O estudo sobre as origens da literatura brasileira deve ser feito levando-se em conta duas vertentes: a histórica e a estética. O ponto de vista histórico orienta no sentido de que a literatura brasileira é uma expressão de cultura gerada no seio da literatura portuguesa. Como até bem pouco tempo eram muito pequenas as diferenças entre a literatura dos dois países, os historiadores acabaram enaltecendo o processo da formação literária brasileira, a partir de uma multiplicidade de coincidências formais e temáticas.
A outra vertente (aquela que salienta a estética como pressuposto para a análise literária brasileira) ressalta as divergências que desde o primeiro instante se acumularam no comportamento (como nativo e colonizado) do homem americano, influindo na composição da obra literária. Em outras palavras, considerando que a situação do colono tinha de resultar numa nova concepção da vida e das relações humanas, com uma visão própria da realidade, a corrente estética valoriza o esforço pelo desenvolvimento das formas literárias no Brasil, em busca de uma expressão própria, tanto quanto possível original
As literaturas começam sempre por um livro, que frequentemente não tem outro mérito que o da prioridade.
Qual foi o brasileiro que, quando ainda mal se esboçava aqui uma sociedade, escreveu e publicou uma obra literária?
Há várias e incertas notícias de uma crónica escrita em Pernambuco talvez antes do século de 600. Seria porventura o primeiro escrito feito no Brasil. Sobre se não saber nada a seu respeito, nem do seu autor, sequer se era brasileiro, é duvidoso tivesse essa obra alguma importância para a história da nossa literatura. Mas independentemente da sua existência e qualificação literária “foi Pernambuco o lugar em que abrolhou a flor literária em nossa pátria.
Para este resultado explana o insigne sabedor que o verificou concorreu mais de um fator. Pernambuco desenvolveu-se regularmente; Duarte Coelho desde o desembarque e empoçamento da terra domou os índios, que nunca mais fizeram-lhe frente com bom êxito; os colonos viram logo remunerados os seus labores; o solo era fértil; a vida fácil; a sociabilidade e o luxo consideráveis; a população branca em geral de origem comum (Viana) apresentando menos elementos disparatados, mais depressa tendia à unificação; o sentimento característico do nosso século XVI – o desprezo e desgosto pela terra brasileira, o transoceanismo, ali primeiro arrefeceu. Acrescente-se a facilidade e frequência de viagens à Europa, a consequente abundância de comodidades, cuja ausência algures tornava o país detestado e detestável; o natural versar de livros históricos, como o de João de Barros, em que fulgiam os nomes de Albuquerque e Duarte Coelho, a tendência literária dos capitães-mores de terra que escreveram livros.
Em 1601 saía em Lisboa, da imprensa de António Alvarez, um opúsculo de dezoito páginas, in-4º, trazendo no alto da primeira do texto este título: Prosopopeia Dirigida a Jorge Dalbuquerque Coelho, Capitão, e Governador de Pernambuco, Nova Lusitana, etc. O nome do autor Bento Teyxeyra vinha, assim escrito, em baixo do Prólogo, no qual fazia ao seu herói o oferecimento da obra.
É um poema de noventa e quatro oitavas, em verso hendecassílabo, sem divisão de cantos, nem numeração de estrofes, cheio de reminiscências, imitações, arremedos e paródias dos Lusíadas.
Conteúdos
Fases da literatura Brasileira e suas características
I fase – Quinhentismo (século XVI)
Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação (de viagem) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.
II Fase – Barroco (século XVII)
Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopeia; Gregório de Matos Guerra (Boca do Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo António ou dos Peixes.
III Fase – Neoclassicismo ou Arcadismo (século XVIII)
O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção das obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados (fugere urbem = fuga das cidades) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás António Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.
IV Fase – Romantismo (século XIX)
A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar: individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar: O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.
V Fase – Realismo – Naturalismo (segunda metade do século XIX)
Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar: objectivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas quotidianas, crítica social, visão irónica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aloísio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompeia autor de O Ateneu.
VI Fase – Parnasianismo (final do século XIX e início do século XX)
O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.
VII Fase – Simbolismo (fins do século XIX)
Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjectivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães.
VIII Fase – Pré-Modernismo (1902 até 1922)
Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.
IX Fase – Modernismo (1922 a 1930)
Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são: nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos), linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.
X Fases – Neorrealismo (1930 a 1945)
Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras: Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiroz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.
