Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

Os Portugueses e o Estado dos Mwenemutapas (Trabalho Completo)

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Junho 21, 2021
in História, Trabalhos
0 0
0

Os Portugueses chegaram a Moçambique nos finais do século XV-1498, chefiados por Vasco da Gama, movidos por motivos económicos, sociais e religiosos. Interessados pelo ouro e marfim de Moçambique, embarcaram pela primeira vez no rio Inharrime ( Inhambane, em Sofala-1505, Ilha de Moçambique em 1507; Sena e Tete em 1530 Quelimane em 1544 e começaram a fundar feitorias locais, quer de comercio, quer de defesa contra os ataques árabes e dos chefes locais rebeldes.

Período do ouro (1505-1693)

Antes da presença Portuguesa em Moçambique a actividade mercantil era exercido pelos MOUROS (Swahilis-árabes ) no império dos Mwenemutapas. O ouro era o principal artigo do comercio, daí que se pode afirmar que foi o ouro que trouxe os Portugueses a Moçambique. O ouro permitia aos Portugueses comprar as especiarias asiáticas com quais entravam no mercado europeu como produtos exóticos. Daí que Moçambique passou a constituir uma espécie de reserva de meios de pagamento das especiarias, razão pelo qual os Portugueses se fixaram nesse pais primeiramente como mercadores e mais tarde comocolonizadores efectivos.

A sua fixação nas zonas costeiras e no interior do Zimbabwe era só para controlar as vias de escoamento do ouro e no interior do Mwenemutapa, mas também para controlar o próprio acesso às zonas produtoras do ouro e de marfim.

De lembrar que o controlo e o acesso as zonas produtoras do ouro pelos portugueses foi possível com aliança destes com a classe reinante local (Gatsi Lucere). Em 1560 e 61, os portugueses organizaram e enviaram uma expedição missionaria à corte do imperador chefiada pelo padre Jesuíta Gonçalo Silveira, com o objectivo de converter a classe dominante à religião católica. Neste contexto, o mwenemutapa reinante ( Lucere) é baptizado com o nome de Sebastião, onde os portugueses preteriam:

Influenciar as decisões politicas do imperador em seu beneficio;

Promover membros no sentido de se alargar o período em que os camponeses dedicavam-se à produção do ouro em detrimento da produção de bens de uso ( agricultura).

Marginalizar os mercadores asiáticos;

N.B.: a expedição não teve êxitos pôs o padre foi acusado de feitiçaria e morto em 1561.

Em 1572 em resposta do sucedido em 1561, os portugueses enviaram uma expedição militar chefiada por Francisco Barreto ao império, para conquistar as zonas produtoras do ouro, punir e submeter o imperador. Mas graças à coesão no seio da classe dominante, à combatividade dos guerreiros e doenças tropicais, os portugueses foram derrotados.

A primeira década do século XVII marcou inicio de uma nova era no Estado dos Mwenemutapas, pois a classe reinante (LUCERE/SEBATIAO) envolveu-se em profundas contradições com Mathuzianye. Lucere sentindo-se inferior de debelar a revolta Mathuzianye pediu ajuda militar aos portugueses em 1607.

Assim em 1607, a rebelião  Mathusianye foi vencida e Lucere, o mwenemutapa, cedeu as minas do seu Estado aos portugueses. Entre tanto, não divulgou todas as minas para tal acesso, o chefe das feiras portuguesas tinha que pagar um tributo ao Mwenemutapa de nomeCurva. Por este motivo Lucere foi considerado traidor das resistências moçambicanas, pôs permitiu a entrada e fixação dos comerciantes e militares portugueses no seu império e os manbos de Manica revoltaram-se contra ele.

Entre 1607 e 1627, a presença portuguesa no seu império foi se consolidando, principalmente com o estabelecimento de prazeiros e missionários. Com a morte do Lucere, sobe ao poder seu filho Caprizine após este ter derrotado seu tio Mavura (1627). Caprizine era contra a presença portuguesa e por isso acabou expulsando-os do império recuperando dessa maneira todas as terras e minas que estavam sob  poder dos portugueses.

Em 1629 Caprizine foi deposto do poder pelo seu tio Mavura que pediu apoio português. Os portugueses baptizaram Mavura por D.FILIPE-II e este declarou-se vassalo de Portugal. No mesmo ano Mavura faz amplas concessões militares, políticos, e comercias aos portugueses e pelo tratado a aristocracia dos Mwenemutapas foi obrigado a:

Não exigir aos funcionários e mercadores portugueses a observância das regras protocolares (descalçar, tirar o chapéu) quando recebidos por altos signatários da corte;

Aceitar uma força militar de 50 soldados portugueses na corte;

Facilitar o estabelecimento da igreja;

Expulsar os mercadores asiáticos do império;

Permitir a criação dos prazos;

Livres circulação dos portugueses e bens;

Abertura de minas sem mandar tapa-lás;

O Mwenemutapa passa a consultar o Capitão antes de tomar qualquer decisão;

Tinha que visitar o governador da Ilha de Moçambique, de 3 em3 anos pagando-lhe um tributo em ouro.

Este conjunto de concessões atentavam contra o direito consuetudinário shona que defendia que a terra não podia ser alienada, era uma falta de respeito com os espíritos dos antepassados. Assim, em 1693 o muenemutapa Afonso Nhacunimbite insatisfeito com o procedimento dos portugueses, convida o chefe Butua, Changamire Dombo para dirigir um levante armado contra a presença portuguesa.

Esta revolta significou o inicio do desmoronamento dos Mwenemutapas porque as regiões que não eram directamente controladas pelo imperador, aproveitaram se do clima para conquistar a sua autonomia e consequentemente, o fim da fase do ouro e inicio da fase do marfim.

Consequências do ciclo do ouro

Abandono das principias actividades produtivas;

Erosão da economia das mishas;

Lutas entre clãs e entre dinastias pelo controlo do comércio com os portugueses;

Surgimento de novas unidades politicas, onde a classe dominante era formada por mercadores portugueses e indianos estabelecidos como proprietários das terras que haviam sido doadas, compradas ou em muitos casos conquistados.

Leia Também Sobre:

  • Os estados Moçambicanos e a penetração mercantil Estrangeira
  • Primeiros habitantes de Moçambique
  • Estados Ajauas
  • Os Nguni
  • Penetração Colonial Portuguesa em Moçambique
  • Revolta de Bárué
  • Sultanato de Angoche
  • Fases da exploração colonial Portuguesa e seu impacto
  • O Traidor Gatsi-Rusere

Bibliografia  

CABAÇO, José Luís de Oliveira. Moçambique identidades, colonialismo e libertação.Universidade, São Paulo, 2007;

 Departamento da Historia Universidade Eduardo Mondlane. História de Moçambique. Livraria Universitária,  Maputo, 1982;HEDGES, David. Moçambique no auge do colonialismo 1930-1961. Livraria Universitária Eduardo Mondlane, volume 2, Maputo, 1999;

MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. Maputo, colecção “Nosso Chão” 1969;

NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.

ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

Trabalhos

A guerra fria e a independência de Moçambique

Março 11, 2023
História

Resistência colonial na África Austral – Moçambique, África do Sul e Namíbia

Março 11, 2023
Trabalhos

Processo histórico de municipalização de Moçambique

Março 11, 2023
História

Nacionalismo Africano e em Moçambique

Março 11, 2023
Next Post

As companhias majestáticas-companhias de Niassa

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR