duas perspectivas pastorais bem definidas. De um lado, sob a liderança do apóstolo Tiago, estavam os que pretendiam dar destaque à raiz judaica da nova fé; do outro, os seguidores de Paulo, que desejavam uma abertura imediata da mensagem cristã para o mundo cultural greco-romano. A decisão conciliar optou por uma abertura prudente, proposta por Pedro, já escolhido por Cristo como chefe de seu primeiro grupo de discípulos. Esse cristianismo judaico teve, porém, vida relativamente breve, em vista da destruição de Jerusalém, ordenada pelo imperador Tito no ano 70. A partir de então, a fé cristã expandiu-se nas províncias da Anatólia e na própria capital do Império Romano.

Cristianismo no mundo helênico.

Foi sobretudo graças à atuação de são Paulo, divulgador da mensagem cristã na Anatólia, que o movimento religioso iniciado por Cristo na Palestina estendeu-se para o mundo helênico. A crença de pobres camponeses e pescadores passou a conquistar adeptos entre as famílias pertencentes às classes médias urbanas. O culto cristão foi progressivamente adaptado às formas de expressão mística do Oriente e sua liturgia passou a empregar a língua grega. Fez-se também a tradução da Bíblia para o grego, conhecida como versão dos Setenta, e a atitude ética proposta pelo cristianismo complementou-se com um enfoque conceitual e doutrinário. A elaboração teórica começou com os apologetas, entre os quais destacou-se Orígenes, empenhados em defender a validade da crença cristã diante da cosmovisão grega.

Dois centros de cultura cristã assumiram uma importância excepcional nessa época: Alexandria, no Egito, e Antioquia, na Síria. Em Alexandria predominava a influência platônica e uma interpretação das Escrituras voltada para a alegoria; em Antioquia prevalecia a interpretação histórico-racional, de raiz aristotélica. O período que abrange os séculos IV e V caracterizou-se pela atuação de intelectuais católicos como Atanásio, Basílio, Gregório de Nissa, Gregório Nazianzeno, João Crisóstomo e Cirilo de Alexandria, todos pertencentes ao clero católico. A consolidação dos dogmas cristãos nessa época gerou divergências doutrinais conhecidas como heresias.

O primeiro concílio ecumênico realizou-se em Nicéia em 325, convocado pelo imperador Constantino. Coube a Teodósio I reunir o segundo concílio ecumênico em 381, na cidade de Constantinopla, com a participação apenas dos bispos orientais. O terceiro concílio realizou-se em Éfeso, no ano 431, e proclamou a origem divina da maternidade de Maria. A maior assembleia cristã da antiguidade foi o Concílio de Calcedônia, realizado em 451. Desde o século IV, a igreja grega passou a atuar em colaboração com o poder político e essa aliança com o estado fortaleceu-se após a separação da igreja de Roma. No século IX, com Fócio, patriarca de Constantinopla, as relações entre as duas igrejas se estremeceram, mas a separação definitiva só se deu em 1054. Desde então a igreja romana se refere à igreja grega como cismática, embora esta se definisse como ortodoxa, ou seja, detentora da reta doutrina. Além das divergências sobre formulações teológicas, originadas de perspectivas culturais diversas, teve também grande peso na ruptura a resistência dos cristãos gregos em aceitar a afirmação cada vez maior do poder político-eclesiástico da igreja romana.

Cristianismo no Império Romano.

Ao iniciar-se a expansão da fé católica pela Anatólia, toda a região estava sob o domínio do Império Romano. Com a destruição de Jerusalém, inúmeros cristãos, entre os quais o apóstolo Pedro, passaram a viver na periferia de Roma, juntamente com outros judeus. A partir de então, Roma foi a sede de religião cristã; daí as expressões cristianismo romano e igreja romana. As celebrações do culto passaram a realizar-se na língua latina. Também a Bíblia foi, mais tarde, traduzida para o latim, por são Jerônimo, tradução conhecida como Vulgata. Ao contrário dos gregos, marcadamente especulativos, os romanos eram um povo jurídico por excelência. Pouco a pouco, o espírito legalista afirmou-se na formação cristã, com ênfase cada vez maior na organização das estruturas eclesiásticas. De acordo com a nomenclatura romana, os territórios onde desabrochava a fé cristã dividiram-se em dioceses e paróquias, à frente dos quais foram postos bispos e párocos, sob a chefia do papa, sucessor de Pedro e bispo de Roma.

