Conceito
O tabu era, originalmente, uma instituição de fundamento religioso que atribuía carácter sagrado a determinados seres, objectos ou lugares, interditando qualquer contacto com eles. Posteriormente, o termo passou a designar qualquer tipo de proibição.
Deriva do tonganês tabu e do maori tapu, termos que se referem à proibição de determinado ato, com base na crença de que tal ato invadiria o campo do sagrado, implicando em perigo ou maldição para os indivíduos comuns.
Interpretações do tabu
Segundo Sigmund Freud, o tabu é a base da “Idolatria” e a violação desse interdito provocaria um castigo divino, uma “Maldição”, uma “Herança Maldita”, que incidiria sobre o indivíduo culpado ou sobre todo o grupo social. Para Freud e Levi-Strauss, o tabu expressaria um sentimento colectivo sobre um determinado comportamento ou assunto, dividindo um ambiente entre “amigos” de um lado e “inimigos” do outro lado.
Segundo Sigmund Freud, o incesto e o patricídio seriam os únicos tabus universais a nível individual, constituindo a base da civilização. Todavia, embora o canibalismo, o assassinato dentro do mesmo grupo de parentesco e o incesto sejam tabus na maioria das sociedades, pesquisas posteriores encontraram excepções para todos eles: portanto, não se conhece nenhum tabu que seja universal.
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