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Home História

Guerra de Sucessão Espanhola: Antecedentes, Causas e Consequências

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Fevereiro 18, 2021
in História
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As vezes a sorte de uma nação acaba”. A Espanha atravessou um bom período, mas a procriação consanguínea dos Habsburgo durante séculos terminou produzindo um rei que parecia incapaz de agir como adulto: o rei Carlos II da Espanha. Único sobrevivente de um casamento entre um tio e uma sobrinha, Carlos era deficiente sob muitos aspectos. Ele só conseguiu falar aos 4 anos, e não foi capaz de andar antes dos 8; a única atividade adulta que desempenhava com entusiasmo era a caça. Devido a um queixo maciço e deformado, mal conseguia falar coerentemente ou mastigar e, por causa de uma ejaculação precoce incontrolável, não produziu filhos. Tinha o apelido de “O Amaldiçoado”, porque era óbvio que algo terrível lhe aconteceu.

O arqui-inimigo de Carlos era também seu cunhado. O rei Luís XIV da França, casado com a meia-irmã de Carlos, a filha mais velha do anterior rei da Espanha. Como “Rei Sol”, Luís estabeleceu os padrões de magnificência da Europa com o seu novo palácio em Versalhes. Em 1700, já lutado em quatro guerras contra o restante da Europa, tentando conquistar os territórios espanhóis em Flandres e Borgonha, ao longo da fronteira leste da França. Para impedir que a França aumentasse ainda mais o seu poder, Áustria, Grã-Bretanha e Holanda haviam estabelecido uma permanente aliança contra Luís.

Carlos, o Amaldiçoado, sempre parecia condenado a uma vida curta. A maioria das pessoas achavam que ele morreria ainda criança, mas Carlos viveu mais tempo do que se pensava ser possível. Mesmo assim, com a iminente extinção dos Habsburgo espanhóis, o restante da Europa debatia em diferentes conferências sobre quem deveria receber a herança. Várias reivindicações tramas de partilha foram aventadas. Ficou decidido, finalmente, restaurar os Habsburgo na Espanha usando outro Carlos, o irmão do imperador José da Áustria, enquanto a França seria apaziguada com uma oferta de terras dos Habsburgo espalhadas pelo continente.

Carlos, ficou contrariado ao ver que as outras grandes potências falavam dele como se já estivesse morto, retalhando o Império Espanhol sem nem mesmo consultá-lo. Por despeito, no seu leito de morte, em 1700, ele alterou seu testamento para evitar a divisão do vasto e magnífico império. Legou tudo ao pretendente francês, o neto de sua meia-irmã, que também era neto do rei Luís XIV da França. Como isso uniria as duas principais potências da Europa, deixando todas as outras em um distante segundo lugar, o resto do mundo decidiu impedir essa união.

Conteúdos

Antecedentes da guerra de sucessão Espanhola

Na passagem do século XVII para o século XVIII, a Europa vivia o auge do absolutismo monárquico , em que as “casas aristocráticas”, ou linhagens nobres, articulavam-se para exercer o poder sobre os diversos reinos do continente.

No final da década de 1690, o declínio da saúde do rei Carlos II, sem filhos, da Espanha aprofundou a disputa em curso sobre sua sucessão. Os principais rivais da herança espanhola eram os descendentes de Luís XIV da França e do imperador romano do Império Austríaco Habsburgo, Leopoldo I, mas o assunto era da maior importância para a Europa como um todo.

Em 1698 e 1700, Luís XIV e Guilherme III da Inglaterra tentaram dividir a Espanha no esforço de evitar uma guerra. Carlos II da Espanha se opôs à partição e, em seu leito de morte, ofereceu o império a Filipe, Duque de Anjou e ao neto de Luís, que se tornou o rei Filipe V da Espanha.

Embora a maioria dos governantes europeus aceitasse Filipe como rei, as tensões aumentaram, principalmente por causa de uma série de decisões de Luís. A Grã-Bretanha, a República Holandesa, o Sacro Imperador Romano-Germânico e os pequenos Estados alemães formaram outra Grande Aliança e declararam guerra à França em 1702.

Com perdas, vitórias e custos financeiros significativos em ambos os lados, bem como uma frágil Grande Aliança, os ministros franceses e britânicos prepararam as bases para uma conferência de paz e, em 1712, o Reino Unido encerrou as operações de combate.