A presença cristã no Império Romano foi marcada por duas etapas bem diversas. Na primeira, que se estendeu até o final do século III, a religião cristã viu-se desprezada e perseguida. O imperador Nero foi o primeiro perseguidor dos cristãos, acusados de terem provocado o incêndio de Roma no ano 64. Entre os mártires dessa fase, que durou quatro anos, incluem-se são Pedro e são Paulo. Com Domiciano houve nova perseguição, iniciada por volta do ano 92. Os imperadores antoninos do século III não hostilizaram abertamente os cristãos, mas a legislação permitia que fossem denunciados e levados aos tribunais. Houve perseguições sob Décio, Valeriano e Diocleciano, mas a situação começou a modificar-se com a vitória de Constantino sobre Maxêncio. A partir de Constantino, os imperadores passaram a proteger e estimular cada vez mais a fé cristã, até que, na época de Teodósio I, em fins do século IV, o Império Romano tornou-se oficialmente um estado cristão.

De início professado apenas pelos descendentes de judeus que viviam na periferia de Roma, o cristianismo logo difundiu-se, porém, nas camadas pobres da população, especialmente entre os escravos, e pouco a pouco foi atingindo também as famílias da nobreza romana. Com os decretos de liberdade e oficialização, o cristianismo afirmou-se a ponto de tornar-se, para alguns, veículo de promoção social e caminho para a obtenção de cargos públicos. Na medida em que a fé cristã se consolidou como religião marcadamente urbana, a partir de fins do século IV, os demais cultos passaram a ser perseguidos. Por conseguinte, seus seguidores tiveram que se refugiar na zona rural, donde o nome pagão, ou seja, habitante do campo.

Cristianismo medieval

A partir do século V, o Império Romano entrou em decadência até sucumbir às invasões dos povos bárbaros. Quando as populações germânicas ultrapassaram as fronteiras do Império e se estabeleceram no Ocidente, foram os francos os primeiros a abraçar a fé cristã, razão pela qual a França foi chamada, mais tarde, “filha primogênita da igreja”. Por força da atividade missionária, outros povos foram, em seguida, aderindo à fé cristã. A partir do século VI, o reino franco foi perdendo o antigo vigor, devido à debilidade dos reis merovíngios, enquanto ocorria a ascensão da casa dos carolíngios. Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão II em 800; consolidava-se assim um novo estado cristão, ou seja, a cristandade medieval, fortemente apoiado no sistema feudal. A partir do século XI, essa cristandade foi representada pelo Sacro Império Romano-Germânico e, no século XVI, pelos reinos da Espanha e Portugal.

Enquanto o cristianismo judaico, de caráter rural, assumira características urbanas com a transposição para a cultura greco-romana, a divulgação da fé católica na sociedade medieval provocou o processo inverso, pois os povos anglo-germânicos tinham uma forma de vida marcadamente rural. Não obstante, a hierarquia católica procurou manter valores próprios da civilização romana. Dessa maneira, a língua oficial da igreja continuou sendo o latim, pois os chamados povos bárbaros não tinham ainda expressão literária estruturada. O clero continuou a usar a antiga túnica romana, chamada agora hábito talar dos eclesiásticos. A doutrina religiosa também continuou a ser expressa por categorias filosóficas gregas e a organização eclesiástica se manteve dentro dos padrões jurídicos romanos.

A partir de então, ocorreu de forma bem nítida uma separação entre a religião cristã oficial, sustentada pela hierarquia com apoio do poder político, e o cristianismo popular, marcado por forte influência das culturas anglo-germânicas. Não podendo mais participar do culto por falta de compreensão da língua oficial, o povo passou a desenvolver formas próprias de expressão religiosa marcadamente devocionais. De modo análogo ao que ocorria na vida leiga medieval, com vínculos sociais articulados pelo juramento de fidelidade, mediante o qual os servos se comprometiam à prestação de serviços aos senhores feudais em troca de proteção, também o auxílio celeste passou a ser invocado por promessas que deveriam ser pagas após o recebimento das graças e favores desejados.

