Filosofia Política em Santo Agostinho

Doutrina política de Santo Agostinho encontra-se na obra A Cidade de Deus o mundo divide se em duas cidades: a Cidade de Deus e a Cidade terrena. A Igreja é a encarnação da cidade de Deus, apesar de isto não se aplicar a todos os seus membros, nem a todos os seus ministros sagrados. O Estado é a encarnação da cidade terrena, uma necessidade imposta ao Homem pelo pecado original. Na sua presente condição, o Homem precisa do Estado para obrigar os membros da comunidade ao cumprimento da lei.
Santo Agostinho acredita que o Homem é mais divino do que o Estado, porque o Homem tem um fim natural que transcende o fim do Estado terrestre.
Santo Agostinho defende a existência da autoridade política, para que se mantenha a paz, a justiça, a ordem e a segurança. Autoridade política é entendida como uma dádiva divina aos seres humanos. Por isso, os cidadãos devem obedecer aos governantes e não é da sua competência (dos homens) distinguir entre governantes bons e maus, ou forma de governo justa ou injustas.
São Tomas de Aquino
A obra (De Regimine Principum Do Governo dos Príncipes) espalha o pensamento político de São Tomas de Aquino, versa sobre a origem e a natureza do Estado, as várias formas de governo e as relações entre o Estado e a Igreja. Quanto à origem Seu do Estado, Tomas de Aquino recusa -e aceitar a concepção augustiniana, segundo a qual a origem do Estado se deve ao pecado original, e concorda com Aristóteles, este nasce da natureza social do Homem e não das limitações do indivíduo.
O Estado é uma sociedade, uma sociedade perfeita, é uma sociedade porque consiste na reunião de muitos indivíduos que pretendem fazer alguma coisa em comum. É a sociedade perfeita porque tem um fim próprio: o bem comum e os meios suficientes para o realizar. O Estado tem os meios suficientes para proporcionar um modo de vida que permita a todos os cidadãos ter aquilo que necessitam para viver como homens.
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