A geologia de Moçambique reparte-se por praticamente todos os períodos da história da terra. Dada a sua enorme extensão, as diferenças geológicas são muito grandes entre o norte, o centro e o sul do país.
A zona sul de Moçambique, do ponto de vista geológico apresenta-se na unidade geológica de fanerozóico constituído essencialmente por rochas sedimentares que se formaram entre 300 e 70 milhões de anos.
Essas rochas incluem também as formações eruptivas (magmáticas) como basaltos e riolitos e se podem encontrar junto a fronteira de Namahacha. Ocupa quase na totalidade as províncias de Inhambane, gaza e Maputo e vai se estreitando para o norte até ao curso do rio Rovuma ocupando 1/3 do território nacional.
Fazem parte segundo Vasconcelos (2014), do fanerozóico a sul de Moçambique as seguintes formações:
- Depósitos de areias pesadas ao longo da zona costeira (neste caso referência deve ser feita ao depósito de topuito no norte e de chibuto no sul, ocorrendo em areiasdo quaternário);
- Ágatas ligadas aos vulcanitos do sgk e aluviões de inharrime;
- Diamantes nas aluviões do rio Limpopo, trazidos do vizinho cratão de kaapvaal;
- Argilas em todas as províncias do país, como produtos de alteração de rochas duras, ou como depósitos quaternários;
- Bentonite como produto de alteração de rochas riolíticas do sgk, cujos depósitos mais importantes se localizam na província de Maputo.
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Fonte
Vasconcelos, l. Breve apresentação sobre os recursos geológicos de Moçambique. Maputo: universidade Eduardo Mondlane, 2014.