A Inglaterra foi o país que teve mais problemas com os seus reis. O absolutismo teve origem com o rei Henrique VIII, e com uma história muito peculiar. O rei Henrique VIII se casou com a princesa da Espanha, Catarina de Aragão. Apesar de ter casado, Henrique tinha fama de possuir muitas amantes. A rainha não se importava, mas sabia que tinha obrigação de ter filhos homens, que pudessem suceder o pai ao trono. No entanto, seus filhos que nasceram vivos morreram após poucas semanas, e outros eram natimortos. Apenas uma menina nasceu sadia, e recebeu o nome de Maria.
A condição da rainha deixava Henrique impaciente, e na esperança de deixar um sucessor, ele considerou a opção de aceitar um filho ilegítimo (fora do casamento) ou se divorciar de Catarina, o que era considerado inaceitável para a igreja Católica. Com a negativa do papa em anular seu casamento, Henrique VIII rompeu com a igreja Católica e fundou a Igreja Anglicana, tendo assim, poder absoluto sobre todas as questões, políticas, económicas e religiosas, da Inglaterra.
Henrique VIII se casou com Ana Bolena antes de anular o casamento com Catarina, mas com o domínio sobre a Igreja Anglicana, seu casamento com Ana foi validado, e com Catarina foi anulado. Ana Bolena tinha génio forte, e teve apenas uma filha. Insatisfeito com a postura da nova esposa, o rei tentava descobrir uma nova maneira de anular novamente seu casamento, sem precisar voltar para Catarina. Seus argumentos eram que ele não poderia ter se casado com Ana, sem antes ter seu casamento com Catarina anulado, e por isso, o casamento com Ana nunca teria sido válido (mesmo após pedir a validação aos membros de sua igreja).
Dai que, Ana já sabia que não duraria muito tempo como esposa do rei. Não se sabe se houve conspiração, ou se de fato Ana traiu o rei, mas ela foi acusada de ter relações sexuais com o próprio irmão. Ela foi condenada por adultério e incesto, e executada dois dias após o irmão, em 19 de Maio de 1536. Essa história foi contada no filme “A outra”, que faz clara referência ao tipo de governo de Henrique XVIII.
No dia seguinte, Henrique já estava noivo de uma das damas de companhia da rainha, e o casamento foi realizado dez dias depois. Joana de Seymour, a nova esposa do rei, deu a luz ao príncipe Eduardo, sucessor legítimo do trono. Ela morreu logo depois, por complicações no parto, e não demorou até Henrique procurar uma nova esposa.
Depois de Joana, Henrique se casou com Ana de Cleves, casamento que foi também anulado, e com Catarina Howard, decapitada por traição. A última esposa do rei foi Catarina Parr. O período de governo do rei Henrique VIII é um grande exemplo de poder absolutista. As vontades do rei, mesmo que fosse pessoais e nada tivessem a ver com interesses do povo, deveriam ser seguidas sem contestação.
Dinastia Tudor
Governou a Inglaterra entre os anos de 1485 e 1603. O principal monarca desta dinastia foi Henrique VIII, que controlou o Parlamento inglês e, através do Ato de Supremacia (1534), tornou o anglicanismo a religião oficial da Inglaterra.
Elisabeth I, filha de Henrique VIII, deu um grande impulso ao mercantilismo na Inglaterra, tornando o país uma potência marítima-comercial. Durante seu reinado começou a colonização da América do Norte (regiões dos atuais EUA e Canadá).
Em 1603, Elizabeth I morreu sem deixar sucessores, e seu sobrinho, James VI da Escócia (que era filho de Mary a rainha dos escoceses que foi condenada a morte sob as ordens de Elizabeth em 1589) subiu ao trono inglês como James I. Essa situação tornou a Escócia e a Inglaterra, nações governadas por um mesmo rei e estabeleceu a dinastia Stuart. Dai que, essas duas nações nunca foram unidas, pelo que elas professavam religiões diferentes, tinham diferentes leis, cortes, parlamentos, igrejas e costumes, sem esquecer que entre elas havia 700 anos de desconfiança e ódio.
Subiu ao trono seu primo Jaime I, que deu início à dinastia Stuart (reinado 1603 a 1625); perseguição aos adeptos de outras religiões, muitos dos quais acabaram emigrando para a América do Norte – puritanos. Carlos I – filho de Jaime I- (reinado 1625 até 1649);
Inglaterra passou a ser a grande potência marítima.
Dinastia Stuart
Governou a Inglaterra entre os anos de 1603 e 1714.
Um dos principais reis desta dinastia foi Jaime I, que governou entre 1603 e 1625. Conseguiu unir a Escócia com a Inglaterra. Teve grande apoio da nobreza, porém sofreu com a resistência do Parlamento. Utilizou a perseguição religiosa para impor o anglicanismo.
Filho de Jaime I, Carlos I foi outro importante rei absolutista inglês. Seu governo foi e 1625 a 1648. Buscando reduzir e controlar o governo deste monarca, o Parlamento entrou em conflito com ele. Carlos I dissolveu o Parlamento, como forma de restaurar os poderes absolutos da monarquia. Este conflito de poderes foi uma das principais causas da guerra civil que ocorreu na Inglaterra entre os anos de 1641 e 1649. Liderados por Oliver Cromwell, os opositores ao rei saíram vencedores. Carlos I foi executado a pedido do Parlamento, sepultando assim o absolutismo na Inglaterra.
Exemplos de alguns reis deste período:
Henrique VIII – Dinastia Tudor – governou a Inglaterra no século XVII
Elizabeth I – Dinastia Stuart – rainha da Inglaterra no século XVII;
Luis XIV – Dinastia Bourbon – conhecido como Rei “Sol” – governou a França entre 1643 e 1715.
Fernando e Isabel – governaram a Espanha no século XVI.
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