Pelos termos do Tratado de Utrecht (1713) e do Tratado de Rastatt (1714), o império espanhol foi dividido entre os poderes maior e menor. Os austríacos receberam a maioria dos antigos reinos europeus da Espanha, mas o duque de Anjou manteve a Espanha peninsular e a América espanhola, onde, depois de renunciar à sua reivindicação à sucessão francesa, reinou como o rei Filipe V.

A divisão da monarquia espanhola havia assegurado o equilíbrio de poder e as condições impostas em Utrecht ajudaram a regular as relações entre as principais potências européias no próximo século.

Causas da guerra da sucessão Espanhola

 “O século XVIII mal iniciou e foi marcado pela deflagração da Guerra da Sucessão Espanhola”.

O conflito, que se estendeu entre 1702 a 1714, envolveu a maioria das nações da Europa ocidental, e foi resultante do confronto entre os Bourbon  e os Habsburgo pelo trono da Espanha. Sob seu pano de fundo, no entanto, várias outras questões emergiam:

A rivalidade entre a França e a Inglaterra pela hegemonia mundial, as disputas das nações europeias pelo controle dos espaços coloniais e pelo comércio transoceânico, especialmente os auferidos com o tráfico de escravos.

A falta de um herdeiro direto para o trono espanhol levou Carlos II, depois de examinar várias possibilidades de sucessão, a legar a Coroa, em testamento, a Filipe de Bourbon, duque de Anjou, neto de Luís XIV, mas que era também herdeiro presuntivo da França. Em janeiro de 1701, as cortes espanholas, reunidas em Madri e Barcelona, reconheceram o duque como seu novo rei, nomeado Filipe V. Preocupados com uma possível união franco-espanhola, pois a sucessão francesa por primogenitura não estava ainda de todo assegurada12, Áustria, Inglaterra, Holanda, Suécia, Dinamarca e vários principados alemães estabeleceram, no Tratado de Haia, em setembro desse mesmo ano, a Grande Aliança. O aumento da tensão entre as partes deflagrou a guerra que se iniciou pelo norte da Itália e, nos 11 anos seguintes, alastrou-se pelos principados alemães, Países Baixos, norte da França e Península Ibérica, envolvendo quase todas as nações do continente.

Antes da morte do Carlos II

A Guerra de Sucessão Espanhola, que aconteceu entre os anos de 1702 e 1714, foi o maior conflito entre as casas aristocráticas, tendo sido motivada pelo problema da herança do trono real da Espanha após a morte do, até então, rei Carlos II em 1700.

Antes de morrer, Carlos II aventou alguns possíveis nomes para seu trono, já que não possuía um herdeiro direito. O nome a que chegou Carlos II foi o de Felipe de Bourbon, conhecido como Duque de Anjour, que era neto do rei Luís XIV da França. Após o falecimento de Carlos II, as cortes espanholas reuniram-se nas cidades de Madrid e Barcelona para deliberar e reconhecer o novo rei. O Duque de Anjour foi então alçado à categoria de monarca sob o título de Felipe V. Assim sendo, a Espanha passava a ter um rei da casa do Bourbon, a mesma que governava a França.

Um rei dos Bourbon na Espanha gerava uma tensão muito grande em outros países da Europa que eram gestados por outras linhagens aristocráticas, sobretudo a dos Habsburgos. A tensão acontecia, sobretudo, porque Luís XIV, o então rei da França, precisaria, em breve, de um sucessor. Levantou-se a hipótese de que Luís XV poderia ser o seu neto, o aclamado rei da Espanha. Nesse sentido, havia a possibilidade de Felipe V tornar-se rei da Espanha e França ao mesmo tempo. Algumas nações posicionaram-se contra isso, formando uma “Grande Aliança” para enfrentar a Espanha.

A Grande Aliança foi formada por Áustria, Inglaterra, Holanda, Suécia, Dinamarca e os principados alemães. O Tratado de Haia, assinado em setembro de 1701, selou sua formação e determinou suas diretrizes. A guerra estourou no ano seguinte.

A questão das duas famílias

A casa dos Habsburgo

Carlos II de Espanha “O Enfeitiçado”, filho único de Filipe IV de Espanha e de Mariana de Áustria, foi o último rei da Espanha e da casa dos Habsburgo. Em seu reinado, foi senhor de territórios importantes como Espanha, Sicília e Nápoles, atuando sobre grande parte do território italiano com exceção da Sereníssima República de Veneza e dos Estados Papais. Carlos II também foi soberano nos territórios colonizados que incluíam a região que vai do México à Patagónia, em que se localizam Filipinas e Cuba. Reinou sobre Jerusalém, Sardenha, Países Baixos, foi conde de Charolais e da Borgonha, além de duque de Milão.

