O Plano de Gerenciamento de tempo define os processos necessários para que o término do projeto seja realizado dentro do prazo determinado ou previsto.
Em alguns projetos, especialmente os menores, o sequenciamento das atividades, a estimativa da duração das atividades e o desenvolvimento do cronograma estão tão unidos que podem ser vistos como um único processo.
Os processos de gerenciamento de tempo, segundo o Franck (2007), são:
- Definição das atividades
- Sequenciamento das atividades
- Estimativa dos recursos das atividades
- Estimativa de duração das atividades
- Desenvolvimento do cronograma
- Controle do cronograma
Conteúdos
Definição das atividades
A definição das atividades é composta de entradas que auxiliam na definição destas atividades como a declaração do escopo; as informações históricas de atividades em projetos semelhantes; as restrições e premissas do projeto. Para a definição das atividades é sugerida como ferramenta a decomposição, ou seja, subdividir os elementos do projeto em atividades menores; e a utilização de modelos de projetos anteriores semelhantes.
Como saída desta etapa de definição de atividades temos:
- Uma lista de atividades, todas as atividades que serão realizadas no projeto; e
- Os detalhes de suporte, como a documentação de todas as premissa e restrições identificadas.
Sequenciamento das atividades
O sequenciamento da atividade envolve a identificação e a correta documentação das relações de dependência entre as atividades de um projeto, de modo a obtermos um cronograma tangível. Ela é composta de entradas como:
- A lista de atividades, realizada na definição das atividades;
- Uma descrição do produto, pois as características do produto podem afetar o sequenciamento das atividades;
- O levantamento de dependências mandatórias, ou seja, limitações de atividades não poderem ser realizadas antes de outras;
- O levantamento de dependências arbitrarias, ou seja, uma sequência especifica das atividades é desejada;
- O levantamento de dependências externas, ou seja, o relacionamento de atividades do projeto com atividades que não são do projeto; e
- As definições das restrições e premissas do sequenciamento do projeto.
Para o sequenciamento das atividades é sugerida como ferramenta o método de diagrama de precedência, onde se utiliza os nós para representar as atividades e as setas para indicar as precedências das atividades; método de diagrama de flecha, onde as setas representam as atividades e os nós representam as dependências; o método do diagrama condicional, que implica em realizar uma tarefa somente se uma outra tarefa ocorrer; e o modelo de rede, que auxilia na preparação do diagrama de rede.
Como saída desta etapa de sequenciamento das atividades temos: um diagrama de rede de projeto, ou seja, um esquema de apresentação das atividades do projeto e suas dependências internas; e atualizações da lista de atividades, com a finalidade de diagramar o relacionamento correto das atividades.
A estimativa de duração das atividades
A estimativa de duração das atividades é composta pela avaliação da quantidade de períodos necessários para a implementação de cada tarefa descrita na lista de atividades. Ela é composta de entradas como a lista de atividades, as restrições e as premissas anteriormente citadas; os recursos requeridos, pois a duração das atividades depende dos recursos disponíveis; coeficiente de produtividade, ou seja, eficiência na realização das atividades; informações históricas, através de dados de projetos anteriores, informações de dados comerciais e conhecimento da equipe de projeto.
Para a estimativa de duração das atividades é sugerida como ferramenta a avaliação especializada, através do uso de dados históricos; a estimativa por analogia, através da comparação com outros projetos; a simulação, com o cálculo das diferentes durações de acordo com a combinação do conjunto de premissas.
Como saída desta etapa de estimativa de duração das atividades tem-se a própria estimativa de duração das atividades, ou seja, uma avaliação quantitativa dos períodos de trabalhos necessários por atividade; bases das estimativas, através de uma documentação das premissas utilizadas; atualização da lista de atividades, com a finalidade de conter a estimativa de duração de todas as atividades.
Desenvolvimento do cronograma
O desenvolvimento do cronograma envolve a determinação das datas de início e fim do projeto, sendo que estas datas devem refletir a realidade do projeto a ser desenvolvido, para que o mesmo termine dentro do prazo planejado.
Ele é composto de entradas como o diagrama de rede, estimativas de duração das atividades, restrições, premissas e levantamento dos recursos requeridos anteriormente citados; descrição do quadro de recursos, com o detalhamento de quais recursos estarão disponíveis e em qual tempo; calendário do projeto e dos recursos; folgas e flutuações, pois podemos ter a ocorrência de intervalos entre o desenvolvimento de atividades simultâneas.
