O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por isso, o problema do conhecimento foi colocado logo desde o início da filosofia grega. O problema da natureza do conhecimento consiste em saber qual dos membros da relação sujeito e objecto é determinante, ou seja, o objecto existe ou não independentemente do sujeito.
Como ponto de partida coloca-se a seguinte questão: nós conhecemos as coisas (realidade/realismo) ou um simples representação das ideias daquilo que conhecemos (idealismo)? Encontramos duas correntes antagónica que tentam responder a questão acima colocada.
O realismo
O realismo afirma que no acto do conhecimento, o sujeito consegue apreender um objecto que é independente e distinto dele. Esta posição não é, contudo, simplista ou ingénua. Admitindo que há uma realidade independente do sujeito e que é o objecto de conhecimento não confunde os dados sensíveis, as percepções ou representações da realidade, com a própria realidade. A percepção sensível e o conhecimento que nela se pode fundamentar as percepcionamos ou apreendemos. O realismo é uma doutrina do pensamento formada por Aristóteles.
O idealismo
O idealismo defende que não é o objecto em si que conhecemos mas o objecto tal como se nos representa. Em limite, não podemos saber sequer se há coisas reais, transcendentes ou exteriores ao espírito ou, se pelo contrário, tudo quanto existe está no espírito.
Esta corrente não nega propriamente a existência do mundo externo, mas afirma que o conhecimento que temos desse mundo não atinge a realidade em si mesma. Reduz o conhecimento a meras representações ou ideias dos objectos. Entre os seus defensores destacam-se Descartes, Berkcley, Kant, Fichte, Hegel e Schelling.
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