As necessidades dos países europeus no final do século XIX, em meio à maturidade do capitalismo industrial, tornaram-se maiores sobre a África: áreas fornecedoras de matérias-primas e recebedoras de investimentos (transporte, por exemplo).
O controlo de parcas áreas litorâneas não bastava mais para as potências europeias que realizaram a partilha da África na Conferência de Berlim (1884/85) As consequências para a África tornaram-se mais graves:
Inserção do continente na Divisão Internacional do Trabalho como exportador de produtos primários. Essa posição imposta á África no século XIX é mantida até a actualidade com todos os prejuízos decorrentes para as economias africanas.
Criação de fronteiras e, eventualmente, Estados heterodeterminados.
As divisões políticas africanas não resultaram de processos políticos inerentes ás sociedades do continente. Definidos desde a Europa, essa divisão política resultou em Estados com instituições pouco representativas de necessidades plurais das sociedades africanas. Essa baixa legitimidade mantém os países africanos sob tensões políticas com guerras e guerras civis.
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