Os Europeus chegaram pela primeira vez a costa oriental de África em 1498, a caminho da índia. Pode-se dizer que a penetração mercantil se iniciou ai e terminou no século XIX, altura em que se iniciou a dominação colonial.
Pode-se definir a penetração mercantil como o fenómeno de fixação e estabelecimento de continente Africano. Estabeleceram feitorias-fortalezas que eram simultaneamente entrepostos comerciais e defesas contra os inimigos. Era nestes edifícios que eram realizadas as trocas dos produtos comerciais.
As principais feitorias-fortalezas construídas neste período, no que é o actual território de Moçambique, foram as de Sofala (1505) e ilha de Moçambique (1506). A construção desta última foi ordenada por Vasco da Gama durante a sua segunda viagem a índia.
Quando os europeus chegaram a costa Oriental de África, os árabes dominavam as trocas comerciais. Haviam-se fixado em pontos estratégicos do litoral e as trocas de ouro, marfim, âmbar e pedras preciosas com o interior eram feitas através de intermediários Swahili.
Para se apoderarem deste comércio, os europeus tiveram primeiro que lutar contra a presença árabe, destruindo as suas cidades e construindo os seus próprios fortes na costa.
Depois de dominarem os pontos estratégicos do litoral, os Europeus penetraram no interior para fazer trocas directamente com os chefes e as comunidades locais, contornando os intermediários Swahili fiéis aos árabes.
A procura de ouro, marfim e escravos
De entre os produtos procurados pelos europeus, os mais importantes eram o ouro, o marfim e, mais tarde, os escravos.
O ouro foi transportado para a Europa e usado como moeda de troca na índia, para a compra de especiarias. O marfim também serviu para trocar por especiarias da índia e para produzir objectos de adorno.
Os escravos foram usados massivamente nas plantações agrícolas da América do Sul, a partir de finais do século XVI, como adiante iras estudar.
A busca destas mercadorias levou os europeus a penetrarem, gradualmente, no interior, e a estabelecerem relações com os chefes africanos, interferindo muitas vezes na política dos estados africanos, como foi o caso do Estado de Mwenemutapa em Moçambique.
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