Carlos II, foi sucessor de seu pai após sua morte. O nascimento de Carlos foi muito comemorado pelo povo espanhol, pois, naquele período, caso Filipe IV não conseguisse deixar um filho homem como sucessor, ocorreria uma disputa para a sucessão do rei. Na época da morte de seu pai, Carlos ainda era uma criança e não saberia como governar, por isso, sua mãe ficou responsável pela regência até o ano de 1675, quando completou quatorze anos. Neste período em que o jovem não podia assumir o poder, foi selada a paz entre Espanha e Portugal, findando, em 1668, as Guerras de Restauração.

Por acharem que deveriam manter o sangue da família da forma mais pura possível, os Habsburgo realizavam diversos casamentos consanguíneos. Com isso, houve uma degeneração na família que levou ao nascimento de Carlos II, que tinha prognatismo mandibular, desordem genética “epilepsia”, impotência, raquitismo, além de ser considerado quase louco.

Esses diversos problemas o fizeram incapaz de deixar um herdeiro, dando início à Guerra de Sucessão Espanhola, que ocorreu após sua morte entre os anos de 1700 e 1713. Assim, foi finalizado o domínio dos Habsburgo através da divisão territorial entre o irmão e o filho de Carlos V, respectivamente, Fernando e Filipe II.

A casa de Bourbon

A casa de Bourbon começou a reinar na Espanha depois da Guerra da Sucessão Espanhola, em 24 de abril de 1700, com a chegada de Felipe V a Madrid empreendendo importantes reformas na administração baseando-se em dois princípios próprios do absolutismo de seu avô Luís XIV: a centralização (o rei é o dono do poder e as demais instituições políticas agem como delegados do mesmo) e a unificação (igualdade de instituições para todo o território).

Teve como objetivo recuperar os territórios perdidos pelo Tratado de Utrecht, sobretudo porque Isabel de Farnésio (2ª mulher de Felipe V) queria alguns reinos para seus filhos Carlos e Felipe, já que o trono da Espanha tinha a descendência assegurada com Luís e Fernando, filhos do primeiro matrimônio do rei. Com a ajuda de seu privado Alberoni, e mediante a participação em várias guerras europeias, instalaram Carlos III em Nápoles e Felipe em Parma.

A questão religiosa e a unificação da Espanha

A administração da Espanha Moderna passou por dificuldades no que diz respeito à centralização e à uniformidade de medidas e leis.

Em um lugar caracterizado pela multiplicidade, em que viviam católicos, judeus, islâmicos e pessoas oriundas das mais diferentes regiões da Europa, a Igreja Católica, seus valores e suas regras, se transformaram em ponto comum de toda a Espanha.

Nesse sentido, a construção de uma identidade espanhola, forjada na monarquia e no catolicismo, passa necessariamente pelas ações da Igreja e em seu esforço contínuo de eliminar o outro, seja ele infiel, cismático, pagão ou herético. A Espanha, dos chamados “Reis Católicos”, espalharia a mensagem de Cristo, à custa de perseguições, invasões, fogueiras e conquistas territoriais.

Em relação à religiosidade, a Espanha em seus primeiros tempos era uma verdadeira colcha de retalhos. Católicos, judeus, pagãos e islâmicos conviviam e ocupavam as mesmas regiões e os atritos entre esses grupos eram constantes.

Fernando e Isabel, nesse projeto de constituir um governo forte, tratariam de formar um estado essencialmente católico, pois eles mesmos eram grandes fiéis do catolicismo e haviam sido criados para crer num único e verdadeiro Deus.

A unidade religiosa, acreditavam, era essencial para se manter a unidade política. Estas tensões religiosas acabaram determinando o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício  da Inquisição.

A intolerância e o fanatismo tratariam de varrer para longe os infiéis da santíssima Igreja. Muitas pessoas seriam perseguidas em nome de Deus e muitas prisões e mortes foram realizadas, num verdadeiro regime de terror, em nome da paz e da tranquilidade do reino. Diante de tantos esforços, Fernando e Isabel seriam para sempre chamados de os Reis Católicos.

A Monarquia Espanhola

A formação da Monarquia Espanhola ocorreu com o processo das guerras de reconquista de territórios perdidos para os muçulmanos durante a Idade Média. A unificação da Espanha formalizou-se com o casamento entre Fernando de Aragão  e Isabel de Castela .

