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Formas de exploração de petróleo
Segundo KOCH (1996) Existem 3 formas de exploração do petróleo:
- Exploração primária: o petróleo e o gás têm a própria pressão do jazigo e, mais tarde aplicam-se as bombas.
- Exploração secundária: Caso que não chegue a pressão do jazigo, com água ou reintroduz-se o gás já explorado.
- Exploração terciária
. KOCH (1996), afirma que Existem três possibilidades:
- Processo térmico: diminui-se a viscosidade do petróleo bruto por aquecimento. Introduz-se agua quente ou vapor de agua no jazido ou causa-se uma combustão parcial do petróleo por injecção de ar.
- Processo químico: aplica-se a flutuação com tensidas ou com polímeros. No primeiro caso, aplicam-se tensidas para reduzir a tensão superficial entre óleo e água, possibilitando uma mistura (emulsão). Com isso as gotas do petróleo envolvidas em água nos poros das pedras minerais, podem ser libertadas. Na flutuação com polímeros, um polímero solúvel em água é introduzido no jazigo. Assim, aumenta-se a viscosidade da agua flutuante cerca de vinte vezes. O petróleo bruto é deslocado numa linha, evitando um transbordo da agua na perfuração da exploração.
- Processo misto – flutuante: introduzem-se no jazigo, meios miscíveis com petróleo, como por exemplo, dióxido de carbono, propano e butano. Estes métodos terciários terão importância crescente por causa do melhor grau de separação do óleo.
Métodos de separação dos componentes do petróleo bruto
Destilação
A destilação é o processo básico de separação do petróleo. Consiste na vaporização e posterior condensação devido à acção de temperatura e pressão sobre os componentes do óleo cru (petróleo), baseado na diferença de seus pontos de ebulição.
Extremamente versátil, ela é usada em larga escala no refino. A destilação pode ser feita em várias etapas, e em diferentes níveis de pressões, conforme o objectivo que se deseje. Assim, podemos ter a destilação atmosférica e a destilação a vácuo, quando se trata de uma unidade de destilação de petróleo bruto.
A unidade de destilação de petróleo existe, independente de qual seja o esquema de refino existente. É o principal processo, a partir do qual os demais são alimentados. De uma forma geral, tem como produtos principais o gás combustível, o GLP, a nafta/gasolina, o querosene, o diesel, o gasóleo e o resíduo de vácuo.
Desasfaltação a Propano
Este processo tem por objectivo extrair, por acção de um solvente, geralmente propano líquido em alta pressão, um gasóleo de alta viscosidade, conhecido como óleo desasfaltado, contido no resíduo de vácuo proveniente da destilação. A produção desse gasóleo, que é impossível por meio da destilação, torna-se viável através da utilização de um solvente apropriado, no caso o propano.
Como subproduto da extracção, obtém-se o resíduo asfáltico, que, conforme o tipo de resíduo de vácuo processado e a severidade operacional, pode ser enquadrado como asfalto ou como óleo combustível ultra viscoso.
Desaromatização
Processo típico da produção de lubrificantes, a desaromatização, como o próprio nome sugere, consiste na extracção de compostos aromáticos polinucleados de alto peso molecular por um solvente específico, no caso o furfural.
O investimento inicial para a construção de uma unidade de desaromatização é bastante próximo ao valor estimado para a desasfaltação, sendo ligeiramente superior devido ao sistema de purificação do solvente.
Desparafinação
Outro processo típico da produção de lubrificantes. Este processo trata da remoção das parafinas do óleo desaromatizado, produto do processo anterior.
A desparafinação é feita com o auxílio de um solvente (Metil-Isobutil-Cetona) que, em baixas temperaturas, solubiliza toda a fracção oleosa, excepto as parafinas, que permanecem fase sólida podendo ser filtradas, viabilizando desta forma a separação.
Desoleificação
Processo típico da produção de lubrificantes, a desoleificação é um processo idêntico à desparafinação, apenas realizada em condições mais severas, visando remover óleo contido na parafina, de forma a enquadrá-la como produto comercial, o que seria impossível sem essa unidade. Tem como carga a parafina proveniente da filtração do processo de desparafinação.
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Bibliografia
BRAQUETE, André Vanzelote. Avaliação da melhor localização do sistema de mistura em linha de diesel da REDUC. Rio de Janeiro.2008. disponivel em: PUC-RIO- certificação Digital Nº0612522/CA.
GOMES, Leonardo Henrique. Estudo do petróleo e suas principais técnicas analíticas. Fundação Educacional do Município de Assis – SP – FEMA – Assis. 2013.
KOCH, Roland. Banze, Pascoal. Zacarias,Rita. Manual de Química Técnica. UP Maputo.1996