A produção de algodão foi colocada na agenda produtiva local. O seu fervor na administração colonial viria diminuir à medida que ia se consolidando as plantações das grandes companhias (companhia de Moçambique, companhia da Zambézia) a partir de 1890.
Em 1914 foi instalada nos distritos de Quelimane e Ilha de Moçambique, a obrigatoriedade da cobrança de imposto de palhota e mossoca em sementes de algodão nas zonas em que a cultura se pudesse desenvolver.
Os agentes
Em Moçambique, o projecto de desenvolvimento algodoeiro foi impulsionado por empresário que lançaram a campanha da cultura de algodão.
O plano algodoeiro foi desenhado de modo a garantir aos empresários coloniais todas as facilidades técnicas, económicas, financeiras, fiscais e administrativas de modo a reduzir os seus elevados custos e inspira-lhes confiança quanto ao futuro do plano.
Para além das companhias e da experiencia de um numero considerável de produtores brancos isolados, todos os agentes agricultores europeus se limitavam no financiamento das sementes aos trabalhadores nativos para que estes se encarregassem do seu plantio e no final da estacão, lhes entregassem o produto alcançado sob forma de renda.
Consequências da introdução da cultura do Algodão
A imposição da cultura de algodão, do pesado imposto de palhota em género e em dinheiro, a Tanga-Tanga (serviços de carregadores) resultaram na perda de muitos homens, fome, doenças, fuga para países vizinhos.
O rendimento por hectare era baixo, variando de 5 a 8 escudos noutras zonas;
O produtor só podia vender o produto ao seu concessionário e a preço baixo;
Estavam sujeitos a práticos fraudulentos dos oficiais desde a passagem viciada à classificação da qualidade inferior do produto.
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