António de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo, ou seja, do Salazarismo em Portugal. Salazar foi Ministro da Fazenda e em 1932 tornou-se primeiro-ministro de Portugal, função durante a qual sustentou o país em regime ditatorial por 41 anos.
Nesse período, Salazar adoptou subitamente medidas em relação à economia portuguesa, acrescendo os tributos e condensando os gastos do Governo, com isso, suprimiu o saldo negativo financeiro existente no Estado. Essas acções renderam a Salazar influência e poder, tanto que ele conseguiu retirar dos militares a força que possuíam até aquele instante. À frente do Governo, Salazar implantou uma nova Constituição. A nova constituição de 1933 consentiu o fim da Ditadura Militar e o começo da Ditadura Salazarista, essa atitude tinha como finalidade a mudança dos poderes políticos portugueses, e assim foi feito.
Através da política salazarista observou-se quase de imediato a perda da liberdade de expressão, do direito à greve e à restrição da acção de alguns órgãos de poder, como a Assembleia Nacional. O poder do Presidente da República passou a ser figurativo. Nesse contexto, a autoridade estava concentrada nas mãos do Primeiro-ministro.
Conteúdos
Algumas Características da Ditadura de Salazar:
A exaltação do líder, que está sempre certo nas tomadas de decisão;
A existência de um só partido, a União Nacional, partido do governo;
A Repressão através da política da Polícia Internacional de Defesa do Estado;
A Censura aos meios de comunicação social;
O Nacionalismo exacerbado;
Criação da Mocidade Portuguesa: organização juvenil criada em 1936 com o intuito de orientar a juventude para os valores patrióticos e nacionalistas do Estado Novo. Observando que a inscrição era obrigatória entre os sete e os quatorze anos;
O Resguardo dos valores morais e tradicionais;
Retirada de todo carácter reivindicatório dos trabalhadores através da política corporativista;
Publicação do Ato Colonial, no qual as Colónias Portuguesas existentes faziam parte integrante da Nação Portuguesa e por isso deveriam ser defendidas, civilizadas e colonizadas.
Política económica proteccionista que tinha por fim a redução das importações e aumento da produção do país e no investimento da construção de obras públicas.
O Salazarismo foi uma das mais longas ditaduras do século XX, inspiradas no modelo fascista. Durante este período Portugal viveu na censura, repressão e sob o poder autoritária Salazarista. A ditadura chegou ao fim em 25 de Abril de 1974, derrubada pela Revolução dos Cravos, forte manifestação militar.
A situação de Moçambique como colónia Portuguesa
Com a introdução do regime ditatorial Salazarista, Portugal mudou o seu comportamento em relação as colónias formando um Grande Império colonial português que ia de província de Minho a Timor.
Medidas tomadas para demonstrar o domínio colonial
Aboliu-se a política de abertura das colónias como forma de proibir a entrada de novos investimentos estrangeiros.
Moçambique, como uma das colónias de exploração, reservou-se para a actividade agrícola produzindo: algodão, borracha, café, Chá, Sisal , copra, açúcar, cereais, Legumes, etc.
Centralização administrativa e política, Protecção de empresas nacional, Eliminação graduação das empresas estrangeiras encontradas pelo regime, Criação da Zonas de estudo português, Produção obrigatória do algodão e outras culturas e Introdução de Imposto de palhota
Consequências
Portugalização da Colónia, Fim das Companhias Monopolistas e a sua substituição por Junta de Exportação de Algodão Colonial (JEAC) com Sede em Lisboa – Capital de Portugal, Moçambique passou a ter o controlo apertado de Lisboa, Plano de fomento industrial
Planos de Fomento de produção rura l através de Colonatos de produção de alimentos, produtos para o comércio interno e exteno, através do sistema de colonatos (Limpopo, actual Chókwè Colonatos de Revué e em Sussundenga-Manica, Colonatos de Lichinga-Niassa, Colonatos de Montepuez-Cabo Delgado)
Planos de fomentos de produção de matérias-primas e Criação de propriedades rústica (rural ou do campo e não da Cidade).
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