Localização do Canal de Suez
O canal de Suez é uma via navegável artificial a nível do mar localizada no Egipto, entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Inaugurado em 17 de Novembro de 1869, após 10 anos de construção, permite que navios viajem entre a Europa e a Ásia Meridional sem ter de navegar em torno de África, reduzindo assim a distância da viagem marítima entre o continente europeu e a Índia em cerca de 7 mil quilómetros. Na ponta norte do canal está Porto Said, onde existem duas saídas para o mar; no lado sul está a cidade de Suez, onde há uma saída para o mar. Ismaília está em sua margem oeste, a 3 km a partir da metade do canal.
História
No começo da XII Dinastia o Faraó Sesóstris III (1878 – 1839 a.C) deve ter construído um canal oeste-leste escavado através do Uadi Tumilate, unindo o rio Nilo ao Mar Vermelho, para o comércio directo com Punt. Canal foi escavado por volta de 600 a.C. por Necho II, embora não tenha completado seu projecto.
O canal foi finalmente completado em cerca de 500 a.C. pelo rei Dário I, o conquistador persa do Egipto. Comemorou seu feito com inúmeras estelas de granito que ele ergueu às margens do Nilo, incluindo uma próximo a Cabret, a 130 km de Suez. O canal foi novamente restaurado por Ptolomeu II Filadelfo por volta de 250 a.C. Nos 1000 anos seguintes ele seria sucessivamente modificado, destruído, e reconstruído, até ter sido totalmente abandonado no século VIII pelo califa abássida Almançor.
A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal entre 1859 e 1869. No final dos trabalhos, o Egipto e a França eram os proprietários do canal. Estima-se que 1,5 milhão de egípcios tenham participado da construção do canal e que 120 000 morreram, principalmente de cólera.
Em 17 de Fevereiro de 1867, o primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi em 17 de Novembro de 1869. O Reino Unido, a França e Israel se lançam então numa operação militar (Operação Mosqueteiro), em 1956. A Crise do Canal de Suez durou uma semana. A ONU confirmou a legitimidade egípcia e condenou a expedição franco-Israel-britânica com uma resolução.
Com a Guerra dos Seis Dias em 1967, o canal permaneceu fechado até 1975, com uma força de manutenção da paz da ONU, a qual permaneceu lá estacionada até 1974. Em 1973 foi recuperado bem como foram destruídas as fortificações do exército Israelense ao longo do canal.
Características
O canal não possui eclusas, pois todo o trajecto está ao nível do mar, contrariamente ao Canal do Panamá. O seu traçado apoia-se em três planos de água, os Lagos Manzala, Timsah e Lagos Amargos. Aproximadamente 15 000 navios por ano atravessam o canal, representando 14% do transporte mundial de mercadorias.
A largura média do canal é de 365 metros, dos quais 190 m são navegáveis. Inicialmente, esses dois valores eram de 52 e 44 m. Situados dos dois lados do canal, os canais de derivação levam o comprimento total da obra a 195 km.
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