De origem judia, Edith Theresa Hedwing Stein foi uma filósofa e teóloga alemã, converteu-se posteriormente ao catolicismo, tornando-se carmelita descalça no 1933 aos 42 anos. De facto depois ter leito a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, intitulada Livro da Vida, ficou tão encantada que disse: “Aqui está a verdade!”. Comprou um catecismo católico e um missal e entrou, pela primeira vez, num templo católico, participando na Missa. Após algum tempo de preparação, recebeu o Baptismo, aos 31 anos. A família, profundamente desgostada, cortou, durante algum tempo, relações com ela.

Primeira mulher a defender uma tese de Filosofia na Alemanha, foi discípula e depois assistente de Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia.
A tese de doutoramento de Edith Stein versou sobre a empatia, intercalando Psicologia e Filosofia Fenomenológica de seu mestre Husserl, e com essa noção pretendeu fundamentar toda a obra vindoura.
O problema da Empatia, defendida em 1916, pretendia analisar o ato de comunicação possível entre indivíduos e a sua capacidade de penetrar na experiência e torná-la própria.
Por meio da fenomenologia, chega a uma nova compreensão da estrutura do ser humano. A base sobre a qual fundamenta o método fenomenológico nao é a experiência natural, mas a vivência da experiência do outro, ou seja, da vivência da empatia que permite estabelecer relações intersubjetivas e colher imediatamente a presença do outro, reconhecendo-o, por meio da intuição, como um alter-ego. A empatia é entendida como um re-achar-se, um reconhecimento da alteridade, assinala um percurso intersubjetivo, que reside na escolha de um sujeito capaz de pôrse na pele do outro, realizando um tipo de projeto que começa mesmo pela realização interpessoal.
O outro se apresenta como alguém vivo, que pela sua corporeidade, se distingue de um mero corpo físico. E o elemento que vincula essa experiência é, justamente, a capacidade corporal.
Faleceu aos 51 anos, no campo de concentração de Auschwitz. Em 11 de outubro de 1998, pelo seu heroísmo cristão, foi canonizada pelo papa João Paulo II, como Santa Teresa Benedita da Cruz. No dia 1 de Outubro de 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica em forma de ‘motu próprio’ intitulado «Spes aedificandi», proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Siena, co-padroeira da Europa pelo particular contributo cristão que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico.
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