
Augusto Comte (1798-1857) classificou as ciências segundo dois critérios interdependentes. Os objetos de estudo das primeiras ciências são mais genéricos e mais simples do que os objetos das ciências subsequentes, que se tornam mais concretos e complexos.
A classificação também obedece à ordem histórica do aparecimento das ciências, ou seja, a sequencia em que os ramos do conhecimento foram se libertando das explicações teológicas, metafísicas e se tornando positivas: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia e Sociologia. Esta classificação implica em que uma ciência qualquer, por exemplo: a Biologia, não poderia ter surgido como ciência, sem que a anterior, no caso, a Química, se tivesse tornado positiva.
Assim, após a Biologia ter alcançado plenamente a positividade, chegara a vez, em meados do séc XIX, de os estudos sobre a sociedade abandonarem os preconceitos teológicos e metafísicos, para se transformarem numa física social, a Sociologia, com aplicação dos métodos de observação, experimentação, comparação e filiação histórica.
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