A formação dos Estados Nacionais Europeus está entre os acontecimentos mais importantes da passagem da Idade Média para a Idade Moderna. O fortalecimento político da Europa a partir dos séculos XIV e XV e a consequente ascensão do Absolutismo como modelo político ocorreram por meio de guerras, divergências religiosas, acordos aristocráticos e casamentos entre dinastias. Ao lado da Monarquia Nacional Inglesa e da Francesa, a formação da Monarquia Espanhola determinou o que ficou conhecido como Europa.

Durante o século VIII d.C., a Península Ibérica (onde estão localizados os actuais países de Portugal e Espanha) passou a sofrer com a ocupação islâmica, que perdurou até o século XIV, época em que os últimos muçulmanos foram expulsos pelos cristãos. Foi nessa atmosfera que se formou se a Monarquia Espanhola.

Foi nesse processo também que se formou Portugal a partir do Condado Portucalense, administrado por Henrique de Borgonha, conhecido como Afonso Henrique . Na medida em que os espanhóis ganharam terreno com suas conquistas, passaram a desenvolver reinos e vice-reinos. Os quatro principais reinos eram o de Castela, de Aragão, de Navarra e de Leão. Os reinos de Castela, Leão e Aragão unificaram-se com o casamento de Fernando (de Aragão) e Isabel (de Castela e Leão). Dessa união, resultou a formação da Monarquia Espanhola, que no ano de 1492 expulsou o último reduto islâmico do sul da Península Ibérica.

A partir do século XIII, só havia na Espanha dois grandes reinos fortes e em condições de disputar a liderança cristã da região: o de Castela e o de Aragão.

Em 1469, a rainha Isabel, de Castela, casou-se com o rei Fernando de Aragão. O casamento unificou politicamente a Espanha . A partir desse momento, os espanhóis intensificaram as lutas contra os árabes, que ainda ocupavam a cidade de Granada, na parte sul do país, Após a completa expulsão dos árabes, o poder real se fortaleceu e,com a ajuda da burguesia, a Espanha também se lançou ás grande navegações marítimas pelo Atlântico.

Estilo de guerra

Nessa época, a arte da guerra alcançara um platô de desenvolvimento, estabilizando táticas e equipamentos no século seguinte. Nos mosquetes, o uso da pederneira riscada para incendiar a pólvora substituíra o menos confiável mecanismo de serpentina com pavio em brasa. As baionetas haviam eliminado a necessidade de lanceiros para proteger a linha de fogo. Os uniformes foram padronizados para refletir a nacionalidade, embora soldados ainda fossem recrutados por toda parte. Menos da metade do exército de Luís XIV era de franceses.

Os exércitos europeus dessa época também se tornaram maiores e grandes demais para a força principal de combate se suprir de víveres. Luís começou essa guerra com 375 mil soldados e 60 mil marinheiros à sua disposição embora exércitos característicos de campanha contivessem, normalmente, em torno de 60 mil. Esses grandes exércitos ficavam presos a linhas de suprimento ancoradas a pontos estratégicos fortificados. Isso retardava o ritmo da guerra, com os exércitos concentrados em defender ou capturar esses fortes, sitiando um de cada vez.

Os servidores civis do acampamento militar ainda exerciam a maioria das funções de apoio. Por exemplo, o exército sueco de 26.500 homens da campanha na Rússia, nessa mesma época era seguido por 4 mil empregados, 1.100 administradores civis e 1.700 mulheres e crianças. (Idem).

Eram eles que cozinhavam, lavavam, faziam os registros, costuravam as roupas, cortavam lenha, pegavam água, alimentavam e cuidavam dos animais domésticos, dirigiam as carroças, vigiavam a bagagem enquanto o exército lutava, cuidavam dos feridos e enterravam os mortos.

Decorrer da guerra

Luís XIV invadiu rapidamente o território espanhol para fazer valer seus direitos e a Grande Aliança se pôs em movimento para impedi-lo. As forças austríacas, sob o comando do príncipe Eugênio de Saboia (um comandante veterano da grande guerra turca), invadiram a Itália para tomar os territórios espanhóis de Milão e Nápoles. O general inglês John Churchill, duque de Marlborough, combateu os franceses para detê-los nos Países Baixos. Marlborough fora perdoado recentemente pelo rei inglês, depois de ter passado algumas semanas na Torre de Londres, sob a acusação (provavelmente falsa) de conspirar contra o trono.

A guerra chegou ao clímax em 1704, quando Marlborough marchou em direção ao Danúbio e se juntou ao exército de Eugênio para enfrentar o exército francês que assolava a Alemanha. Embora o efetivo de ambos os exércitos fosse praticamente igual, com uns cinquenta e tantos mil homens, o exército franco bávaro ocupava uma sólida posição com a sua ala direita ancorada no Danúbio.

