Claude Lévi-Strauss foi um antropólogo, professor e filósofo francês. É considerado fundador da antropologia estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX.
Professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982. Foi também membro da Academia Francesa, o primeiro a atingir os 100 anos de idade.
O diretor da Escola Normal Superior de Paris, Célestin Bouglé, por telefone, convida-o a integrar a missão universitária francesa no Brasil, como professor de sociologia da Universidade de São Paulo. Esse telefonema seria decisivo para despertá-lo da vocação etnográfica de Lévi-Strauss, conforme ele próprio iria declarar mais tarde: “Minha carreira foi decidida num domingo de outono de 1934, às 9 horas da manhã, a partir de um telefonema”. Sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens por regiões centrais do Brasil, como Goiás, Mato Grosso e Paraná; publicou o registro dessas expedições no livro autobiográfico Tristes Trópicos (1955), que contém uma visão eurocêntrica, e até certo ponto colonialista.
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Disse: “Um ano depois da visita aos Bororo, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas”(1957).
Após três anos no Brasil, Lévi-Strauss voltou à França. Seu livro As estruturas elementares do parentesco, trabalhos sobre os povos indígenas do Brasil, foi publicado em 1949 e, instantaneamente, consagrou-se como um dos mais importantes estudos de família já publicados.
Em 1959 Lévi-Strauss foi nomeado para a cadeira de Antropologia social do Collège de France. Por volta desse período publicou Antropologia estrutural, uma coleção de ensaios em que oferece tanto exemplos como manifestos programáticos do estruturalismo. Começou a organizar uma série de instituições e confrontos entre as visões existencialista e estruturalista. Algumas citações desta obra:
“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador”.
“Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele, isso é algo que sempre deveríamos ter presente”.
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