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Localização da África subsariana

A África subsariana/subsaariana também chamada África negra, corresponde à parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara. Chamada de subsaariana por estar ao sul (sub-) do Saara (-saariana).
História da África Subsariana
A teoria mais aceita entre os antropólogos e arqueólogos diz que a “África é o berço da humanidade”. Na Antiguidade, a Núbia e a Abissínia foram as primeiras regiões a receber influências externas, principalmente a partir do III milénio a.C.. O território a oeste do Chade permaneceu mal conhecido, e passou lentamente do Neolítico à Idade do Ferro. Existiram grandes impérios: Gana, Mali, Songai, Canem.
A partir do século VIII, os Estados sudaneses sofreram a influência dos muçulmanos e tornaram-se fortemente islamizados. O Império do Gana, entre o Senegal e o Níger, desenvolveu-se a partir do século IX e foi destruído em 1076-1077 pelos almorávidas. Seu território controlado no início do século XIII pelo Reino de Sosso, passou em 1240 à dominação do Império do Mali, que herdeiro de sua riqueza, se estendeu por uma zona bastante extensa no Sudão Ocidental.
A chegada dos portugueses no século XV trouxe grandes mudanças, pois o comércio português, em breve seguido pelo de outras nações europeias como os Países Baixos, Dinamarca, Grã-Bretanha e França, por intermédio de companhias autorizadas, baseava-se essencialmente no tráfego de escravos. Do século VII ao XX, cerca de 14 milhões de escravos foram levados para o mundo árabe pelo Saara e pelos portos da costa oriental. Os chefes das regiões costeiras, foram, no decorrer do século XIX, substituindo a “mercadoria humana” por produtos tropicais (óleo de coco), que eram trocados por tecidos e armas.
A partir de 1815, a França tentou lentamente extrair recursos do Senegal, que ocupou em 1658. A Grã-Bretanha se instalou na Costa do Ouro a partir de 1875 e na Nigéria desde 1880, ano em que a França desencadeou a “corrida do ouro”, com a Marcha do Níger.
A Conferência de Berlim não decidiu a partilha da África, mas acelerou a instalação territorial das potências europeias e a constituição de grandes impérios coloniais: inglês, neerlandês, italiano, belga e alemão, junto aos restos do império espanhol e português. Até à Segunda Guerra Mundial, a África subsaariana evoluiu em ritmos diversos, em função do meio e dos recursos, da precariedade das vias de comunicação, da densidade das populações e da urbanização. Por toda parte a massa camponesa (90% da população) sofreu com o domínio colonial.
Até o final da década de 1980, a maioria dos dirigentes se manteve no poder graças a partidos únicos que garantiam os privilégios de uma minoria, apoiada na corrupção generalizada. A crescente pressão dos direitos humanos, no entanto, tem obrigado vários países a se justificarem perante a comunidade internacional. Nesse contexto, em 1990 a África negra passou por mudanças políticas fundamentais, caracterizadas pela implosão dos sistemas vigentes: pluripartidarismo e democracia tornaram-se as palavras de ordem.
População
O continente africano tem hoje cerca de 889 milhões de habitantes, dos quais 500 milhões vivem na África subsariana. Essa população tem um crescimento populacional na ordem dos 2,5% ao ano. De forma geral, a população da África Negra apresenta os piores indicadores socioeconómicos do mundo. Enquanto nos países desenvolvidos a população morre, em média, com uma idade superior a 70 anos, nessa parte do mundo raramente a média ultrapassa os 45 anos.
Política
Esta região da África é marcada, em geral, por governos autoritários e corruptos que não se preocupam em melhorar as condições económicas dos seus países. Nos últimos anos, no entanto, verifica-se uma tendência democratizadora em toda a região, com eleições multipartidárias realizadas regularmente.
Hidrografia: rios e lados
Principais rios de África
A maior bacia hidrográfica da África e segunda do mundo, apenas superada pela do rio Amazonas, é a do rio Congo, com 3680000 km2. O rio Nilo, com 6690 km, é o segundo mais longo do mundo. O rio Zambeze e o Limpopo correm para o oceano Índico. O Orange, o Níger, o Gâmbia e o Senegal desembocam no Atlântico.
Principais lagos africanos
Os principais lagos africanos são o lago Vitória, segundo do mundo em superfície, com 69485 km², o lago Tanganhica, o Rodolfo, o Alberto, o Eduardo e o lago Niassa.
Clima da África Subsariana
O clima tropical predomina na maior parte da África, tanto na zona tropical, húmida no verão e seca no inverno, quanto na zona equatorial, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes. Nos grandes desertos, como o Saara e o Kalahari, as temperaturas são altas de dia e baixas à noite.
Fauna
A distribuição climática do continente africano determina directamente a configuração de suas zonas de vegetação e fauna. A selva equatorial, frondosa e exuberante, abriga numerosas espécies de aves, símios – chimpanzés e gorilas -, répteis, anfíbios e insectos.
Nas zonas tropicais estende-se a savana, paisagem de vegetação herbácea, com árvores de folhas caducas (baobá, sicómoro) isoladas ou em bosques; nas savanas abundam os grandes mamíferos herbívoros (elefantes, rinocerontes, hipopótamos, girafas, búfalos, antílopes, gazelas) e os carnívoros (leões, leopardos, hienas, chacais).
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