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Home História

Os estados Moçambicanos e a penetração mercantil Estrangeira

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Dezembro 29, 2020
in História
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Conteúdos

A penetração Árabe-Persa: século IX-XIV

Os Árabes foram os primeiros povos que chegaram a Moçambique no século IX, provenientes do Golfo Pérsico e fixaram se primeiramente na região costeira, concretamente na Ilha de Moçambique e Quelimane e mais tarde, a partir do século XIII, maior numero de asiáticos fixaram se em entrepostos comerciais na costa oriental africana, no vale do Zambeze e no planalto de Zimbabwe.

Geógrafos referem que no século X (943 n.e) desenvolveu-se um comercio activo nas terras de Sofala ( Zangas). Al-Masudi, por exemplo, viajante e geógrafo que descreveu sobre o comercio de Sofala.

Por tanto, a actividade mercantil asiática na costa norte de Moçambique teve inicio por volta do século IX. O ouro produzido no interior e o marfim inicialmente pelos caçadores macuas, foram os primeiros produtos de troca em Moçambique. Em troca, os chefes Moçambicanos recebiam tecidos de soda, louça de vidro e porcelanas.

Os contactos permanentes entre as populações moçambicanas da costa norte e os mercadores asiáticos contribuíram para o desenvolvimento e transformações sociopolíticas, económicas, religiosas e culturais.

Causas da expansão árabe

São causas da expansão Árabe as: económicas, religiosas, politicas e superpovoamento

Consequências da penetração árabe

Económicas: foram introduzidos plantas alimentares como o arroz de regadio, o cajueiro, a bananeira, o inhame, os citrinos.

Politicas: emergiram sociedade costeiras com sistemas políticos árabes, é o caso dos reinos Afro-islâmicos da costa (o sultanato de Angoxe e os Xecados de Sanga, Quitangonha e Sencul), que tiveram sua origem na actividade comercial.

Culturais: os casamentos, os contactos comerciais e surgimento de novos hábitos e línguas resultantes da fusão de hábitos e línguas africanas e árabes, resultaram por exemplo, a cultura Swahili na Tanzânia e Quénia.

No caso de Moçambique restaram os seguintes núcleos linguísticos: Mwani na costa de Cabo Delgado, Niharra na Ilha de Moçambique e na costa de Nampula, o Koti em Angoxe.

O uso de brincos no nariz, o modo de vestir, nas construções, nos casamentos, enterramento dos mortos.

Ideológicas: a introdução do islamismo no actual território de Moçambique que até aos nossos dias tem se verificado a expansão desta religião.

O estado Zimbabwe

O estado do Zimbabwe resulta de migrações ao planalto entre o rio Zambeze e Limpopo, de povos pastores Karanga, falantes de língua Chona que no século XI povoaram a região. Esses povos eram grandes construtores de muralhas de pedras de que restam hoje centenas de ruínas espalhados pelos territórios por eles ocupados.

Essas fortificações designadas por Zimbabwe, que significa ʽʽ casa de pedra ʼʼ testemunham a existências de comunidades muito organizadas.

O estado de Zimbabwe, existiu provavelmente aproximadamente entre 1250 e 1450. O nome deste estado deve-se ao facto de que na capital e outros centros do poder, a aristocracia rodeava as suas casas de amuralhadas de pedra conhecidas por ʽʽ Madzimbabwe-casas de pedraʼʼ que no singular seria ʽʽ Zimbabwe.

Na capital conhecida por grande Zimbabwe, concertava-se grande parte do poder politico e económico. Havia também uma grande cidade de caniço. Além do grande Zimbabwe, existiam também outros centros regionais igualmente circundados por muros de pedra, como Manyiquene, no actual distrito  de Vilankulo, parte nortenha da província de Inhambane.  Situado a 50 km de Vilankulo e a 450 km do Grande Zimbabwe, Manyiquene insere-se pela sua arquitectura, materiais arqueológicas e datações absolutas no período aqui considerado.

Entre o século XVI e XVII, Manyiquene ( primeiro museu arqueológico de Moçambique ) fazia parte do território de Sadanda o qual segundo  a tradição oral fora uma parte do Estado dos Mwenemutapas. Manyiquene constituiu-se provavelmente a sede do Estado. Do Zimbabwe e um importante entreposto comercial entre o Grande Zimbabwe e os árabes.

Actividades económicas

O ouro era utilizado para adorno, mais com a chegada dos primeiros comerciantes árabes à costa africana de Sofala trazendo consigo tecidos, pérolas e outros produtos prestigiosos, o ouro passou a ter um valor imensurável devido a sua entesa procura no século X.

A base de economia era a agricultura de cereais ( mapira, mexoeira );

Pastorícia, onde criavam bois, carneiros cabritos;

Extraiam o ferro, cobre, estanho e ouro.

Os contactos com os comerciantes Islâmicos nos meados dos séculos XI e XII, trouxe novas técnicas como a produção e fiação do algodão e confissão do vestuário. As vias utilizadas entre o século XI e XV, eram provavelmente o rio Save e a via terrestre que ligava o Porto de Quelimane e Sena e a margem do Zambeze.

Queda ou decadência

A queda do Estado do Grande Zimbabwe deu se no ano 1450 e Manyiquene no ano 1500 quando os árabes passaram a utilizar o Porto de Sofala, como consequência do fragmento do Zimbabwe e da implementação da autoridade política e militar portuguesa em Sofala em 1505 e dois anos depois na Ilha de Moçambique.

A seca do rio Save, o aumento demográfico, a procura de terras vertes e sal;

A luta entre o clã de Rozwi de Mutota e clã Torwa pelo controlo do comércio à longa distancia.

Leia Também Sobre:

  • Os Portugueses e o Estado dos Mwenemutapas 
  • Primeiros habitantes de Moçambique
  • Estados Ajauas
  • Os Nguni
  • Penetração Colonial Portuguesa em Moçambique
  • Revolta de Bárué
  • Sultanato de Angoche
  • Fases da exploração colonial Portuguesa e seu impacto
  • O Traidor Gatsi-Rusere

Bibliografia  

CABAÇO, José Luís de Oliveira. Moçambique identidades, colonialismo e libertação.Universidade, São Paulo, 2007;

 Departamento da Historia Universidade Eduardo Mondlane. História de Moçambique. Livraria Universitária,  Maputo, 1982;HEDGES, David. Moçambique no auge do colonialismo 1930-1961. Livraria Universitária Eduardo Mondlane, volume 2, Maputo, 1999;

MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. Maputo, colecção “Nosso Chão” 1969;

NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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