Savimbi
Nasceu a 03 de Agosto de 1934 (Munhango) e perdeu a vida aos 22 de Fevereiro de 2002, foi um político e guerrilheiro Angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos.
Durante a luta pela independência e a guerra civil teve, em diferentes fases, o apoio dos governos dos Estados Unidos da América, da República Popular da China, do regime do Apartheid da África do Sul, de Israel, etc. Savimbi passou grande parte de sua vida a lutar primeiro contra a ocupação colonial portuguesa e, depois da independência de Angola, contra o governo Angolano que era apoiado, em termos militares e outros, pela então União Soviética e Cuba.
Frequentou o ensino primário e parte do ensino secundário em escolas da Igreja Evangélica Congregacional em Angola. Como naquele tempo os diplomas das escolas protestantes não eram reconhecidos, repetiu a parte secundária no Huambo, numa escola católica mantida pela ordem dos Maristas. A seguir ganhou uma bolsa de estudos providenciada pela Igreja Evangélica Congregacional em Angola nos Estados Unidos da América para concluir o ensino secundário e estudar medicina em Portugal onde concluiu o ensino secundário.
Tinha tomado contacto com um grupo de estudantes angolanos que, em Lisboa, propagavam em segredo a descolonização e discutiam a fundação de uma organização de luta anticolonial. Perante a ameaça de uma repressão por parte da PIDE, a polícia política do regime, Jonas Savimbi refugiou-se na Suíça, valendo-se de contactos obtidos por intermédio da I Igreja Evangélica Congregacional em Angola que, inclusive, lhe conseguiu uma segunda bolsa. Como a Suíça reconheceu os seus estudos secundários como completos, iniciou os estudos em ciências sociais e políticas, em Lausana e Genebra, obtendo provavelmente um diploma nestas matérias.
Na sequência da Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura de Salazar, Portugal anunciou em Abril de 1974 a sua intenção de abdicar das suas colónias.
Na data marcada para a independência, a 11 de Novembro de 1975, o MPLA dominava a capital e a parte setentrional de Angola, declarou a independência em Luanda. Face a esta constelação, Jonas Savimbi fez uma aliança com a FNLA; juntos, os dois movimentos declararam, na mesma data, a independência de Angola no Huambo e formaram um governo alternativo com sede nesta cidade. Porém, as forças conjuntas do MPLA e de Cuba conquistaram rapidamente a parte maior da metade austral de Angola.
O governo FNLA/UNITA, que não havia sido reconhecido por nenhum país, dissolveu-se rapidamente. A FNLA retirou-se por completo do território angolano e desistiu de qualquer oposição armada contra o MPLA. Em contrapartida, Savimbi decidiu não abandonar a luta e, a partir de bases no Leste e Sudeste de Angola, começou de imediato uma guerra de guerrilha contra do governo do MPLA – desencadeando assim uma guerra civil que só terminaria com a sua morte.
Em 1992, aquando das primeiras eleições (legislativas e presidenciais) em Angola, Savimbi participou, sendo o seu partido, a UNITA, derrotado nas eleições legislativas. Ao não aceitar o resultado das mesmas, optou novamente pelo caminho da guerra, perpetuando a guerra civil.
Foi morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, perto de Lucusse na província do Moxico, após uma longa perseguição efectuada pelas Forças Armadas Angolanas.
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