Infância
Luís Bernardo Honwana nasceu na cidade de Lourenço Marques (actual Maputo) em 1942. Cresceu em Moamba, no interior, onde seu pai trabalhava como intérprete. Aos 17 anos foi para a capital estudar jornalismo. Seu talento foi descoberto por José Craveirinha e Rui Knopfli, famosos poetas moçambicanos.
Perfil profissional
Em 1964, Honwana se tornou um militante da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que tinha como propósito conseguir a libertação de Moçambique de Portugal. Devido às suas actividades políticas, foi preso em 1964 e permaneceu encarcerado por três anos pelas autoridades coloniais. Após a independência de Moçambique, Honwana foi alto funcionário do governo e presidente da Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique. Desempenhou também funções de director do gabinete do Presidente Samora Machel e Secretário de Estado da Cultura.
Obras de Luís Bernardo Honwana
Publicou Nós Matámos o Cão-Tinhoso em 1964. Em 1969, ainda em pleno colonialismo e com a guerra colonial no auge, a obra é publicada em língua inglesa (com o título de We Killed Mangy-Dog and Other Stories) e obtém grande divulgação e reconhecimento internacional, vindo a ser traduzida para vários outros idiomas.
O aparecimento desta obra estabeleceu um novo paradigma para o texto narrativo moçambicano. Na escrita dos contos que compõem o volume, Honwana favorecia um estilo simples e económico, prestando atenção aos aspectos visuais das histórias. Um de seus contos “As mãos dos pretos” foi registado no livro “Contos Africanos dos países de língua portuguesa”, junto a outros contos dos autores Albertino Bragança, Boaventura Cardoso, José Eduardo Agualusa, Luandino Vieira, Mia Couto, Nelson Saúte, Odete Semedo, Ondjaki e Teixeira de Sousa. Todos estes autores vivem ou viveram em países africanos de língua oficial portuguesa.
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