A divisão entre religião popular e cristianismo oficial perduraria até os albores do século XVI, não obstante a criação dos tribunais da Inquisição para a manutenção da ortodoxia da fé. Diante da fragilidade da prática religiosa, o Concílio de Latrão IV, celebrado em 1215, decidiu prescrever aos fiéis cristãos a assistência dominical à missa sob pena de pecado, bem como a confissão e a comunhão anual. Daí a origem dos chamados mandamentos da igreja.

Desde o início da Idade Média, sob influência de santo Agostinho, um dos maiores pensadores católicos, houve uma valorização da doutrina da graça divina, mas simultaneamente tomou incremento uma concepção negativa a respeito do corpo e da sexualidade humana. Dentro dessa perspectiva, o Concílio de Elvira, celebrado na Espanha em 305, prescreveu o celibato para os clérigos, medida oficializada posteriormente para toda a igreja. Houve ainda uma grande promoção do monaquismo: a ordem de São Bento, estabelecida em abadias rurais, teve ampla difusão nos primeiros séculos da formação da Europa. A partir do século XIII, as ordens mendicantes, como a fundada por Francisco de Assis, difundiram-se rapidamente.

No século IX, os monges de Cluny, de inspiração beneditina, passaram a dedicar-se à preservação do patrimônio cultural clássico, copiando documentos antigos. No século XIII, a grande contribuição cultural da igreja foi a fundação das primeiras universidades, nas quais se destacaram Tomás de Aquino e Alberto Magno, da ordem dominicana. Não obstante, a visão religiosa de mundo começou a ser questionada a partir do século XV, com as novas descobertas, produto do desenvolvimento científico, cuja origem estava vinculada ao movimento das cruzadas, expedições religiosas que levaram os príncipes cristãos ao estabelecimento de comércio com o Oriente.

Sociedade moderna e Reforma.

As mudanças de caráter social, econômico e cultural que ocorreram a partir do século XIV, marcando o fim da Idade Média e o nascimento do mundo moderno ocidental, provocaram uma crise muito forte na instituição eclesiástica e na vivência da fé católica. Diversos grupos passaram a solicitar reformas urgentes e a protestar contra a lentidão e a dificuldade da igreja em adaptar-se aos novos tempos. Dessas divergências resultou a cisão no seio da Igreja Católica e o surgimento das denominações protestantes.

A figura do monge católico Martinho Lutero é exemplar a esse respeito. Diante da emergência progressiva dos idiomas modernos, Lutero apregoava a necessidade de que o culto fosse celebrado em língua vernácula, a fim de diminuir a distância que se interpunha entre o clero e o povo. Desejoso de que os cristãos de sua pátria tivessem acesso às fontes religiosas da fé, traduziu a Bíblia para o alemão. Nessa mesma perspectiva, proclamou a necessidade de adotar para os clérigos os trajes da sociedade em que viviam e contestou a necessidade do celibato eclesiástico. As diversas denominações protestantes surgidas nesse período, como o luteranisno na Alemanha, o calvinismo na Suíça e o anglicanismo na Inglaterra difundiram-se rapidamente em vista de sua maior capacidade de adaptação aos valores da emergente sociedade burguesa.

A profunda vinculação da igreja romana com o poder político, a partir de Constantino, e a progressiva participação da hierarquia eclesiástica na nobreza ao longo da Idade Média fizeram com que os adeptos da fé católica tivessem dificuldades muito grandes para aderir à evolução da sociedade européia. A Igreja Católica reagiu de forma conservadora não só às novas perspectivas culturais, como também às reformas propostas por Lutero. A expressão mais forte dessa reação antiburguesa e antiprotestante foi o Concílio de Trento, realizado em meados do século XVI. Em oposição ao movimento protestante que defendia a adoção da língua vernácula no culto, os padres conciliares decidiram-se pela manutenção do latim. Acentuou-se o poder clerical na estrutura da igreja e o celibato sacerdotal foi reafirmado. Diante da popularização da leitura bíblica promovida por Lutero, a hierarquia católica recomendou a divulgação de catecismos com resumo das verdades da fé.