A produção contemporânea
Produção contemporânea deve ser entendida como as obras e movimentos literários surgidos nas décadas de 60 e 70 e que refletiram um momento histórico caracterizado inicialmente pelo autoritarismo, por uma rígida censura e enraizada autocensura. Seu período mais crítico ocorreu entre os anos de 1968 e 1978, durante a vigência do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Tanto que, logo após a extinção do ato, verificou-se uma progressiva normalização no país.
As adversidades políticas, no entanto, não mergulharam o país numa calmaria cultural. Ao contrário, as décadas de 60 e 70 assistiram a uma produção cultural bastante intensa em todos os setores.
Na poesia, percebe-se a preocupação em manter uma temática social, um texto participante, com a permanência de nomes consagrados como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar, ao lado de outros poetas que ainda aparavam as arestas em suas produções.
Visual – O início da década de 60 apresentou alguns grupos em luta contra o que chamaram “esquemas analítico-discursivos da sintaxe tradicional”. Ao mesmo tempo, esses grupos buscavam soluções no aproveitamento visual da página em branco, na sonoridade das palavras e nos recursos gráficos. O sintoma mais importante desse movimento foi o surgimento da Poesia Concreta e da Poesia Práxis. Paralelamente, surgia a poesia “marginal”, que se desenvolve fora dos grandes esquemas industriais e comerciais de produção de livros.
Principais Obras de cada fase da literatura Brasileira
Quinhentismo do (século XVI) Literatura informativa de autores não-ibéricos |
André de Thevet – As singularidades da França Antártica; Antonil (Giovanni Antonio Andreoni, 1650-1716) – Cultura e opulência do Brasil; Hans Staden – Meu cativeiro entre os selvagens do Brasil; Jean de Lery – História de uma viagem feita à terra do Brasil. Fernão Cardim – Tratado da Terra e da gente do Brasil José de Anchieta (1534-1597) – Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões: De gentis Mendis de Saa; De Beata Virgine dei Matre Maria; Arte da gramática da lingua mais usada na costa do Brasil; e os autos: Auto da pregação universal; Na festa de São Lourenço; Na visitação de Santa Isabel Manuel da Nóbrega – Cartas do Brasil; Diálogo sobre a conversão do gentio |
Barroco (século XVII) | Bento Teixeira (1561-1600) – Prosopopéia
Gregório de Matos Guerra (1623-1696) – Poesia sacra; Poesia lírica; Poesia satírica (2 volumes); Últimas Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711) – Música do Parnaso Frei Manuel de Santa Maria Itaparica (1704-?) – Descrição da Cidade da Ilha de Itaparica; Estáquidos Padre Antônio Vieira (1608-1697) – Obra composta de sermões (15 volumes), cartas e profecias (as principais: Sermão pelo bom sucesso das almas de Portugal contra as de Holanda; Sermão da sexagésima; Sermão da primeira dominga da Quaresma; Sermão de Santo Antônio aos peixes; e as profecias: Histórias do futuro e Clavis prophetarum. |
III Fase – Neoclassicismo ou Arcadismo (século XVIII) | Alvarenga Peixoto (1748-1793) – Enéias no Lácio e obra poética esparsa
Basílio da Gama (1740-1795) – O Uraguai Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) – Obras; Vila Rica; Fábula do Ribeirão do Carmo Santa Rita Durão (1722-1784) – Caramuru Silva Alvarenga (1749-1814) – Obras poéticas; Glaura; O desertor Sousa Caldas (1762-1814) – Obra esparsa (poemas, traduções, cartas) Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) – Marília de Dirceu; Cartas Chilenas; Tratado de Direito Natural |
IV Fase – Romantismo (século XIX) | Romantismo – (poesia)
