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Home Filosofia

A Filosofia de linguagem de Wittgenstein

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Fevereiro 13, 2021
in Filosofia
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Ludwig Joseph Johann Wittgenstein, filósofo austríaco, naturalizado britânico, foi um dos principais atores da virada linguística na filosofia do século XX. Suas principais contribuições foram feitas nos campos da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da matemática e filosofia da mente. As idéias por ele formuladas a partir de 1930 e difundidas em Cambridge e Oxford impulsionaram ainda outro movimento filosófico, a chamada “filosofia da linguagem comum” (em inglês, ordinary language philosophy, è denominação de um movimento filosófico que tem como pressuposto metodológico a ideia de que os problemas filosóficos tradicionais resultam de confusões conceptuais, pois que os filósofos frequentemente incorrem nessas confusões por distorcer ou desconsiderar o que as palavras realmente significam na linguagem cotidiana).

Ludwig Joseph Johann Wittgenstein

Seu pensamento é geralmente dividido em duas fases: o Primeiro Wittgenstein  do Tractatus Logico-Philosophicus, o único livro de filosofia que publicou em vida em 1922, onde procura esclarecer as condições lógicas que o pensamento e a linguagem devem atender para poder representar o mundo, este livro exerceu profunda influência no desenvolvimento do positivismo lógico; à segunda fase, pertencem as Investigações Filosóficas, publicadas postumamente em 1953.

Wittgenstein achava, sem considerações de modéstia, que o seu Tractatus havia resolvido todos os problemas filosóficos que existiam ou que viessem a existir. Não havendo mais nada a ser feito em filosofia, só lhe restava procurar outra ocupação. Resolveu tornar-se, então, professor da escola primária e iniciou o respectivo curso de formação. Depois de abandonar o trabalho como professor, Wittgenstein trabalhou como assistente de jardineiro em um monastério nas proximidades de Viena. Depois da guerra, Wittgenstein voltou a lecionar em Cambridge, mas permaneceu aí apenas por dois anos letivos. Por seus comentários e pelos relatos dos que com ele conviveram, Wittgenstein nunca gostou do trabalho acadêmico nem do convívio com os profissionais da academia. Em 1947, resolve deixar Cambridge definitivamente.

O Tractatus Logico-Philosophicus

O objetivo imediato do Tractatus Logico-Philosophicus (TLP) é explicar como a linguagem consegue representar o mundo. Mais especificamente, Wittgenstein pretende mostrar como uma proposição é capaz de representar um estado de coisas real ou possível. A resposta de Wittgenstein a esse problema ficou conhecida como “teoria pictórica do significado”, pois estabelece que uma proposição seja uma representação figurativa dos fatos, assim como uma maquete é uma representação figurativa de um edifício. Segundo a análise lógica a semelhança entre a maquete e o prédio é assegurada por uma isomorfia espacial, ou seja as relações espaciais entre os diversos elementos que constituem a maquete são as mesmas que as vigentes entre os elementos constitutivos do prédio. Do mesmo modo, segundo Wittgenstein, as relações entre os elementos básicos de uma proposição, por exemplo “A neve é branca”, guardariam entre si as mesmas relações lógicas vigentes entre os objetos simples que constituem o estado de coisas representado.

A proposição dotada de sentido constrói um modelo da realidade. A realidade pode ou não corresponder a esse modelo. Como corolário dessa propriedade, qualquer afirmação sobre fatos do mundo é necessariamente contingente.

No quadro geral desenhado pelo Tractatus, temos, portanto, as seguintes proposições:

1) As proposições factuais: proposições contingentes que figuram os fatos; seus valores de verdade (verdadeiro ou falso) dependem de uma confrontação com a realidade;

2) As tautologias: proposições complexas, necessariamente verdadeiras, mas destituídas de conteúdo descritivo, pois  uma proposição necessariamente verdadeira não diz nada sobre a realidade: “p ou não-p”

3) As contradições: proposições complexas, necessariamente falsas, e também destituídas de qualquer conteúdo descritivo.

Wittgenstein deixa esse quadro um pouco mais complexo ao introduzir a distinção entre dizer e mostrar. Ele defende que, apesar de não veicular um conteúdo descritivo, isto é, de não poderem dizer nada sobre o mundo, as proposições lógicas mostram algo a seu respeito. Do mesmo modo, as proposições da metafísica tradicional (como, por exemplo, “O ser sempre é”) seriam tentativas malogradas de dizer algo que só pode ser mostrado. Do lado discursivo, as proposições da ética ou são contrassensos, absurdos, construções sem sentido, isso porque, na perspectiva do Tractatus, o que é fundamental à ética só pode ser mostrado, não pode ser dito. Wittgentein não está descartando os “objetos” dessas proposições como coisas grotescas ou sem importância, ao contrário, está sugerindo que a ética, a estética e a dimensão mística são transcendentes, não estão ao alcance de nossa linguagem. Desse modo, a melhor atitude em relação a essas coisas transcendentes seria a de manter um respeitoso silêncio.

As Investigações Filosóficas

Enquanto, no Tractatus, Wittgenstein esforçava-se por desvelar a essência da linguagem, nas Investigações Filosóficas ele afirma que essa tentativa está fadada ao fracasso, simplesmente porque não há qualquer essência a ser descoberta. O segundo Wittgenstein defende que a linguagem não seria um todo homogêneo, mas, sim, um aglomerado de “linguagens”. As diversas práticas linguísticas são reunidas sob a denominação de “linguagem” em virtude de suas semelhanças de família (Numa família, alguns partilham a mesma cor do cabelo, outros partilham a mesma estatura, outros o tom de voz, etc. Mas geralmente não há característica que esteja presente em todos os membros da família). O mesmo ocorre com o conceito de “jogo”. Chamamos práticas muito diferentes de “jogo” não porque haja uma definição exata que esteja implícita em todas as aplicações do termo, mas porque essas diversas práticas manifestam semelhança de família.

Em linha com o símile entre linguagem e jogo, Wittgenstein chama os segmentos heterogêneos da linguagem, com suas regras, convenções e finalidades próprias, de jogos de linguagem. Os jogos de linguagem são múltiplos e variados, e atendem a finalidades diversas: às vezes empregamos a linguagem para dar ordens, às vezes para pedir desculpas, outras vezes para fazer piadas. Então o significado de uma palavra é estabelecido pelo uso que se lhe dá num determinado jogo de linguagem.

Desse modo, Wittgenstein também argumenta que a ideia de uma linguagem privada é incoerente, pois a linguagem é antes de tudo uma prática pública, e suas regras e convenções devem estar à disposição de qualquer falante. Um termo assume significado à medida que encontra um lugar numa determinada prática e seu emprego passa a ser controlado por regras públicas de correção. O jogo do qual faz parte está inserido na realidade prática e social da comunidade dos falantes. Segundo Wittgenstein, os problemas filosóficos surgem quando a linguagem “sai de férias”, ou seja, quando a linguagem é artificialmente separada do seu ambiente próprio e de seus usuários. “A linguagem é uma parte (…) de uma forma de vida”, diz Wittgenstein, a linguagem deixa de ser um mero veículo de informações para converter-se numa atividade profundamente enraizada no contexto social e nas necessidades e aspirações humanas.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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