Mohamed Mohamed Morsi Issa al-Ayyat (El-Adwah, Província de Xarqia, 8 de Agosto de 1951) é um político do Egipto, eleito em 2012 como o 5º presidente da história do seu país. Entre 30 de Abril de 2011 e Junho de 2012 foi presidente do Partido da Liberdade e da Justiça, partido político fundado pela Irmandade Muçulmana após a Revolução Egípcia de 2011. Foi o primeiro presidente civil e primeiro activista islâmico eleito democraticamente em seu país. Depois de pouco mais de um ano no poder, foi deposto por um golpe militar.
Conteúdos
Perfil Académico
Morsi estudou engenharia na Universidade do Cairo e doutorou-se na mesma área nos Estados Unidos, na University of Southern California. Ainda nos Estados Unidos ele actuou durante alguns anos como professor auxiliar, e lá também nasceram dois de seus cinco filhos, que portanto têm nacionalidade americana. Em seguida, Morsi iniciou a carreira de professor no Egipto, na Universidade de Zagazig, dirigindo o Departamento de ciências dos materiais.
Carreira Política
Entre 2000 e 2005 exerceu mandato parlamentar, tendo sido eleito Profissão engenheiro por meio de uma candidatura formalmente independente, mas apoiada pela Irmandade Muçulmana. Durante o mandato, destacou-se como brilhante orador. Em 2005, não conseguiu a reeleição e alegou que o processo tinha sido fraudado.
Em 12 de Agosto de 2012 demitiu várias altas patentes militares, a começar pelo seu líder Mohamed Hussein Tantawi, substituido por militares da sua confiança. Ao mesmo tempo revogou algumas disposições de estatuto constitucional, ditadas imediatamente antes da sua eleição pelo Conselho Supremo das Forças Armadas com a intenção de limitar as competências presidenciais, salvaguardando as do Conselho. As medidas presidenciais de 12 de Agosto foram considerados como actos de afirmação do poder civil face ao poder militar.
No final do mês, a assembleia constituinte apresentou a versão final da nova constituição, o que gerou uma nova onda de protestos de liberais, secularistas e cristãos coptas. Em resposta, Morsi publicou um decreto determinando que as Forças Armadas protegessem as instituições nacionais e os locais de votação para garantir a realização do referendo sobre a nova constituição, que foi realizado no dia 15 de Dezembro, e resultou na aprovação do novo texto constitucional.
Semanas após a aprovação da nova constituição, tiveram início violentos confrontos entre opositores e apoiantes de Morsi, em cidades próximas ao Canal de Suez, que deixaram mais de 50 mortos, que foram contidos por meio do emprego de força militar.
No dia 29 de Junho, na véspera da data de um ano do início de seu mandato, Morsi fez um discurso com um tom conciliador, no qual admitiu que “cometeu muitos erros” e que eles “precisavam ser corrigidos”. No dia seguinte, milhares de manifestantes tomaram as ruas em todo o Egipto.
Golpe do Estado
No dia 1º de Julho, os militares deram um ultimato para que Morsi atendesse às demandas do público dentro de 48 horas. Em resposta, Morsi afirmou que ele era o líder legítimo do Egipto, e que qualquer esforço para tirá-lo à força poderia mergulhar o país no caos.
Julgamento e condenação
Em Julho de 2013, as Forças Armadas do Egipto, lideradas pelo general Abdel Fattah el-Sisi, anunciaram a deposição de Morsi do cargo de presidente do país. Encarcerado pelos militares, foi acusado de incitar a violência no país, espionar para organizações estrangeiras e de cometer actos de traição contra as leis da nação.
Morsi negou as acusações e afirmou ser um perseguido político. Em 21 de Abril de 2015, o tribunal condenou Morsi e outros 12 réus a prisão por tortura de manifestantes e de incitação à violência. Todos os 15 réus foram absolvidos das acusações de assassinato. O juiz proferiu uma sentença de 20 anos para Morsi e os outros que foram condenados.
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