Para o desenvolvimento do cronograma é sugerida como ferramenta a análise matemática, com a utilização do método do caminho crítico e do programa de avaliação e revisão técnica; a compressão da duração, com a redução do cronograma sem alteração do escopo do projeto; o nivelamento heurístico dos recursos, como a priorização na alocação dos recursos nas atividades do caminho critico; os softwares de gerência de projetos, auxiliam na automatização dos cálculos matemáticos; a simulação, conforme descrito anteriormente.
Como saída desta etapa de desenvolvimento do cronograma temos o cronograma do projeto, com as datas de início planejadas e o término esperado para cada atividade do projeto, podendo ser apresentado em forma de gráfico de barras, diagrama de redes; os detalhes do suporte, com a documentação das premissas e restrições levantadas; o plano de gerência do cronograma, de forma a auxiliar no gerenciamento do cronograma; a atualização dos recursos requeridos, de modo a melhorar o desempenho do projeto.
Controlo do cronograma
O controle do cronograma se baseia em influenciar os fatores que geram mudanças no cronograma, para garantir que as mudanças sejam benéficas, e gerenciar estas mudanças quando elas ocorrerem no projeto.
Ele é composto de entradas como o cronograma do projeto e plano de gerência do cronograma, anteriormente citados; relatórios de performance, com informações sobre o desempenho do cronograma, como o cumprimento de datas planejadas e a identificação de problemas futuros; a requisição de mudança, com a alteração do cronograma, ou seja, acelerando ou expandindo o tempo do projeto.
Para o controle do cronograma é sugerida como ferramenta os softwares de gerência de projetos, anteriormente citados; o sistema de controle de mudanças do cronograma, com a definição de procedimentos para a realização das alterações; a medição de performance, com a determinação das variações que podem ocorrer e criação de ações corretivas para tais variações; o planejamento adicional, com uma reavaliação no plano de projeto.
Como saída desta etapa de controle do cronograma temos as atualizações do cronograma, com modificações no cronograma aprovado do projeto para que os dados controlados sejam os mais verídicos para se medir a performance; as ações corretivas, para garantir a performance futura do projeto em tempo e com o mínimo de atraso possível; as lições aprendidas, onde devem documentar as causas das variações e as causas para a realização de medidas corretivas adotadas, para um banco de dados histórico.
Gerenciamento de Escopo de Projecto
Gerência do Escopo do Projeto descreve os processos necessários para assegurar que o projeto contemple todo o trabalho requerido, e nada mais que o trabalho requerido, para completar o projeto com sucesso. A preocupação fundamental compreende definir e controlar o que está, ou não, incluído no projeto.
O termo escopo pode se referir a: Escopo do produto e Escopo do projeto.
- Escopo do produto:
As características e funções que descrevem um produto, serviço ou resultado.
- Escopo do projeto:
O trabalho que precisa ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com as características e funções especificadas.
Processos da gestão de escopo
- Iniciação,
- Planejamento do escopo,
- Detalhamento do escopo,
- Verificação do escopo e
- Controle de mudanças do escopo.
Iniciação:
É o processo responsável por formalizar a existência de um projeto ou que o mesmo deve continuar na próxima fase.
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Referencias bibliográfica
Carvalho, S. B. Gisele. (2007). Passo a passo do gerenciamento do projecto. 2º edição. Revista eletrônica. Acedido a 08 de Outubro de 2015 de http://www.cin.ufpe.br/~rqf/Pmbok%202004%20Portugues.pdf
Sotille M. Dicas de Gerenciamento da integração. Project Mangement Institute .Recuperado a 08 de Outubro de 2015 de http://www.pmtech.com.br/PMP/Dicas%20PMP%20-%20Integracao%20-%20Mauro%20Sotille.pdf
Salles, M, Barbosa. (2011). Gerenciamento da Integração. UFRRJ. Recuperado a 09 de Outubro de 2015 de http: //www.ufrrj.com.br/.PMP/Gerenciamento da integração.pdf
Franck, F, D. (2007). Gerenciamento do tempo do projeto aplicado a arranjo físico em uma empresa de usinagem de médio porte. Universidade Federal de Juiz De Fora, Departamento de Engenharia de Produção. Acedido a 08 de outubro de 2015 de
http: //www. EPD/UFJF.com.br/Gerenciamento do tempo do projeto aplicado a arranjo físico em uma empresa de usinagem de médio porta.pdf