O Corno de África é uma península na África do Nordeste que inclui os 4 países de Djibouti, Eritreia, Etiópia e Somália.
História do Corno da África

Os seres humanos habitaram o Corno da África há milhares de anos, algumas evidências datam de 125 mil anos atrás. Acredita-se que os colonos originais desta área sejam provenientes de várias regiões diferentes.Alguns pesquisadores acreditavam que um pequeno grupo de pessoas atravessava o Mar Vermelho da atual Arábia Saudita no Corno de África; outros acreditam que as pessoas migraram do Vale do Nilo durante o período Neolítico, cerca de 10.200 aC.
Na história antiga, o Chifre da África provavelmente foi referido como Punt por egípcios. As pessoas e comunidades de Punt mantinham um bom relacionamento com o Faraó. Já há séculos 8 e 7 aC, as civilizações no Corno de África praticavam a agricultura e desenvolveram sistemas de irrigação e ferramentas de ferro.
No século I dC, o Reino Aksumite (ou Império) entrou no poder, desenvolvendo sua própria moeda e mantendo relações comerciais com o Império Romano e a Índia. Foi considerado um dos 4 grandes poderes globais, juntamente com a China, a Pérsia e Roma. Embora o Reino Aksumite tenha sido o primeiro reino cristão, o comércio com as nações muçulmanas próximas trouxe o Islã para a região pouco depois da sua criação.
O Reino Aksumite declinou no século 7 dC e a região deu lugar a vários reinos menores durante a Idade Média. A maioria desses reinos eram impérios muçulmanos que deixavam as mesquitas, cidades fechadas, castelos, santuários, fortalezas, necrópolis e pátios. Os impérios deste período se defenderam das invasões portuguesas e de Oromo e fortaleceram suas relações comerciais com outros países.
Em 1270, o Império etíope se formou e, no século 15, tentou estabelecer uma relação com os reinos europeus. Um relacionamento foi estabelecido com Portugal em 1508. Esta relação foi mais tarde benéfica para a Etiópia quando Portugal enviou ajuda contra uma invasão militar. Em 1600, o cristianismo foi mais uma vez a religião principal, resultando em agitação civil.
Estes vários impérios continuaram a governar em todo o Corno de África até 1869, quando o Canal de Suez foi aberto e os governos europeus tentaram obter o controle da região. A Itália tornou-se um grande colonizador nesta área e a França estabeleceu uma administração no final do século XIX. Até o século 20, os países como são conhecidos hoje começaram a se independizar dos poderes europeus.
Países membros do Corno da África
O atual corça da África é composto por várias nações independentes. Estes países incluem: Etiópia (capital: Addis Abeba), Eritréia (capital: Asmara), Somália (capital: Mogadíscio) e Djibouti (capital: Djibouti).
Grupos Étnicos do Corno da África
Embora o Corno de África consista em 4 países independentes, ele compartilha heranças étnicas semelhantes em toda a região. A grande maioria das pessoas aqui compartilha uma etnia afro-asiática.
O maior grupo étnico do Corno de África é o Oromo. A população de Oromo é de cerca de 30 milhões de indivíduos, a maioria dos quais (25,448 milhões) vivem na Etiópia. Pesquisas sugerem que o povo Oromo, uma cultura Cushitic, viveu no Nordeste e África Oriental desde pelo menos o século I dC.
O segundo grupo étnico mais comum é o Amhara. Globalmente, a população de Amhara é de cerca de 25 milhões. Destes indivíduos, cerca de 20 milhões vivem nas regiões altas e norte da região da Etiópia. Os povos de Amhara moraram aqui por mais de 2.000 anos, governando vários períodos de tempo. Um dos líderes de Amhara mais conhecidos é Haile Selassie, o Imperador da Etiópia, de 1930 a 1974.
O grupo étnico da Somália é a terceira maior etnia em todo o Corno de África. Este grupo tem entre 16 e 20 milhões de indivíduos. A maioria dos somalis vivem na Somália (cerca de 9 milhões). Mais 4,6 milhões vivem na Etiópia e 524 mil em Djibouti. Acredita-se que essa etnia seja responsável por pinturas rupestres de 5.000 anos. Os pesquisadores descobriram os cemitérios somalianos que remontam ao século IV aC também.
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