Adam Smith em Kirkcaldy a 5 de Junho de 1723 e perdeu a vida em Edimburgo a 17 de Julho de 1790, foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo económico. Autor de “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações“, a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da actuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento económico e a inovação tecnológica.
Conteúdos
Juventude
Adam Smith era filho de Margaret Douglas e de um advogado, funcionário público também de nome Adam Smith. Apesar de poucos acontecimentos da juventude de Smith serem conhecidos, o jornalista escocês e biógrafo de Smith, John Rae registou que Smith teria sido raptado aos quatro anos e libertado logo quando o procuraram e acharam.
Em Life of Adam Smith, Rae escreve: “Em seu quarto ano, durante uma visita à casa de seu avô, em Strathendry nas margens do Leven, Smith foi roubado por uma banda de passagem de ciganos, e por um tempo não pôde ser encontrado. Mas, um cavalheiro afirmou que havia encontrado uma cigana a poucos quilômetros pela estrada carregando uma criança que chorava copiosamente. Guardas foram enviados imediatamente na direção indicada, e eles se depararam com a mulher, que os avistando jogou a criança no chão e fugiu. Smith Foi trazido, assim, de volta à sua mãe.
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Educação
Aos 14 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia moral com o “inesquecível” Francis Hutcheson.[10] Em 1740, entrou para o Balliol College da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, “…Oxford deste tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que a deu) para o que viria a ser a sua obra.” e acabou por abdicar da sua bolsa em 1746.
Em 1748 começou a dar aulas em Edimburgo sob o patronato de Lord Kames. Algumas destas aulas eram de retórica e de literatura, mas mais tarde dedicou-se à cadeira de “progresso da opulência”, e foi então, em finais dos anos 1740, que ele expôs pela primeira vez a filosofia econômica do “sistema simples e óbvio da liberdade natural” que ele viria a proclamar no seu Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações. Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos amigos.
Em 1778, recebeu um posto confortável como comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo. Faleceu na capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma doença não especificada. Encontra-se sepultado em Canongate Churchyard, Edimburgo, na Escócia.
Obras de Adam Smith
Nos seus últimos anos de vida, Smith compôs manuscritos para dois grandes tratados que esperava publicar, um sobre a teoria e história do Direito e outro sobre ciências e artes. Pouco antes da sua morte, porém, Smith ordenou que seus manuscritos fossem destruídos, com exceção de alguns poucos textos avulsos, que seriam publicados postumamente em 1795.
Teoria dos Sentimentos Morais
Em 1759, Smith publicou seu primeiro trabalho, A Teoria dos Sentimentos Morais (The Theory of Moral Sentiments no original). Continuou a fazer grandes revisões do livro até à sua morte. Apesar de A Riqueza das Nações ser considerada como a obra mais influente de Smith, acredita-se que o próprio Smith considerasse a Teoria dos Sentimentos Morais uma obra superior.
Riqueza das Nações
A Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina independente. Este livro tornar-se-ia uma das obras mais influentes no mundo ocidental. Quando o livro, que se tornaria um estudo contra o mercantilismo, foi publicado em 1776, havia um sentimento forte contra o livre comércio, quer no Reino Unido como também nos Estados Unidos.