O antropomorfismo é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a animais, deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a mitologia grega, por exemplo, é antropomórfica.
Por outro lado, ao dar nome próprio ao elemento “inefável”, após o período de Santo Agostinho, e sua consolidação no que fora denominado na História da Filosofia de tomismo (o conhecimento que veio depois dos escritos de Tomás de Aquino), houve uma eternização deste antropomorfismo no hemisfério ocidental e sua doutrina mestra, o cristianismo.
Uma outra acepção de antropomorfismo refere-se a dar característica humanas a animais ou objectos inanimados usado originalmente em contos morais como os contos de fadas, e posteriores livros infantis. Tem tido recentemente uma grande expansão graças à criação do desenho animado no final do século XIX e início do século XX e com o advento dos grandes estúdios de animação, como o de Walt Disney e os estúdios dedicados à televisão.
O antropomorfismo é muito usado na literatura desde o início de tempos. As fábulas de Esopo, fazem uso extensivo de antropomorfismo, em que os animais ilustram lições morais. Um poeta que usou muito o antropomorfismo foi Robert Henryson, em suas fábulas morais, onde a mistura de características humanas e animais é particularmente sútil e ambígua. O livro indiano Panchatantra e os contos Jataka empregam animais antropomórficos para ilustrar vários princípios de vida.
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