Sua infantaria estava firmemente assentada em três aldeias, afastadas entre si por não mais que dois quilômetros (particularmente Blenheim, junto ao rio), com formações de cavalaria estacionadas entre esses três pontos fortes.

Com uma furtiva marcha noturna, os anglo-austríacos se aproximaram sem serem detectados e, assim, quando veio a manhã, os franceses foram pegos de surpresa. Escaramuças aliadas e bombardeios de artilharia contra as aldeias isolaram a infantaria francesa, enquanto Marlborough levava o grosso de suas forças contra a cavalaria, no centro. Depois que a cavalaria francesa foi derrotada, a infantaria foi isolada e cercada. Os mosquetes ingleses e o bombardeio destruíram então esses bolsões. Quando tudo terminou, os franceses e os bávaros haviam perdido, entre mortos, feridos e prisioneiros, 80% de seu exército, enquanto que a Grande Aliança perdera apenas 20%. Foi a primeira grande derrota da França em cinquenta anos.

A Batalha de Blenheim  pôs fim aos combates no Danúbio e à ameaça direta contra a Áustria; no entanto, a maré da guerra voltou-se acidentalmente a favor da França em 1711, quando o imperador José I da Áustria morreu sem um filho que houvesse sobrevivido à infância. Seu irmão, inesperadamente, tornou-se o novo imperador, Carlos VI da Áustria, além de sua posição anterior como pretendente austríaco ao trono espanhol. A Inglaterra e a Holanda entraram em pânico. Uma completa união entre Espanha e Áustria seria quase tão ruim quanto uma união entre a Espanha e a França; todos fizeram, então, um acordo com a França.

O Tratado de Utrecht e o fim da guerra

O Tratado de Utrecht, também conhecido como Paz de Utrecht ou Tratados de Utrecht e Rastadt, é uma série de tratados multilaterais assinados pelos países beligerantes na Guerra da Sucessão Espanhola em 11 de abril de 1713 nessas cidades dos Países Baixos. É considerado como o fim da guerra, ainda que simultânea e posteriormente à sua assinatura tenham continuado as hostilidades (por exemplo, na Catalunha). Neste tratado, a Europa mudou seu mapa político. Os resultados do tratado foram: Armistício da França e Espanha com Grã-Bretanha (agosto de 1712), seguido dos tratados de paz entre Grã-Bretanha e França (abril de 1713) e entre Grã-Bretanha e Espanha (julho de 1713). Assinatura de tratados entre França e as Províncias Unidas, Brandeburgo, Portugal e o ducado de Savoia (julho de 1713). O grande beneficiário deste conjunto de tratados foi a Grã-Bretanha que, além de seus ganhos territoriais, obteve vantagens econômicas que lhe permitiram quebrar o monopólio comercial da Espanha com suas colônias.

Consequências da guerra de secessão Espanhola

Todos os territórios espanhóis na Europa, incluindo a própria Espanha, foram para os Habsburgo austríacos. A Espanha e as colônias além-mar foram para um ramo dos Bourbon franceses.

As resoluções do Tratado de Utrecht que entre outras coisas, quebraram o chamado “pacto colonial”, que estabelecia a hegemonia das metrópoles da Europa sobre suas respectivas colônias.

Felipe V, que havia abdicado do trono espanhol em 1700, retornou como rei, porém se comprometendo a não pretender ocupar o trono da França assim começava a governação da família Bourbon.

A França foi obrigada a ceder os territórios da Nova Escócia e da Terra Nova à Inglaterra. A esse mesmo país, a Espanha teve que ceder a região de Gibraltar. A Áustria ficou com as províncias de Nápoles e Milão, antes pertencentes à França, e Portugal, que apoiou os ingleses, teve sua posse sobre as margens do rio Amazonas reconhecida pelos países vencedores.

Leia Também Sobre:

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Bibliografia

NOGUEIRA, Carlos Roberto F. A Reconquista Ibérica: A construção de uma ideologia, 2001.BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália, séculos XV XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.GRUZINSKI, Serge & BERNARD, Carmen. História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 2001.KARNAL, Leandro. Teatro da fé: representação religiosa no Brasil e no México do século XVI. São Paulo: Hucitec, 1998.SÊNECA, Lúcio Aneu. “Média”. In.: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1992.WHITE, Matthew, O grande livro das coisas horríveis :a crônica definitiva das cem piores atrocidades da história, ROCCO LTDA Edt., Rio de Janeiro, Sd.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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