Primeira geração Gonçalves Dias – (1823-1864) – Primeiros cantos; Segundos cantos; Terceiros Cantos; Os timbiras; Sextilhas de Frei Antão (Poesia); Leonor de Mendonça; Beatriz Cenci; Patkull (teatro); Brasil e Oceania; Dicionário de lingua tupi Gonçalves de Magalhães – (1811-1882) – Poesias; Suspiros poéticos e saudades; A confederação dos Tamoios (poesia) Amância (novela); Antônio José ou O poeta e a inquisição; Olgiato (teatro) Manuel de Araújo Porto Alegre – (1806-1879) – Brasilianas; Colombo Segunda geração Álvares de Azevedo – (1831-1852) – Lira dos vinte anos; O conde Lopo (poesia); Noite na Taverna; O livro de Fra Gondicario (prosa); Macário (teato) Cassimiro de Abreu – (1839-1860) – As primaveras (poesia); Camões e o Jaú (teatro) Fagundes Varela (1841-1875) – Vozes da América; Estandarte Auriverde; Cantos do Ermo e da Cidade; Cantos religiosos; Diário de Lázaro; Anchieta ou O evangelho nas selvas Junqueira Freire – (1832-1855) – Inspirações do claustro Terceira geração Castro Alves (1847-1871) – Espumas flutuantes; Os escravos; A cachoeira de Paulo Afonso; Hinos do Equador (poesia); Gonzaga ou A revolução de Minas (teatro) Sousândrade (Joaquim de Sousa Andrade, 1833-1902) – Obras poéticas; Harpa selvagem; Guesa errante Tobias Barreto (1837-1889) – Dias e noites Romantismo (prosa) Bernardo Guimarães – (1825-1884) – O ermitão de Muquém; Lendas e romances; O garimpeiro; O seminarista; O índio Afonso; A escrava Isaura; O pão de ouro; Rosaura, a enjeitada; Jupira (romances); Cantos da solidão (poesia) Franklin Távora – (1842-1888) – A trindade Maldita; Os índios do Jaguaribe; A casa de palha; Um casamento no arrabalde; O cabeleira; O matuto; Lourenço. Joaquim Manuel de Macedo – (1820-1882) – A moreninha; O moço loiro; Os dois amores; Rosa, Vicentina; A carteira do meu tio; A luneta mágica; As vítimas algozes, Nina; A Namoradeira; Mulheres de matilha; Um noivo e duas noivas. José de Alencar – (1829-1877) – Cinco minutos; A viuvinha; Sonhos D’ouro; Encarnação; Senhora; Diva; Lucila; A pata da gazela (romances urbanos); As minas de prata; A guerra dos mascates; Alfarrábios (romances históricos); O sertanejo; O gaúcho (romances regionalistas); Til; O tronco do Ipê (romances rurais); Iracema; O guarani; Ubirajara (romances indianistas); A noite de São João, O crédito; Demônio familiar; Verso e reverso; As asas de um anjo; Mãe; O jesuíta (teatro) Manuel Antônio de Almeida – (1831-1861) – Memórias de um sargento de milícias Visconde de Taunay (Alfredo D’Escragnolle Taunay – 1843-1899) – Inocência; A retirada da Laguna; Lágrimas do coração; Histórias brasileiras Teixeira de Souza (1812-1861) – Os filhos do pescador; Tardes de um pintor Romantismo (teatro) Martins Pena (1815-1848) – O juiz de paz na roça; O cinto acusador; A família e a festa da roça; Os dois ou O inglês maquinista; Judas em Sábado de Aleluia; O diletante; O noviço; As casadas solteiras; O cigano; Os ciúmes de um pedestre; O usuário; A barriga do meu tio; As desgraças de uma criança Paulo Eiró (1836-1871) – Sangue limpo |
V Fase – Realismo – Naturalismo (segunda metade do século XIX)
VII Fase – Simbolismo (fins do século XIX)
VI Fase – Parnasianismo (final do século XIX e início do século XX)
VIII Fase – Pré-Modernismo (1902 até 1922)
IX Fase – Modernismo (1922 a 1930) |
Realismo
Artur Azevedo (1855-1908) – Amor por anexins; A pelo do lobo; O dote; A princesa dos cajueiros; O liberato; A mascote na roça; O tribofe; Revelação de um segredo; A fantasia; A capital Federal (teatro) Machado de Assis – (1839-1908) – Primeira fase: Ressurreição; A mão e a luva; Helena; Iaiá Garcia (romances); Contos fluminenses; Histórias da meia-noite (contos); Crisálidas; Falenas; Americanas (poesia); Segunda fase: Memórias póstumas de Brás Cubas; Dom Casmurro; Esaú e Jacó (romances); Várias histórias; Páginas recolhidas; Relíquias de Casa Velha (contos); Ocidentais (poesia); Hoje avental, amanhã luva; Desencantos; O caminho da porta; Quase ministro; os deuses de casaca; Uma ode de Anacreonte; Tu, só tu, puro amor; Não consultes médico (teatro). Póstumas: Contos recolhidos; Contos esparsos; Histórias sem data; Contos avulsos; Contos esquecidos; Contos e Crônicas; Crônicas de Lélio; Outras relíquias; Novas relíquias; A semana; Crítica teatral; Crítica literária Raul Pompéia – (1863-1895) – O Ateneu; Uma tragédia no Amazonas; Agonia; As jóias da Coroa (romances); microscópicos (contos); Canções sem metro (poesia) Naturalismo Adolfo Caminha – (1867-1897) – A normalista; O bom crioulo; Tentação (romances); Judith; Lágrimas de um crente (contos); Cartas literárias (crítica) |
Aluisio Azevedo – (1857-1913) – Uma lágrima de mulher; O mulato; Mistérios da Tijuca; Casa de pensão, O cortiço; A mortalha de Alzira; Memórias de um condenado; Filomena Borges; O homem; O coruja; O livro de uma sogra (romances); Demônios (contos); O bom negro (crônicas).
