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Objetivo fundamental da empresa
As organizações são criadas para atingir objectivos que seriam difíceis ou mesmo impossíveis de atingir se se agisse de forma isolada. E as empresas como organizações sociais que são, não fogem à regra, com objectivos variados, destanca-se o lucro e a sobrevivência como dois dos principais objectivos.
Objectivos são o resultado desejado numa qualquer actividade. Quando não forem expressamente bem definidos de forma diferente, entenderemos que metas e alvos são sinónimos de objectivos. Enquanto a missão é definida de uma forma genérica, vaga, não quantificada, os objectivos devem ser explicitados de forma concreta. O objectivo fundamental da empresa:
- Razão de ser da organização;
- Filosofia básica;
- Finalidade estratégica geral;
- Afirmação de propósitos gerais e permanentes;
- Um vasto conceito de negócios prosseguindo conscientemente;
- Ponto de partida para a definição de prioridades, estratégicas, planos;
- Definição de funções e tarefas;
Os objetivos naturais de empresa
- Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços;
- proporcionar emprego produtivo para todos os factores de produção;
- aumentar o bem-estar da sociedade.
Características dos objetivos
- Hierarquia: nem todos os objectivos têm a mesma prioridade; há objectivos que são mais importantes que outros que lhes estão subordinados, e o doseamento do esforço para os conseguir atingir deve ter isso em conta;
- Consistência: os objectivos, que por regra são múltiplos, devem harmonizar-se entre si;
- Mensurabilidade: comparação entre o que se planeou e o que se conseguiu; possibilidade dos objectivos serem concretizáveis, concretos, detalhados;
- Calendarização; reporta os objectivos ao tempo – um período bem definido ou uma serie de fases;
- Desafios atingíveis (realismo); deve existir a real possibilidade de poderem vir a ser alcançados, mas simultaneamente obrigarem a um esforço, traduzindo-se assim num verdadeiro desafio que, quando se ganha, proporciona satisfação e estimulo para novas lutas.
Tipos de objetivos:
- Económicos: ligados à sobrevivência, proveitos e crescimento – objectivo prioritário;
- Serviço: criação de benefícios para a sociedade – responsabilidade social das empresas para com a sociedade em que se encontram;
- Pessoal: objectivos dos indivíduos ou grupos dentro da organização (Actualmente não se pode olhar apenas para os objectivos do grupo mas também aos individuais, de cada um);
Peter-Ducker aponta oito áreas-chave na definição dos objectivos
Marketing: analisar o mercado, ver o que os clientes gostam e adoptar os produtos aos clientes;
Inovação: as empresas devem ter departamento de ID, Investigação e desenvolvimento, para que possam inovar;
Recursos humanos, financeiros e físicos: planeamento, o emprego e o desenvolvimento dos três recursos, factores fundamentais de uma produção;
Produtividade: deve aumentar para a sobrevivência da empresa;
Responsabilidade social: deve ter em conta o impacto da sua actividade no ambiente mais próximo;
Proveitos: custos, riscos, sua cobertura, de contrário nenhum dos objectivos será atingido;
Eventuais problemas na implementação dos objectivos
Separação entre objectivos reais e objectivos estabelecidos: as acções e as decisões do dia-a-dia bem como a distribuição de recursos pelas diversas áreas e ainda os comportamentos mais recompensados levam a existência de conflitos de entre objectivos;!
Multiplicidade dos objectivos;
Dicotomia objectivos quantitativos versus objectivos não quantitativos: áreas em que a quantificação é mais fácil (vendas, produção) e outras onde essa quantificação é mais difícil (recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento), tal facto induzem a que as pessoas prestem mais atenção aos objectivos quantitativos.
Gestão por objetivos
Foi Peter Druker quem primeiro descreveu a gestão por objectivos. Trata-se se uma filosofia de gestão que pões ênfase estabelecimento de objectivos acordados entre os gestores de grau superior e subordinados e no uso destes objectivos assim definidos como a base fundamental dos esforços de motivação, avaliação e controlo. O processo desenvolve-se em cinco fases, devendo sublinhar-se desde já que o apoio e compromisso dos agentes de topo é crucial para o seu sucesso.
Vantagens da GPO
- Traduz-se num efectivo planeamento global (uma vez que é um processo que engloba toda a organização);
- Garante a definição de prioridades bem como metas e padrões mensuráveis;
- Estimula a motivação e a participação dos empregados e gestores,
- Proporciona uma clarificação de funções, responsabilidades e autoridades;
- Aumenta a capacidade da empresa para responder com mais rapidez e flexibilidade às alterações do seu ambiente;
Desvantagem da GPO
- Implicações resultantes da falta de empenho dos gestores de topo;
- Tendência para se concentrarem esforços no curto prazo em prejuízo do planeamento a longo prazo;
- Burocracias excessivas – objectivos consomem demasiado tempo, reuniões, inúmeros regulamentos e produção de relatórios;
As cinco fases da GPO
- Estabelecimento de objectivos de longo prazo;
- Definição de objectivos específicos de curto prazo;
- Definição de objectivos individuais e padrões;
- Avaliação dos resultados;
- Acções correctivas.
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Fayol, H. (1970). Administração industrial e geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1970.
Neto, A. (1996.). “Novas Formas de Organização do Setor Público e as Mudanças da Natureza do Trabalho”. Rio de Janeiro
Simon, H. (1970). Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV.