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Primeiros habitantes, colonização e independência
O Djibuti, é um país do nordeste de África, limitado a norte pela Eritreia, a leste pelo estreito de Bab el Mandeb, pelo Golfo de Áden e pela Somália e a sul e oeste pela Etiópia. A capital é Djibuti.
Sua História
O Djibuti foi habitado por povos vindos da Arábia no século III antes de Cristo, aproximadamente. Eles se estabeleceram ao norte e deles se originaram os afares. Vindos da Somália, os issas expulsaram esses primeiros habitantes e se estabeleceram na região litorânea. Na nossa era, mais precisamente em 852, chegaram novos agrupamentos árabes, que dominavam o comércio da região até o advento dos portugueses, no século XVI. Mas, os portugueses também perderam o interesse pela região, abandonando-a aos árabes quando seus interesses passaram a se concentrar no Oriente.
Como colónia Francesa
Em 1888, foi estabelecida pela França a colónia denominada Costa Francesa dos Somalis, cuja capital foi Djibuti desde 1892. Na época teve início a construção da ferrovia como elo de ligação entre Djibuti e a Etiópia. A entrada ao interior se tornou possível devido às estradas construídas de 1924 até 1934. Na época da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1940, foi estabelecido no Djibuti um governo neutro, fazendo parte do regime francês de Vichy. Posteriormente, o porto de Assab, na Eritreia, ganhou mais importância do que o de Djibuti.
No ano de 1946, a região foi convertida em território francês de ultramar. No ano de 1958, a decisão dos moradores da Costa dos Somalis era a permanência na Comunidade Francesa, com a maioria absoluta dos votos válidos a favor feita pelos afars e pelos europeus. Mas, o eleitorado issa era contrário à essa decisão. Em 1967, nova eleição aprovou que o Djibuti se vinculasse com a França, mas em 1977 um último plebiscito proclamou a independência do Djibuti.
Após a independência
No início da década de 1980 agravaram-se as tensões entre as duas grandes comunidades étnicas do país, enquanto a chegada de refugiados das zonas de guerra próximas contribuía para piorar a situação socioeconómica já instável. Em 1987 realizaram-se pela segunda vez eleições presidenciais e legislativa, na qual saiu vitorioso o único partido concorrente, a União Popular pelo Progresso (RPP). Em 1994, a Frud se dividiu. Uma facção negociou com o governo, enquanto outro sector mantém a guerra civil.
Em 1996, a maior parte da Frud virou partido político e, em 1997, concorreu às eleições parlamentares em aliança com a governista União Popular pelo Progresso (RPP). A aliança obteve as 65 cadeiras do parlamento. Na eleição presidencial de 1999, foi eleito Ismaïl Omar Guelleh (RPP), sobrinho de Gouled. A facção guerrilheira da Frud depôs as armas em 2000, ano em que o general Yacin Yabeh Galeb, chefe da polícia, tenta um golpe de Estado ao ser demitido. Ele foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão.
Primeira década do Século XXI
Em 2005, o presidente Guelleh foi reeleito sem concorrentes. A oposição boicotou a reeleição, alegando falta de democracia na disputa. Observadores internacionais, porém, consideram boas as condições do pleito.
Em Maio de 2006, o governo de Djibuti registou o primeiro caso humano de infecção pelo vírus da gripe aviária na região. Um relatório da Organização das Nações Unidas acusou o governo do Djibuti, em Novembro, de violar o embargo de armas contra a Somália e fornecer armamento às milícias islâmicas que dominaram a capital, Mogadíscio.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas pediu ajuda internacional ao Djibuti por causa da seca, que pode deixar 53 mil pessoas sem comida. Em Fevereiro de 2008, o partido do governo conseguiu todos os assentos no Parlamento, em eleições boicotadas pela oposição. O novo gabinete tomou posse no mês seguinte e Dileita foi reeleito primeiro-ministro.
Em Junho ocorreram mais confrontos com forças da Eritreia na fronteira, deixando pelo menos nove mortos. Em Janeiro de 2009, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deu um ultimato à Eritreia para retirar suas tropas da área disputada com o Djibuti em até cinco semanas.
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