A instituição católica reagiu fortemente contra o avanço da mentalidade humanista, insistindo sobre a necessidade de uma prática ascética. A hierarquia eclesiástica persistiu na vinculação com a antiga nobreza rural e encontrou dificuldade para aceitar os novos valores da burguesia urbana em ascensão. A reação antiburguesa assumiu posições radicais na península ibérica, onde os reis católicos, Fernando e Isabel, implantaram a Inquisição contra os judeus com a finalidade específica de quebrar o poder econômico que eles detinham.

O Concílio de Trento trouxe uma significativa revitalização da instituição católica, com o surgimento de novas congregações religiosas, muitas das quais dedicadas a atividades missionárias, educativas e assistenciais. A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, tornou-se o modelo da nova forma de vida religiosa. A arte barroca, por sua vez, tornou-se um instrumento importante de expressão da reforma eclesiástica.

A mentalidade conservadora da Igreja Católica perdurou nos séculos seguintes, o que provocou a hostilidade da nova burguesia liberal contra a Companhia de Jesus, expulsa de vários países na segunda metade do século XVIII. A revolução francesa de 1789 assumiu também um caráter nitidamente anticlerical, tendo em vista a aliança da igreja com o poder monárquico do Antigo Regime. Ao longo do século XX, a igreja continuou combatendo as concepções liberais e encontrando dificuldade para assimilar os progressos da ciência. O Concílio Vaticano I, interrompido com a tomada de Roma em 1870, reforçou as posições autoritárias da igreja ao proclamar o dogma da infalibilidade papal. Desde princípios do século XX, o papa Pio X prescreveu a todos os professores de seminários o juramento antimodernista, exigindo fidelidade às concepções teológico-filosóficas elaboradas no século XIII por Tomás de Aquino, fundamentado na cosmovisão grega aristotélica.

Catolicismo na atualidade

Após cerca de 400 anos de reação e resistência contra os avanços do mundo moderno, a Igreja Católica iniciou um processo de maior abertura com o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1968. Entre as conquistas mais expressivas dessa assembléia episcopal, deve-se ressaltar a afirmação de que a fé católica não se vincula diretamente a nenhuma expressão cultural em particular, mas deve adequar-se às diversas culturas dos povos aos quais a mensagem evangélica é transmitida. Dessa forma, a marca da romanidade da igreja deixou de ter a relevância que tivera no passado. Uma das conseqüências práticas dessa orientação foi a introdução das línguas vernáculas no culto, bem como a adoção progressiva do traje civil pelo clero.

O concílio trouxe uma maior tolerância em relação aos progressos científicos; a posterior revogação da condenação de Galileu foi um gesto simbólico dessa nova atitude. As estruturas da igreja modificaram-se parcialmente e abriu-se espaço para maior participação dos leigos, incluindo as mulheres, na vida da instituição. Ao contrário dos concílios anteriores, preocupados em definir verdades de fé e de moral e condenar erros e abusos, o Vaticano II teve como orientação fundamental a procura de um papel mais participativo para a fé católica na sociedade, com atenção para os problemas sociais e econômicos.

Os padres conciliares mostraram sensibilidade para com os problemas da liberdade e dos direitos do homem. A diretiva pastoral, menos devotada às questões dogmáticas da teologia clássica, permitiu maior aproximação entre a igreja romana e as diversas igrejas ortodoxas de tradição grega, como a armênia e a russa, e as denominações protestantes. Por último, os horrores do anti-semitismo nazista ofereceram oportunidade para que a Igreja Católica repensasse sua tradicional posição de distanciamento em relação ao judaísmo.

Doutrina católica

Os quatro primeiros concílios ecumênicos definiram as concepções trinitárias e cristológicas, sintetizadas no símbolo conhecido como Credo, adotado no ritual da missa. O dogma trinitário afirma a crença num só Deus, que se manifesta por meio de uma trindade de pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O dogma cristológico admite que Cristo é o Filho de Deus, encarnação do Verbo divino, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O advento de Cristo deu-se por meio da Virgem Maria que, segundo o dogma mariológico, concebeu do Espírito Santo. A finalidade da encarnação de Cristo foi salvar a humanidade do pecado original, que enfraqueceu a natureza humana e acentuou sua tendência para o mal, de acordo com o dogma soteriológico.

