Bashar Hafez al-Assad, é um político sírio e o actual presidente de seu país e Secretário-geral do Partido Baath desde 17 de Julho de 2000. Sucedeu a seu pai, Hafez al-Assad, que governou por 30 anos até sua morte.
Nascido em Damasco, Bashar al-Assad veio de uma família muito envolvida com política, sendo seu pai o próprio Presidente da Síria.
Perfil Académico
Ele estudou oftalmologia em sua cidade natal e depois foi para Londres concluir os estudos. Inicialmente tinha poucas aspirações políticas e seu pai educara seu irmão mais velho, Basil al-Assad, para ser o futuro presidente. Porém a morte deste em um acidente de automóvel mudou a situação e Bashar converteu-se no herdeiro político de seu pai, que viria a falecer em 10 de Junho de 2000. Bashar al-Assad tornou-se então General do Estado-maior e Chefe Supremo das Forças Armadas Sírias.
Vida política
Nomeado candidato único pelo Partido Árabe Socialista Baath (único partido do regime) para a Presidência da República, foi eleito mediante referendo em 10 de Julho de 2000, tomando posse em 17 de Julho. Em Dezembro de 2000 casou-se com Asma al-Assad.
Período pré-guerra civil: 2000-2011
O começo de seu mandato foi marcado por uma esperança de mudanças democráticas, que foi frustrada com a continuidade da política de seu antecessor. Ante à ameaça da ideia de guerra preventiva levada a cabo pela administração norte- americana, a instabilidade do Líbano, na qual a Síria mantinha uma forte presença militar e as constantes tensões com seu vizinho Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso reformista que poderia satisfazer os anseios da União Europeia e dos Estados Unidos, mas que na prática não produziu nenhuma concessão ao movimento de oposição do país. A forte pressão internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços de inteligência sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas.
Em 2014, mesmo em meio a uma brutal guerra civil, com 191 mil mortos entre Março de 2011 e Abril de 2014, com quase metade da nação deslocada de suas casas e um-terço do país nas mãos da oposição, o governo Assad levou a cabo as eleições gerais para presidente. Com 88,7% dos votos, o líder sírio foi declarado vitorioso da eleição, cujo resultado foi considerado duvidoso por grupos opositores anti-Assad e criticada por observadores internacionais do Ocidente.
Crimes de guerra
O FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) afirmava que ao menos dez cidadãos europeus foram torturados por agentes do governo sírio durante a guerra, potencialmente abrindo caminho para que Assad fosse julgado por uma corte europeia por crimes de guerras. Stephen Rapp, o oficial responsável por questões de crimes de guerra do Departamento de Estado dos Estados Unidos, afirmou que os crimes cometidos por Assad eram os piores vistos desde os dias da Alemanha Nazista.
Em março de 2015, Rapp voltou a condenar o governo Assad, dizendo que o caso contra ele era “melhor” que aqueles contra Slobodan Milošević da Sérvia ou Charles Taylor da Libéria, ambos notórios criminosos de guerra condenados em tribunais internacionais. Em Abril de 2017, houve um ataque com gás sarin em Khan Sheikhoun que matou mais de 80 pessoas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou, em retaliação, o lançamento de 59 mísseis de cruzeiro BGM-109 Tomahawk contra uma base da força aérea síria.
Em Abril de 2018, cerca de 85 pessoas teriam morrido em um suposto ataque químico na cidade de Douma. Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais imediatamente acusaram Assad de ter sido o responsável e por isso ter violado a lei internacional.
Em Junho de 2018, o procurador-chefe da Alemanha emitiu uma ordem de prisão internacional para um dos principais oficiais militares de Assad, Jamil Hassan, que servia como chefe do Directório de Inteligência da Força Aérea Síria. Esta organização governamental era uma das mais notórias em assuntos de violação de direitos humanos e acredita-se que milhares de pessoas foram mortas ou torturadas por agentes do regime por lá.
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