Começa do particular para o geral. Na indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte de dados particulares da experiência sensível. Sócrates foi o primeiro a usar a indução e a dar definições.
A ciência começa com a observação. A observação, por sua vez, fornece uma base segura sobre a qual o conhecimento científico pode ser construído, e o conhecimento científico é obtido a partir de proposições de observação por indução.
Afirmações a respeito da construção do conhecimento rigorosas como esta sofrem de dificuldades quanto a sua validade, como demonstra o problema da indução.
Método propício para as ciências naturais também aparece na Matemática através da Estatística. É importante que a enumeração de dados seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral. Entretanto, a indução também pressupõe a probabilidade, isto é, já que tantos se comportam de tal forma, é muito provável que todos se comportem assim.
Em função disso, há maior possibilidade de erro nos raciocínios indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma excepção para invalidar a regra geral. Por outro lado, é esse mesmo “salto” em direcção ao provável que torna possível a descoberta, a proposta de novos modos de compreender o mundo. Por isso, a indução é o tipo de raciocínio mais usado em ciências experimentais.
Exemplo:
- Todo cão é mortal;
- Todo gato é mortal;
- Todo peixe é mortal;
- Todo pássaro é mortal;
- Logo, todo animal é mortal
O princípio de indução não pode ser uma verdade lógica pura, tal como uma tautologia ou um enunciado analítico, pois se houvesse um princípio puramente lógico de indução, simplesmente não haveria problema de indução, uma vez que, neste caso, todas as inferências indutivas teriam de ser tomadas como transformações lógicas ou tautológicas, exactamente como as inferências no campo da Lógica Dedutiva.
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