A doutrina do pecado original e da graça foi elaborada por santo Agostinho nas primeiras décadas do século V. A partir do século XIII, Tomás de Aquino procurou estabelecer uma ponte entre o saber teológico e a filosofia aristotélica, afirmando que as verdades da fé superam a racionalidade humana mas não estão em contradição com ela. Assim sendo, a filosofia deve estar a serviço da teologia cristã. Tomás de Aquino tornou-se o mestre por excelência da doutrina católica, com a síntese por ele realizada na Suma teológica. No século XVI, o Concílio de Trento definiu dois pontos fundamentais. Em primeiro lugar, a afirmação da doutrina da igreja, considerada como uma sociedade hierárquica, dentro da qual se atribui ao clero o poder de magistério, de ministério do culto e de jurisdição sobre os fiéis. Em segundo lugar, o concílio definiu a doutrina dos sete sacramentos da igreja (batismo, crisma ou confirmação, confissão, eucaristia, extrema-unção, ordem e matrimônio), além de proclamar a presença real de Cristo na eucaristia, no mistério da transubstanciação.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII a teologia católica foi conturbada por polêmicas referentes ao papel da graça e da participação do homem em sua própria salvação, onde se confrontam principalmente os jesuítas e os jansenistas, estes últimos partidários de maior valorização da presença do mistério divino na história humana. Durante o século XIX, foram proclamadas como verdades de fé a Imaculada Conceição de Maria e a infalibilidade pontifícia. O primeiro dogma representou uma resposta da Igreja Católica às novas concepções materialistas e hedonistas resultantes da revolução burguesa, paralelas ao processo acelerado de industrialização; o segundo constituiu uma reação ante o avanço das idéias liberais, com afirmação progressiva dos direitos do homem. O último dogma da Igreja Católica foi proclamado por Pio XII em meados do século XX: a Assunção da Virgem Maria ao céu, com corpo e alma. É necessário ainda ter presente que, desde a Idade Média, com o surgimento do chamado catolicismo popular à margem da igreja oficial, criaram-se também novas versões teológicas mais adequadas à compreensão do povo, cuja influência muito se faz sentir na formação do catolicismo brasileiro.

Organização e estrutura

O catolicismo apresenta duas características que devem ser levadas em conta na análise de suas posições políticas e religiosas. A primeira é a profunda vinculação entre igreja e poder político, iniciada com Constantino no século IV, mantida ao longo de toda a Idade Média e prolongada em diversos estados durante a época moderna, em alguns países até os dias de hoje. Com muita freqüência, portanto, a organização eclesiástica sofreu a influência das alianças com o poder secular. O segundo aspecto a ser considerado é que a igreja transformou-se, desde o início da Idade Média, num verdadeiro estado político, sendo o papa, portanto, não apenas um chefe religioso mas também um chefe de estado, atribuição que conserva até hoje, não obstante o tamanho reduzido do estado pontifício.

Escolhidos por Jesus para pregar o Evangelho, os primeiros apóstolos eram simples pescadores da Galiléia, homens de pouca instrução. A fim de prepará-los para sua missão, Jesus reuniu-os ao redor de si, transmitindo-lhes pessoalmente seus ensinamentos. Também os apóstolos e seus primeiros sucessores instruíram os discípulos por meio de contato pessoal, consagrando essa forma de educação sacerdotal nos primeiros séculos da igreja. Muito contribuiu para a formação do clero a fundação de escolas catequéticas em Alexandria, Antioquia e Cesaréia, desde fins do século II. A eleição dos clérigos estava a cargo dos apóstolos e seus sucessores, os bispos, mas se costumava ouvir também o parecer da comunidade cristã, a quem competia o sustento dos clérigos, dos quais se exigiam virtudes e qualidades morais.

De início, o celibato não era obrigatório para os clérigos que ingressavam casados no estado eclesiástico. Tampouco se fazia distinção entre os termos bispo e presbítero; havia também as diaconisas, devotadas ao cuidado dos enfermos e instrução das mulheres, mas tal ordem eclesiástica desapareceu no século VII. Nos primeiros séculos, a comunidade cristã dependia diretamente dos bispos, como atesta Inácio de Antioquia; somente mais tarde foram criadas as paróquias.

