O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstâncias histórico – económicas e a conjuntura política internacional. A formação do indígena e a criação da figura jurídico – político ”assimilado” impunham-se como necessidade de força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista.
O sistema de educação colonial organizou-se em dois subsistemas de ensino distintos:
- Ensino Oficial- destinado aos filhos dos colonos ou assimilados; nas vilas e cidades e’ onde predominava o ensino oficial.
- Ensino rudimentar-reservado aquilo que chamavam “indígenas”- os naturais. A maior parte do ensino primário rudimentar se desenvolvia nas zonas rurais (campo), em escolas das missões, controladas pela igreja.
Uma das leis do governo colonial sobre e educação dizia o seguinte:” o ensino primário rudimentar destina-se a civilizar os indígenas da colónia, difundindo entre eles a língua portuguesa e os costumes portugueses.
Em resumo, no período colonial, a Educação esteve virada para a consecução dos objectivos económicos, uso dos recursos humanos e naturais para a produção da riqueza que era canalizada para a metrópole. Com base em escritos legais coloniais, não fica clara a intenção do poder colonial promover uma educação integral para os moçambicanos. A incipiente educação que era destinada aos indígenas tinha por objectivo ensinar a língua e a cultura portuguesas, e, por esta via, domesticar os indígenas que no entender desse regime, eram selvagens.
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