Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir, nasceu em Paris a 9 de Janeiro de 1908 e perdeu a vida na mesma cidade a 14 de Abril de 1986, foi uma escritora, intelectual, filósofa existencialista, activista política, feminista e teórica social francesa. Embora não se considerasse uma filósofa, De Beauvoir teve uma influência significativa tanto no existencialismo feminista quanto na teoria feminista.
Perfil académico
A autora tornou-se uma adolescente desajeitada, dedicada completamente aos livros e à aprendizagem, e preferiu ignorar os desportos porque ela não era nada atlética. Ela e sua irmã foram educadas no Institut Adeline Désir, ou Cour Désir, uma escola católica para meninas, algo que era desprezado pelos intelectuais da época. As escolas católicas para meninas eram vistas como lugares onde as jovens aprendiam uma das duas alternativas abertas às mulheres: casamento ou um convento.
Sua mãe, que Simone considerava uma intrusa espiando cada movimento seu, frequentava as aulas com elas, sentada atrás das meninas, como se esperava que a maioria das mães fizessem. Lá, a filósofa conheceu sua melhor amiga, Elisabeth Le Coin, que influenciou de forma definitiva a personalidade de Simone. Simone adorou a escola e se formou em 1924 com “distinção”. Aos 15 anos de idade, De Beauvoir já havia decidido que seria uma escritora. Jacques Champigneulle tornou-se seu mentor intelectual e amigo, aquele que sua mãe esperava que iria se casar com ela.
Depois de passar no vestibular em matemática e filosofia, estudou matemática no Instituto Católico de Paris e literatura e línguas no colégio Sainte-Marie de Neuilly (outra escola católica), e em seguida, filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne).
Vida pessoal
Em Outubro de 1929, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir se tornaram um casal e, depois de serem confrontados por seu pai, Sartre a pediu em casamento. Um dia Sartre teria dito: “Vamos assinar um contrato de dois anos”. Perto do fim de sua vida, de Beauvoir afirmou: “O casamento era impossível. Então eles simplesmente mantiveram um relacionamento ao longo da vida.
De Beauvoir escolheu nunca se casar e não constituiu uma família com Sartre, sendo que nunca teve filhos. Isto lhe deu tempo para conquistar um grau académico avançado, para lutar por causas políticas, para viajar, escrever, ensinar e ter amantes.
Obras de Simone
Ano | Titulo do livro | Género |
1943 | A convidada (L’Invitée) | Romance |
1944 | Pyrrhus et Cinéas | Ensaio |
1945 | O sangsue dos outrons (Le Sang des autres) | Romance |
1945 | Les Bouches inutiles, | Peça de teatro |
1946 | Tous les hommes sont mortels | Romance |
1947 | Pour une morale de l’ambiguïté | Ensaio |
1948 | L’Amérique au jour le jour | |
1949 | O segundo sexo | Ensaio filosófico |
1954 | Os mandarins (Les Mandarins) | Romance |
1955 | Privilèges | Ensaio |
1957 | La Longue Marche | Ensaio |
1958 | Memórias de uma moça bem-comportada | Autobiográfico |
1960 | A Força da idade | Autobiográfico |
1963 | A força das coisas | |
1964 | Une mort très douce | Autobiográfico |
1966 | Les Belles Images | Romance |
1967 | A mulher desiludida | Novela |
1970 | A velhice (La Vieillesse) | Ensaio |
1972 | Tudo dito e feito (Tout compte fait) | Autobiográfico |
1979 | Quand prime le spirituel | Romance |
1981 | A cerimônia do adeus (La Cérémonie des adieux suivi de Entretiens avec Jean-Paul Sartre : août – septembre 1974) | Biografia |
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