A pujança da vida cristã, no início do século IV, é atestada ainda hoje pelas basílicas romanas: São Pedro, São Paulo, Santa Maria Maggiore, São Lourenço, São João do Latrão, São Sebastião e Santa Cruz de Jerusalém. Construídas sob o patrocínio de Constantino e de sua mãe, Helena, são prova do esplendor de que se revestia então o culto litúrgico. Nos principais centros do Ocidente, como Cartago, Milão e Roma, generalizou-se a praxe da missa cotidiana. Como regra geral, o clero se formava à sombra dos presbitérios e das abadias. Na Itália, sacerdotes de diversas paróquias reuniam em seus presbitérios os aspirantes ao sacerdócio, para instruí-los no serviço divino. Agostinho e Eusébio de Vercelas reuniam na própria casa episcopal os jovens desejosos de seguir a vocação sacerdotal. Também os mosteiros preparavam um clero seleto. O celibato, prescrito inicialmente para o clero da Espanha e depois estendido para toda a igreja do Ocidente pelo papa Sirício, no sínodo romano de 386, foi rejeitado pelos bispos do Oriente, onde vigorou apenas a proibição de núpcias para os que recebiam solteiros as sagradas ordenações.

Com a queda do Império Romano, a igreja passou a ocupar-se da evangelização e conversão dos povos germânicos, o que deu origem a novos modelos de organização eclesiástica. Nos reinos dos visigodos e dos francos, ao lado da eleição feita pelo metropolita e avalizada pelo povo, exigia-se desde o século VI a confirmação real para o episcopado. Tanto a igreja franca como a visigótica assumiram um caráter fortemente nacionalista, acentuando-se sua independência com relação à Santa Sé. Em ambas as cristandades, infiltrou-se o instituto das “igrejas próprias”. As igrejas rurais passaram a ser consideradas propriedades particulares dos senhores da terra, que se imiscuíam na eleição de párocos e capelães. Na igreja franca, ao lado de um alto clero político e mundano, surge um clero inferior inculto e desregrado. No reino visigótico, a vida religiosa do clero revitalizou-se no século VII com a convocação de numerosos sínodos. Apesar disso, a prática do celibato foi quase abandonada, a tal ponto que o rei Vitiza julgou-se autorizado a suprimi-la de todo no início do século VIII.

A partir de Pepino o Breve, é notória a ação dos carolíngios em favor da igreja; pode-se mesmo atribuir a essa dinastia o surto reformador do século VIII e seguinte. Carlos Magno e seu filho Luís o Piedoso, em modo particular, deram importância excepcional à reforma da igreja. Durante o reinado do primeiro, instituíram-se muitas paróquias e bispados, a posição dos bispos nas dioceses foi valorizada pelas visitas pastorais e pelos sínodos e o pagamento dos dízimos consolidou a base econômica das igrejas. O imperador ordenou também a fundação de escolas ao lado das catedrais, mosteiros e abadias. Embora vinculado aos interesses expansionistas do reino franco, o incremento da atividade religiosa converteu o reinado de Carlos Magno na primeira experiência de construção da cristandade medieval.

Durante a época feudal dos séculos X e XI, houve acentuada decadência da vida cristã, ocasionada, em primeiro lugar, pelas contínuas incursões dos normandos, húngaros e sarracenos, que traziam devastações, desorganização, miséria e fome para o povo. A conversão em massa da população provocou uma assimilação muito superficial do cristianismo. Além disso, na conversão dos saxões foi utilizada a força armada, gerando-se com isso o ódio e não o amor pela fé cristã. Assim sendo, desagregado o império carolíngio, o povo retornou à vida primitiva e retomou costumes pagãos: práticas supersticiosas e uso de amuletos e sortilégios. O paganismo se manifestava na instituição dos ordálios, ou juízos de Deus, resolvidos por meio de duelos, provas de fogo e de água, nas quais se esperava uma intervenção miraculosa da divindade em favor do inocente. Dominava o espírito de vingança, sensualidade e ebriedade, sendo comuns as violações do vínculo matrimonial.

