Em toda a acção humana, o homem exprime o modo, como se relaciona com o mundo, os valores dão ao sujeito motivo para agir. Exemplo: quando damos esmola está lá um valor muito nobre ‟a solidariedade”, mas afinal:
O que são os valores?
O que é juízo de valores?
Qual é a diferença que existe entre um juízo de valor e de facto?
Conteúdos
Conceito de valor
Valores – são critérios segundo os quais damos ou não, valores a certos casos. Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas acções, tornando as refervíeis como nossas.
Juízo de facto – é um juízo em que se descreve a realidade de uma forma objectiva, neutra e impessoal, estes juízos podem ser verificáveis e podem ser verdadeiros ou falsos. Exemplo: Maputo é capital de Moçambique.
Juízo de valor – é uma manifestação de preferência e apreciação sobre uma dada realidade e é fruto de uma interpretação parcial e subjectiva feita com base em valores. Os juízos de valores são relativos pós variam de pessoa para pessoa.
Exemplo: Maputo é a cidade mais bonita da África (para alguns).
Tipos de valores
Os valores são conceitos que traduzem as nossas preferências, o valor tem sempre como preferência a avaliação do sujeito que o enuncia, trata-se de qualidades e atributos que são atribuídos pelo sujeito, algo, alguém ou acontecimento. Podemos agrupar os valores em 2 (dois) grupos: espirituais e materiais.
Valores espirituais/religiosas
São aqueles que dizem respeito à relação do homem com Deus.
Valor estético – trata-se de valores de expressão, beleza, traços, elegância.
Valores morais – referem-se as normas ou critérios de conduta que afectam todos as nossas actividade como: a verdade, solidariedade, honestidade, bondade, altruísmo, cidadania.
Valores materiais
Valores agradáveis e de prazer, aqueles que exprimem as sensações de prazer e de satisfação (comida, bebida, vestuário).
Valores vitais – aqueles referentes ao estado físico (saúde, força, velocidade)
Valor de utilidade ou económica – aqueles que se referem a habitação, capital (caro, dinheiro, casa, viaturas).
Subjetividade e objetividade de valoras
Existem duas posições que surgem sobre os valores, para alguns autores os valores têm duas vertentes que são: subjectiva e objectiva.
Para os defensores da vertente subjectiva, os valores não podem deixarem nunca de serem subjectivas uma vez que designam o padrão comportamental que alguém dá. Podemos notar que os valores ao longo dos tempos mudam, o que é belo hoje, amanha pode não ser.
Para os defensores da objectividade, advogam que os valores designam os poderes de comportamento colectivamente reconhecidos por um grupo ou comunidade e que são considerados absolutos e inquestionáveis. A mesma posição foi defendida por Platão ao considerar belo, bem e justo, entidades ou ideias imutáveis enquanto Sócrates defende que cabe ao homem a invenção dos seus próprios valorares.
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