Os sistemas religiosos ou a religiosidade constitui uma experiencia identificável humana, que se apresenta remodelado ao longo do tempo em diferentes pressupostos de diferentes tradições, inclusive a existência de santuários organizados por milhares de pessoas e ainda mais discutidos nas universidades. Entretanto, muito desse universo permanece inclassificável. Essa constatação, contudo, não deve ser impedimento para pensarmos sobre a religiosidade. Ao contrário, o reconhecimento de que, em termos de religiões, a variedade é, acima de tudo, humana, significa compreender o nosso lugar no panorama religioso, reconhecendo os outros menos como competidores, mas sim, verdadeiramente, como companheiros de aventura existencial.
As religiões, religiosidades, experiências religiosas se expressam em linguagem e formas simbólicas. Saber o que foi experimentado, vivido e como isso pode ser compreendido exigia capacidade de identificar coisas, pessoas, acontecimentos, através da nomeação, descrição e interpretação, envolvendo conceitos apropriados e linguagem. Actualmente, os estudos sobre religião e religiosidade valorizam os fenómenos religiosos de forma diversificada. Há o reconhecimento de que as questões religiosas permeiam a vida quotidiana como religiosidade popular, sob formas de espiritualidade que fornecem elementos para construção de identidades, de memórias colectivas, de experiências místicas e correntes culturais e intelectuais que não se restringem ao domínio das igrejas organizadas e institucionais.
Muitos movimentos religiosos procuram repensar os papéis de género, as opções sexuais, a participação política engajada, os conflitos em nome da fé, as novas práticas espirituais, as liturgias alternativas e as revisões teológicas, de acordo com as necessidades da modernidade, destacando-se aí o papel das mulheres e das minorias dentro da sociedade e suas expressões culturais.
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Trata-se, portanto, de privilegiar, como objecto central de pesquisas, correntes de pensamento, movimentos, tendências até então considerados marginais à cultura religiosa “oficial”: movimentos religiosos dos povos indígenas-latino americanos e africanos; religiões orientais; as centenas de igrejas evangélicas; o espiritualismo, as religiões afro-brasileiras como a umbanda e o candomblé. Desta forma, impõe-se a necessidade de ampliar os limites, desmontando preconceitos, revendo cronologias e desenvolvendo análises comparativas, numa área de estudos nova e emergente.
Nenhuma tradição religiosa é total, nem existe um status de favoritismo de religiões. Conhecer o lugar onde estamos e onde os outros estão em relação à fé e às crenças leva nos a desenvolver um sentido de proporção no amplo campo das religiões, religiosidades, experiências religiosas – onde todos devem ser ouvidos e respeitados.
A diversidade se faz riqueza e deve conduzir à compreensão, respeito, admiração e atitudes pacificadoras. Religião sempre foi um assunto de vida e morte, não somente em termos de suas próprias funções (baptismos e funerais), mas também um assunto existencial decisivo para milhões de pessoas. O espaço crescente na média dos assuntos envolvendo religião não tem sido acompanhado pelo conhecimento histórico e cultural sobre o tema. Assim, com frequência, julgamentos apressados e preconceituosos são feitos, baseados em pouco ou nenhum conhecimento. Por isso, é necessário construir e divulgar informações objectivas e críticas deforma a garantir um conhecimento que conduza à compreensão e respeito.
Portanto podemos concluir que esta diversidade é unânime em um ponto que toca os aspectos de preocupação das religiões, é o caso do sentido da vida, bem como o destino e por fim a morte. São paradigmas que ambas religiões tentam responder a estes conceitos com atitudes apassivantes.
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