A decadência da vida cristã manifestava-se também na deficiente prática religiosa e sacramental. Aumentava o culto dos santos, eivados muitas vezes de práticas supersticiosas e de ignorância. Cresceu a veneração indiscriminada das relíquias, que eram da mesma forma comercializadas ou roubadas. Relíquias falsas eram postas com facilidade em circulação: três localidades da Europa se vangloriavam de possuir entre seus tesouros, a cabeça de são João Batista; chegavam a 33 os cravos da Santa Cruz venerados em diversas igrejas; a abadessa Ermentrude de Jouarre falava em relíquias como o fruto da árvore da ciência do bem e do mal e Angilberto enumera, entre as relíquias do mosteiro de São Ricário, a candeia que se acendeu no nascimento de Jesus, o leite de Nossa Senhora e a barba de são Pedro.

Desde meados do século IX até fins do século XI, a observância do celibato entrou em grande decadência e num abandono quase completo. Padres e bispos casados preocupavam-se por vezes mais com sua família do que com o ministério pastoral. Os bens eclesiásticos eram também utilizados para prover parentes, ou transmitidos aos filhos, formando-se uma espécie de dinastia sacerdotal. Outro abuso de vastas proporções era a compra e venda de benefícios e ministérios eclesiásticos. Houve casos de simonia, ou seja, tráfico de coisas sagradas, na aquisição das dioceses da França, Itália e Alemanha. A fim de recuperar o dinheiro gasto com a própria nomeação, os bispos eleitos dessa forma não admitiam clérigos às sagradas ordenações senão mediante alguma compensação pecuniária. Os presbíteros não administravam os sacramentos sem remuneração. No sínodo realizado em Roma em 1049, o papa Leão IX quis depor os sacerdotes ordenados por bispos considerados simoníacos, mas os casos eram tão numerosos que ele não pôde concretizar sua decisão, pois teria privado de cura de almas um número muito grande de igrejas.

Sob a orientação do papa reformador Gregório VII e de seus sucessores, afirmou-se a autoridade legislativa e administrativa da igreja romana nos séculos XII e XIII. Diminuiu a influência dos costumes germânicos, substituídos pelo direito romano, utilizado sob a forma de direito canônico pela instituição eclesiástica. O apelativo “papa”, já usado precedentemente pelo bispo de Roma, assumiu significado pleno e exclusivo. Desde o século XI, introduziu-se também o uso da tiara, como símbolo do poder eclesiástico. Fortaleceu-se a doutrina da autoridade normativa da Sé Apostólica para toda a igreja. A partir de então, apenas o papa podia convocar e aprovar os concílios ecumênicos. Organizou-se a Cúria Romana para despacho dos negócios referentes ao papa e ao estado pontifício. Nomearam-se os cardeais, espécie de senadores da igreja, com quem o papa resolvia as questões mais importantes em reuniões denominadas consistórios. Os cardeais passaram a ser enviados mais amiúde às diversas nações como legados pontifícios. Tal instituição chegou ao máximo desenvolvimento sob Inocêncio III, papa que governou na passagem do século XII para o século XIII e sob o qual o poder de Roma afirmou-se de forma enérgica e intransigente.

O fortalecimento do poder romano induziu os papas a se tornarem os incentivadores da libertação da Terra Santa das mãos dos muçulmanos, dirigindo contra eles as cruzadas ou guerras santas. A defesa da ortodoxia católica teve também como resultado a criação do tribunal da Santa Inquisição. Esta apresentava desde o início graves vícios, como a aceitação de denúncias e testemunhos de pessoas cuja identidade era mantida em segredo, a não-admissão de defensores, o abuso do conceito de heresia, a aplicação da tortura e a pena de morte. Embora as execuções fossem efetuadas pelas autoridades civis, esse particular não diminui a responsabilidade da igreja; no entanto, o juízo sobre a Inquisição deve levar em conta a mentalidade da época, que considerava a fé cristã como o máximo bem, e a apostasia e a heresia como os piores delitos.