Domingos Olímpio (1850-1906) – Luzia-homem Inglês de Sousa – (1853-1918) – O cacaulista; Histórias de um pescador; O coronel sangrado; O missionário (romances); Cenas da vida Amazônica (contos) Júlio Ribeiro – (1845-1890) – A carne; Padre Belchior de Pontes Manuel de Oliveira Paiva – (1861-1892) – Dona Guidinha do Poço; A afilhada |
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Simbolismo Alphonsus de Guimarães – (1870-1921) – Septenário das dores de Nossa Senhora; Dona mística; Kyriale; Pauvre lyre; Pastoral aos crentes do amor e da morte; Escada de Jacó; Pulves; Câmara ardente; Salmos da noite Cruz e Sousa – (1863-1898) – – Broquéis; Missal; Faróis; Evocação; Últimos sonetos Parnasianismo Alberto de Oliveira (1857-1937) – Canções românticas; Meridionais; Sonetos e poemas; Poesias escolhidas; Versos e rimas Francisca Júlia – (1874-1920) – Mármores; Esfinges Olavo Bilac (1865-1918) – Panóplias; Sarças de fogo; Via láctea; poesias infantis; Alma inquieta; Tarde (poesia); Crônicas e novelas (prosa); e tratados de literatura Augusto dos Anjos (1884-1914) – Eu (poesia) Coelho Neto (1864-1934) – A capital federal; O rajá de pendjab; O morto; O paraíso; Tormenta, Esfinge (romances); Rapsódias; Baladilhas; Álbum de Calibã; Vida Mundana; Contos da Vida e da Morte (contos) Euclides da Cunha – (1866-1909) – Os sertões; Contrastes e confrontos; Peru versus bolívia; À margem da história; Canudos – diário de uma expedição (ensaios históricos) Graça Aranha – (1868-1931) – Canaã; A viagem maravilhosa (romances); Malazarte (teatro); A estrela da vida; Espírito moderno; Futurismo (ensaios) Lima Barreto – (1881-1922) – Recordações do escrivão Isaías Caminha; Triste fim de Policarpo Quaresma; Numa e a Ninfa; Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá; Bagatelas; Os Bruzundangas; Clara dos Anjos (romances); Coisas do Reino de Jambom (sátira); Feiras de Mafuás; Vida urbana; Marginália (artigos e crônicas); Diário Íntimo; Cemitério dos vivos (memórias); Impressões de leitura (crítica) Monteiro Lobato (1882-1948) – Urupês; Cidades mortas; Negrinha; O macaco que se fez homem; O presidente negro; Idéias de Jeca Tatu (prosa); Reinações de Narizinho; O paço do Visconde; As caçadas de Pedrinho (literatura infantil) Raul de Leoni – (1895-1926) – Luz mediterrânea (poesia)
Antônio de Alcântara Machado – (1901-1935) – Pathé Baby; Brás, Bexiga e Barra Funda; Laranja da China; Mana Maria; Cavaquinho e Saxofone (prosa) Cassiano Ricardo – (1895-1974) – Dentro da Noite; A frauta de Pã; Martim-Cererê; Deixa estar, Jacaré; O sangue das horas; Jeremias sem-Chorar (poesia) Guilherme de Almeida – (1890-1969) – Nós; Messidor; Livro de horas de Sóror Dolorosa; A frauta que eu perdi; A flor que foi um homem; Raça (poesia) Juó Bananère (Alexandre Ribeiro Marcondes Machado – 1892-1933) – La divina increnca (poesia) Manuel Bandeira (1886-1968) – Cinza das horas; Carnaval; O ritmo dissoluto; Libertinagem; Lira dos cinquent’anos; Estrela da manhã; Mafuá do malungo; Opus 10; Estrela da tarde; Estrela da vida inteira (poesia); Crônicas da província do Brasil; Itinerário de Passárgada; Frauta de papel (prosa) Mário de Andrade – (1893-1945) – Há uma gota de sangue em cada poema; Paulicéia desvairada; Losango cáqui; Clã do jabuti; Remate de males; Lira paulistana (poesia); Macunaíma (rapsódia); Amar, verbo intransitivo (romance); Belazarte; Contos novos (contos); A escrava que não é Isaura; Música, doce música; Namoros com a medicina; O empalhador de passarinho; Aspectos da literatura brasileira; O baile das quatro artes (ensaios); Os filhos da Candinha (crônicas) Menotti Del Picchia (1892-1988) – Juca Mulato; Moisés; Chuva de pedras (poesia); O homem e a morte; Salomé; A tormenta (romances) Oswald de Andrade – (1890-1954) – Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade; Cântico dos Cânticos para flauta e violão (poesia); Serafim Ponte Grande; Os condenados; A estrela de absinto; A escada vermelha; Memórias sentimentais de João Miramar; Marco zero (2 volumes) (romances); O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela (teatro); Um homem sem profissão 1: sob as ordens de mamãe (memórias) Plínio Salgado (1901-1975) – O estrangeiro; O cavaleiro de Itararé (romances) Raul Bopp – (1898-1984) – Cobra Norato; Urucungo (poesia) Ronald de Carvalho – (1893-1935) – Toda a América; Epigramas irônicos e sentimentais; Luz gloriosa e sonetos (poesia) MODERNISMO (Segunda fase – Poesia) Augusto Frederico Schmidt – (1906-1965) – Navio perdido; Pássaro cego; Desaparição da amada; Canto da noite; Estrela solitária Carlos Drummond de Andrade – (1902-1987) – Alguma poesia; Brejo das Almas; Sentimento do mundo; A rosa do povo; Claro enigma; Viola de bolso; Fazendeiro do ar; Viola de bolso novamente encordoada; Lição de coisas; Versiprosa; Boitempo; Reunião; As impurezas do branco; Menino antigo; O marginal Clorindo Gato; Corpo (poesia); Confissões de Minas; O gerente; Contos de aprendiz (prosa) Cecília Meireles – (1901-1964) – Espectros; Nunca mais; Metal rosicler; Viagem; Vaga música; Mar absoluto; Retrato natural; Romanceiro da Inconfidência; Solombra; Ou isto ou aquilo (poesia); Giroflê, giroflá; Escolha seu sonho (prosa) Jorge de Lima – (1895-1953) – XIV alexandrinos; O mundo do menino impossível; Tempo e eternidade (com Murilo Mendes); Quatro poemas negros; A túnica inconsútil; Livro de sonetos; Anunciação; Encontro de Mira-Celi; Invenção de Orfeu (poesia); Salomão e as mulheres; Calunga; Guerra dentro do beco (prosa). Murilo Mendes (1901-1975) – História do Brasil; A poesia em pânico; O visionário; As metamorfoses; Mundo enigma; Poesia liberdade; Contemplação de ouro preto (poesia); O discípulo dos Emaús; A idade do serrote; Poliedro (prosa) Vinícius de Morais – (1913-1980) – O caminho para a distância; Forma e exegese; Ariana, a mulher; Cinco elegias; Para viver um grande amor (poesia); Orfeu da Conceição (teatro) MODERNISMO (Segunda fase – Prosa) Cornélio Pena (1896-1958) – Fronteira; Repouso; A menina morta Cyro dos Anjos (1906) – O amanuense Belmiro; Abdias; A montanha Érico Veríssimo (1905-1975) – Clarissa; Música ao longe; Um lugar ao sol; Olhai os lírios do campo; O resto é silêncio; Noite; O tempo e o vento (O continente, O retrato e O Arquipélago); O senhor embaixador; Incidente em Antares Graciliano Ramos (1892-1953) – Angústia; Caetés; São Bernardo; Vidas secas; Infância; Insônia; Memórias do Cárcere; Viagem Jorge Amado (1912) – O país do carnaval; Cacau; suor; Capitães de Areia; Jubiabá; Seara vermelha; Terras do sem-fim; São Jorge dos ilhéus; O cavaleiro da esperança; Gabriela, cravo e canela; Os pastores da noite; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos milagres; Tieta do