Ocorrem no período de 1450 a 1750 (mercantilismo), algumas transformações. As transformações foram: intelectuais (Renascimento), religiosas (reforma protestante), políticas (o surgimento do Estado Moderno coordenador dos recursos materiais e humanos), geográficas (com a ampliação dos limites do mundo) e económicas (com o deslocamento do eixo económico mundial).
O pensamento Mercantilista era de que a riqueza de um país media-se pelo afluxo de metais preciosos. Para garantir a entrada e o acúmulo de metais preciosos no país, os mercantilistas sugeriam que as exportações fossem aumentadas e as importações controladas.
Neste período, as metrópoles estabeleceram com suas colónias um pacto colonial. De acordo com o pacto estabelecido, as importações das colónias seriam provenientes de sua metrópole e as exportações destinadas a ela exclusivamente.
Para maximizar os ganhos, a metrópole fixava o preço de seus produtos em níveis elevados e os preços dos produtos que importava das colónias em níveis mais baixos. O Mercantilismo constituiu a fase de transição entre o feudalismo e o capitalismo moderno.
O comércio intenso verificado neste período contribuiu com a formação dos grandes capitais financeiros que passaram a financiar a revolução tecnológica, precursora do capitalismo industrial.
Neste período, desenvolve-se o sistema manufactureiro doméstico e artesanal, dando origem à indústria capitalista. Inicialmente, o mercador-capitalista fornecia ao artesão a matéria-prima para que o mesmo transformasse em produto. Em seguida, o mercador-capitalista passou a fornecer as máquinas e o prédio onde os bens eram produzidos pelo artesão.
A partir do momento em que o mercador-capitalista passa a contratar os trabalhadores e os reúne no mesmo local, surge a fábrica e o capitalista passa a ser proprietário dos factores de produção. A formação de grandes capitais em conjunto com a expansão dos mercados e o surgimento do trabalho assalariado deram origem ao sistema capitalista.
Por sua vez, as restrições económicas, regulamentações e interferências directas da política económica Mercantilista construiu um sistema social pouco favorável à sua manutenção.
Pois, ao mesmo tempo em que se verifica a formação de grandes capitais financeiros e estes exigem plena liberdade para a sua expansão, a política económica Mercantilista passa a servir de obstáculo ao seu desenvolvimento.
Associado aos aspectos anteriores verifica-se o abandono da agricultura em benefício da indústria, o que favorece o surgimento de novas teorias sobre o comportamento humano que estejam de acordo com as necessidades de expansão do capitalismo.
As reacções à política mercantilista conduzem ao liberalismo económico, defendido por escolas que surgiram na França e na Inglaterra.
A contribuição do Mercantilismo à análise económico-científica foi pouco significativa. As obras de autores como de William Petty e Cantilion, marcaram um esforço de sistematização.
Na próxima aula vamos iniciar o estudo da fase científica da economia, iniciando com as escolas de pensamento fisiocrata e clássica.
Leia Também Sobre:
- Pensamento económico na antiguidade clássica
- Indicadores de Segurança Alimentar e Nutricional
- Tapetes de Ervas Marinhas
- Planeamento turístico: O que é? Princípios, Dimensões, Classificação, Tipos de Turismo
- Marketing Mix
- Funções e papéis do gestor financeiro
- Análise e planeamento financeiro
- Função da gestão Financeira
- Sistema Harmonizado: o que é? Objetivos, Tributário, Exemplo, Regras Gerais e Classificação
- Introdução a Gestão Financeira
- Indicadores de viabilidade de projectos
Referências
MENDES, C. M. et al. Introdução à economia. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; Brasília: CAPES: UAB, 2009.
PINHO, Diva B.; VASCONCELLOS, Marco A. S. de. (Orgs.). Manual de economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
SOUZA, Nali de J. de. Curso de economia. São Paulo: Atlas, 2000.