A afirmação política da Santa Sé conduziu os papas a diversos conflitos com reis e príncipes. Em conseqüência disso, os papas passaram a residir em Avignon no século XIV, pressionados pelos monarcas franceses. Em contraposição aos pontífices de origem francesa, foram eleitos papas italianos, num cisma que se prolongou até 1449. Em vista dessa situação, os teólogos passaram a questionar a autoridade papal e as doutrinas conciliares ganharam força. A partir de Sisto IV, eleito em 1471, os pontífices passaram a atuar mais como príncipes do que como sacerdotes e se comportavam como dinastas da Itália que, acidentalmente, eram também papas. A atuação mundana dos papas exigia novas práticas e expedientes: negócios financeiros, vendas de ofícios e favores, artes pouco honestas e o nepotismo (favoritismo aos sobrinhos).

O nepotismo marcou fortemente o pontificado de Sisto IV e seu sucessor, Inocêncio III, que tinha como objetivo dominante enriquecer o filho natural, Franceschetto. Sucedeu-lhe, por tráficos de simonia, o cardeal Rodrigo Borgia, que assumiu no pontificado o nome de Alexandre VI, notório por adultérios, perfídias e crueldades.

Nesse período de crise da igreja, Martinho Lutero iniciou o movimento reformador que culminou na separação das chamadas igrejas protestantes. Só então a igreja romana decidiu-se pela convocação de um concílio (o de Trento), já tão desejado pelos cristãos. Como resultado da assembléia conciliar, houve novo fortalecimento da autoridade pontifícia. O papa tornou-se o verdadeiro orientador e promotor da reforma católica, intervindo em todos os assuntos eclesiásticos. Para isso, muito contribuiu a nova organização da Cúria Romana e do colégio dos cardeais, realizada por Sisto V. Em 1586, ele fixou em setenta o número de cardeais, só ultrapassado no século XX, a partir do pontificado de Pio XII. Em 1587, o papa estabeleceu também em 15 o número de congregações romanas na Cúria, como instrumento para implantar a reforma na igreja. Mereceram especial referência a congregação dos bispos, dos religiosos, dos ritos e dos estudos eclesiásticos.

Com as mesmas finalidades de governo, foram estabelecidas de modo definitivo as nunciaturas apostólicas, ou seja, embaixadas papais nas diversas nações católicas. Anteriormente, os representantes do papa junto aos reinos eram designados como legados, muito valorizados pela reforma implantada por Gregório VII. O Concílio de Trento representou, sem dúvida, um evento de excepcional importância da Igreja Católica e suas repercussões se prolongaram pelos séculos seguintes. Ao lado, porém, dos grandes benefícios advindos em termos de fortalecimento da fé e da moral católica, implantou-se na igreja o espírito apologético, do qual a congregação do Santo Ofício, com a censura de obras consideradas nocivas à religião, foi a expressão mais significativa. Esse mecanismo autoritário existe até hoje com o nome de Congregação da Doutrina da Fé. O centralismo romano aumentou o espírito conservador e autoritário da igreja, preocupada na época em defender-se contra o avanço protestante e contra a mentalidade humanista. No século XIX, o poder centralizador da Cúria foi reforçado ainda mais, tornando-se os bispos simples agentes das orientações da Santa Sé.

Não obstante a renovação de ideias que marcou o Concílio Vaticano II, a estrutura da Cúria Romana e a organização do estado pontifício permaneceram quase intactos. Essas instituições serviram de base para o movimento neoconservador posteriormente desencadeado pela Santa Sé, no intuito de frear a modernização da igreja em diversos países, em busca de adaptação ao mundo contemporâneo e às realidades de cada região.

Um outro aspecto relevante da Religião Católica diz respeito à prática da caridade, da misericórdia e do amor fraterno. Com efeito, a Igreja é a maior instituição de caridade que existe em todos os tempos. Isso acontece em obediência ao mandamento de Jesus Cristo de nos amarmos uns aos outros. Os hospitais como conhecemos hoje, nasceram por causa da Religião Católica. As universidades e a ciência como conhecemos hoje, nasceram na Igreja católica. Ordens religiosas, como a dos Salesianos, já salvaram da miséria milhões de crianças e adolescentes em risco social ao redor do mundo. Sociedades leigas como a Sociedade São Vicente de Paulo ajudaram e ajudam milhões de necessitados e famintos em todo o mundo.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdos dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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