agreste, Tereza Batista cansada de guerra; Tocaia grande; O sumiço da santa José Américo de Almeida – (1887-1980) – A bagaceira; O boqueirão; Coiteiros José Lins do Rego – (1901-1957) – Menino de Engenho; Doidinho; Bangüê; O moleque Ricardo; Usina; Pedra Bonita; Fogo morto; Riacho doce; Pureza; Água mãe; Euridice Lúcio Cardoso – (1913-1968) – Maleita; Mãos vazias; O desconhecido; Crônica da casa assassinada; O viajante Marques Rebelo – (1907-1973) – Oscarina; Marafa; A estrela sobe; O espelho partido Otávio de Faria – (1908-1980) – Tragédia burguesa Patrícia Galvão (1910-1962) – Parque industrial; A famosa revista (em parceria com Geraldo Ferraz) Rachel de Queiroz (1910) – O Quinze; João Miguel; Caminho de Pedras; As três Marias (romances); Lampião; A beata Maria do Egito (teatro) Produções contemporâneas Adélia Prado (1936) – Bagagem; O coração disparado; Terra de Santa Cruz (poesia); Cacos para um vitral; Os componentes da banda (prosa) Antônio Callado – (1917) – A madona de cedro; Quarup; Reflexos do baile (prosa) Augusto Boal – (1931) – Revolução na América do Sul (teatro); Jane Spitfire (prosa) Augusto de Campos (1931) – O rei menos o reino; Caleidoscópio; Poemóbiles; Poetamenos; Poesia completa; Ovonovelo; Linguaviagem; Antologia \noigrandes (poesia) Autran Dourado (1926) – A barca dos shomens; Ópera dos mortos; O risco do bordado; Os sinos da agonia; Armas e corações Bernardo Élis – O tronco; Veranico de janeiro (prosa) Caio Fernando de Abreu – (1948) – Morangos mofados; Triângulo das águas (prosa) Carlos Heitor Cony – (1926) – O ventre; Tijolo de segurança; Antes, o verão (prosa) Chico Buarque de Holanda – (1944) – Fazenda Modelo (prosa); Calabar (teatro, em parceria com Ruy Guerra); Gota D’água (teatro, em parceria com Paulo Pontes); Ópera do malandro (teatro) Dalton Trevisan – (1925) – O vampiro de Curitiba; Desastres do amor; Guerra conjugal; A trombeta do anjo vingador; Lincha tarado; Cemitério de elefantes (contos) Décio Pignatari (1927) – O carrossel; Rumo a Nausicaa; Poesia pois é poesia; O rosto da memória Dias Gomes – (1922) – O pagador de promessas; O rei de Ramos; O santo inquérito; Vargas (teatro); Odorico, o bem amado (prosa) Domingos Pellegrini Jr. (1949) – Os meninos; Paixões; As sete pragas; Os meninos crescem (contos) Eduardo Alves da Costa – (1936) – Poesia viva; Salamargo (poesia); Fátima e o velho; Chongas (prosa) Edla Van Steen – Antes do amanhecer; Cio; Memórias do medo; Corações mordidos (prosa) Esdras do Nascimento (1934) – Solidão em família; Tiro na memória; Engenharia do casamento; Paixão bem temperada; Variante Gotemburgo; Os jogos da madrugada (prosa). |
Leia Também Sobre:
- Romantismo: O que é? Características, Literatura e Seus Representantes e História
- Periodização a literatura Moçambicana
- Literatura Guineense e Sua Periodização
- Manifestação da identidade cultural através da literatura
Referências Bibliográfica
MONTEIRO, Clóvis – Esboços de história literária – Livraria Acadêmica – Rio de Janeiro – 1961;ABDALA Júnior, B. “Sílvio Romero. História da literatura brasileira”. In: Mota, L. D. (org.). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico. São Paulo, Senac, v. 2, 2001;ABREU, M. M de. “Do ensaio à história literária: o percurso intelectual de Ronald de Carvalho”. Remate de Males, 2007;
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