Amizade é a condição pela qual as pessoas se queiram ou se amam bem mutuamente ou reciprocamente e que isto não lhes seja oculto, mas por causa do bem do deleitável e do útil.
Conteúdos
Razões pelas quais a consideração da amizade pertence à filosofia moral
- A amizade pertence a filosofia moral, na medida em que a amizade o é com a virtude e que a virtude é a causa da verdadeira amizade;
- Ninguém [correctamente] disposto escolheria viver possuindo todos os demais bens exteriores sem os amigos;
- Na obra da especulação intelectual, um enxerga o que o outro não pode ver, e na obra da ação exterior, na qual maximamente um é auxiliado pelo outro;
- Amigos não necessitam da justiça;
- As amizades além de ser algo necessário humano é um certo bem louvável e honesto.
Condições da amizade
O amor da amizade deve ser causa do bem honesto, do deleitável ou do útil; O amor de amizade não pode ter por objecto os inanimados; O amor de amizade necessita ser recíproco; o amor de amizade não pode ser escondido
As espécies e as subespécies de amizade
As espécies da amizade são: o bem, o útil, e o deleitável. E a subespécie da amizade é a superabundância.
A primeira delas é a amizade por causa do honesto, que é o bem de modo simples. A segunda é a amizade por causa do deleitável. A terceira, por causa do útil. Segundo cada uma destas três espécies pode haver amor recíproco não oculto. E segundo estas três espécies os amigos podem se querer bem mutuamente segundo o que amam.
A superabundância, na medida em que uma pessoa excede a outra, assim como a amizade que é do pai ao filho, e do homem à mulher, e universalmente, de todos os que têm império sobre alguém para com aquele sobre quem tem império.
As amizades entre os consanguíneos
A relação da amizade paterna para com as demais amizades consanguíneas. Todas as amizades entre consanguíneos dependem da amizade paterna como de um princípio. O motivo disto está em que os pais amam os filhos por estes serem algo dos mesmos. De fato, os filhos são gerados do sémen dos pais, de onde que o filho é, de um certo modo, parte do pai dele separado.
Três razões para a amizade paterna ser maior do que a filial
É tanto mais razoável amar quanto mais conhecemos a causa deste amor., a causa porque os pais amam os filhos é por serem os filhos como que parte dos pais. A causa, porém, porque os filhos amam os pais é por serem os filhos algo provenientes dos pais.
A razão do amor em toda a amizade entre consanguíneos é a proximidade de um ao outro. Porém, o que gera está mais próximo do gerado do que o gerado daquele que o gerou.
A amizade se confirma e se robustece com o tempo. Ora, os pais amam aos filhos por uma quantidade maior de tempo do que os filhos aos pais. De fato, os pais amam os filhos imediatamente desde o nascimento.
As mesmas razões mostram porque as mães mais amam aos filhos do que os pais.
Quanto ao tempo, as mães pelo convívio mais cedo concebem o afecto do amor para com os filhos do que os pais;
O pai dá ao filho a parte principal, já que este lhe dá a forma, enquanto a mãe lhe dá a matéria;
A amizade paternal
Os irmãos se amam mutuamente por terem nascido de um mesmo pai.
Duas propriedades da amizade paterna.
A primeira propriedade da amizade paterna está em que os filhos têm amizade para com os pais, assim como a um bem super excelente, porque os pais lhes são maximamente benfeitores, na medida em que são a causa da existência dos filhos, de sua alimentação e disciplina. E esta também é a amizade do homem para com Deus
A amizade que existe entre pais e filhos possui também deleitação e utilidade, tanto mais do que a amizade dos estranhos quanto mais [tiverem levado] uma vida comum. Do que provém que [pais e filhos] são maximamente úteis e deleitáveis mutuamente.
As propriedades da amizade fraterna são:
Duração do tempo; uma semelhança mais perfeita, porque os que são gerados de um mesmo pai mais parecem ser do mesmo costume, por possuírem uma mesma disposição natural, terem sido alimentados juntos e educados pelos mesmos pais; segundo a própria experiência da amizade, por um ter provado ao outro por muito tempo, tornado a amizade entre eles máxima e firmíssima.
As razões da amizade entre marido e esposa
Entre o homem e sua esposa existe uma certa amizade natural. De fato, o homem é um animal naturalmente político, e mais ainda pertence à natureza humana que seja um animal conjugal. Isto pode ser mostrado através de duas razões.
A primeira, porque as coisas que são anteriores e necessárias mais parecem pertencer à natureza. Ora, a sociedade doméstica, à qual pertence a união do homem com sua esposa, é anterior à sociedade civil. De fato, a parte é anterior ao todo. É, também, mais necessária, porque a sociedade doméstica se ordena aos actos necessários à vida, como à geração e à alimentação.
A segunda. porque a procriação dos filhos, à qual se ordena a união do homem com sua esposa, é comum aos demais animais, seguindo assim, a natureza dos género. De onde que é evidente que o homem é, segundo a natureza, mais animal conjugal do que animal político.
As propriedades da amizade conjugal.
As propriedades da amizade conjugal são: causa da virtude, do útil e do deleitável.
A amizade conjugal também possui deleitação no ato da geração. E se o homem e sua esposa forem virtuosos, poderá a amizade entre eles ser por causa da virtude. De fato, há uma virtude própria a ambos, isto é, ao marido e à esposa, pela qual a amizade entre eles é tornada graciosa para ambos. De onde se conclui que a amizade conjugal pode sê-lo por causa da virtude, do útil e do deleitável
A causa de uma união conjugal firme e estável são os filhos, os filhos são um bem comum a ambos, isto é, ao marido e à esposa, cuja união é por causa da prole.
Limites Transformantes
Limites Transformantes ou de Sisalhamento – Neste limite, as placas passam uma ao lado da outra sem gerar ou destruir litosfera. Estes limites são gerados por zonas fraturadas na crosta, em geral com mais de 100km de comprimento, onde os segmentos de crosta se movimentam em sentidos contrários, lado a lado, gerando as Falhas Transformantes.
Nestas regiões é muito intensa a incidência de abalos sísmicos e terremotos. Um exemplo deste tipo de limite é a Falha de Santo André, na América do Norte. Ao longo desta falha, a Placa do Pacífico se move na direção noroeste passando ao lado da Placa Norte Americana, gerando intensa atividade tectônica na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá.
Leia Também Sobre:
- Relação entre estado-igreja
- Relação entre política e Moral
- Características da atitude filosófica
- O ser Humano e Alma
- Discurso do poder e a subjetividade em Michael Foucault
- Arqueologia do Saber Foucualt, resumo
- História da loucura na idade clássica, Foucault, resumo
- Autotranscendência: o que é?
- Filosofia política em São Tomás de Aquino